Não é blasfêmia. Quando muito, uma colocação contextual inadequada dada a diferença gritante entre os dois temas abordados. Ocorre que na prática as comemorações da sagrada Semana Santa que se inicia no Domingo de Ramos" e se encerra no "Domingo de Páscoa" deram lugar aos acontecimentos políticos que sufocaram até mesmo o ápice das festividades que sempre foi o sábado de aleluia comemorado com muita festa, inclusive dançante, que não foram registradas neste ano.
Por outro lado, talvez até por influência do clima religioso, tivemos um pouco de tudo que aconteceu há dois mil anos, só que no campo político, o que nos dá uma esperança de mudanças para melhor no comportamento dos homens e mulheres que militam nesta área.
No Domingo de Ramos ainda repercutia triunfante a decisão de políticos com mandato aproveitando a janela eleitoral finda na sexta com algumas surpresas no tabuleiro político das eleições que se aproximam.
Na Segunda, quando a Igreja recorda a prisão de Jesus, não teve paralelo na vida pública local, felizmente.
Na Terça alguns se penitenciaram trocando o Wisque importado do exterior pelo vinho gaúcho.
Na quarta não há como não celebrar o Ofício das Trevas, só que em relação ao país, lembrando a morte que se aproxima de um governo e não de Jesus.
Na Quinta, considerado um dia tão importante para a igreja, não passa em brancas nuvens para os partidos políticos que se reúnem para avaliar suas aquisições e, ao contrário do que narra a bíblia, ninguém é condenado como Jesus e ainda recebem promessas de mais de 30 moedas. Não podemos garantir que dessas reuniões não saia algum Judas dada a constante ocorrência de traição neste campo.
O Sábado de Aleluia normalmente é comemorado pelos políticos com grandes festas dançantes, o que não se registrou neste ano, talvez pela limitação orçamentária imposta pela crise.
Finalmente chega o Domingo de Páscoa, o mais importante para a fé cristã, mas o que esperar dos políticos, mesmo porque muitos deles sequer acreditam na existência de Deus?
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