domingo, 30 de agosto de 2015

DOIS CAMINHOS, DUAS OPÇÕES

            No ano passado completamos 50 anos da instalação do regime militar em nosso país sem qualquer manifestação popular de comemoração. Este ano é a Jovem Guarda que completa meio século do seu surgimento.

            O leitor deve estar se perguntando: O que têm em comum os dois acontecimentos? Para responder faz-se necessário um breve histórico dos dois acontecimentos para que se possa entender porque enquanto o primeiro é demonizado o outro certamente será comemorado com muita festividade por aqueles que viveram o período que abrange os dois acontecimentos.

            Dando seguimento ao bom momento da música popular brasileira representada pela Bossa Nova tendo como principais nomes João Gilberto, Tom Jobim e Vinicius de Moraes iniciado nos anos 50, surgiu a Jovem Guarda influenciada pelo Rock estrangeiro, em 1965.

            Ainda sob a égide do regime militar  surgiu, no final dos anos 60 o movimento cultural denominado Tropicália tendo como expoentes na música Caetano Veloso, Gal Costa e Gilberto Gil, da mesma forma inspirado em correntes artísticas estrangeiras.

            Como se depreende, os movimentos artísticos da época tiveram forte influência de outras culturas e na política também não foi diferente. Em plena Guerra Fria, com o mundo dividido ideologicamente, nós sofremos interferência de ambos os lados, o que levou alguns artistas a militarem tambérm nesta área, quase sempre contra o regime militar, embora não faltasse aqueles que apoiassem o regime, o que hoje preferem esconder. Retrata bem a época a música Eu Te Amo, Meu Brasil, adotada pelo exército brasileiro como marcha oficial, uma espécie de hino do regime, de autoria da dupla Dom e Ravel.

            Estavam postos os dois caminhos. Enquanto a grande maioria dos jovens era embalada pela música popular, alguns optaram por ouvir um instrumento que sempre dá a mesma nota, como dizia a música dos Engenheiros do Hawaii. Se destacam entre estes José Jenuino, Zé Dirceu e nossa presidente Dilma.

            Assim, enquanto grandes shows eram promovidos em todo o país, concomitantemente ocorriam assaltos, sequestros, roubos de armas, quase sempre acompanhados de mortes.

            Como resumidamente dizia Chico Xavier em entrevista à TV TUPY canal 4 de São Paulo em plena ditadura (1971): "O regime militar é um mal necessário para que um mal maior não se instale no país(leia-se comunismo). Muitas vezes só compreendemos a ordem quando a desordem aparece. Reverenciemos aqueles que guardam o sentido da ordem" (AQUI)

            Não poderia terminar este texto sem mostrar o outro lado da meia-verdade que os petistas escondem sob o pretexto de que lutaram contra o regime militar. Sobre o assunto, em vídeo, a ex-guerrilheira Vera Silvia Magalhães, companheira de Dilma afirma: "É verdade que lutamos contra o regime militar, mas é bom que se diga também que éramos contra a ditadura militar burguesa mas a favor da ditadura do proletariado". (AQUI)

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

ASSIM CAMINHA A POLÍTICA

            Sem qualquer surpresa a sabatina e votação ocorridas no Senado para a recondução de Rodrigo Janot ao comando da Procuradoria Geral da República. Entretanto, me chamaram atenção fatos como a denúncia do Presidente da Câmara. Não pelo fato em si que até concordo, mas por terem outros políticos em situação idêntica e, até agora, poupados, como é o caso do Presidente do Senado Renan Calheiros.

            Se a denúncia contra Collor de Melo teve o objetivo de descaracterizar a seletividade acusada por muitos, para mim, ao contrário, só mostra que o também Senador-Presidente poderia ter sido enquadrado na mesma medida.

            No exercício do raciocínio me vem a seguinte pergunta: E se o ilustre procurador tivesse que se submeter ao mesmo processo na Câmara?

            Apesar de tudo, a palavra mais pronunciada durante a sabatina foi "equilíbrio". E isto não se pode negar que Janot tem demonstrado nesta difícil tarefa de separar o joio deste pouco trigo. 

            

A PRIMEIRA?

            Uma coisa é certa: Não podem acusar o governo de não estar fazendo alguma coisa pra sair do fundo do poço que meteu a economia do país. Só que, pra variar, nas costas do contribuinte, conforme noticia a imprensa. (AQUI)


            A receita parece vinda do trio de economistas responsáveis por um "paper" objeto de matéria recente publicada neste blog. Segundo o documento seriam necessárias 4(quatro) CPMFs até o ano de 2030 para cobrir o rombo provocado por dívidas já contratadas pelo governo conforme trecho abaixo:

"Até 2030 — ou seja, antes que um brasileiro nascendo este ano possa votar — o gasto anual do Estado brasileiro terá subido 300 bilhões de reais, uma aumento de 20 bilhões de reais por ano.
Para neutralizar este aumento de despesas, será preciso criar um imposto equivalente a uma nova CPMF a cada mandato presidencial de quatro anos (entre este ano e 2030). Para ficar claro: não se trata de renovar a CPMF a cada quatro anos, e sim de cobrar uma nova CPMF em cima da anterior, sucessivamente, a cada novo governo."

             Se a única saída é esta podemos ficar certos que não sairemos deste buraco de vez que o tão temido imposto do cheque jamais será aprovado pelo congresso, principalmente pela Câmara dos Deputados.                       

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

MINHA TERRA TEM ...

            Não! Não é a poesia de Gonçalves Dias. Minha terra tem oferecido ao país bizarrices das mais incríveis nos últimos anos. É só botar a memória pra funcionar e verá que tenho razão.

            A mais recente explorada pelo colega blogueiro Jesus da Costa mostra mais uma sob a forma de crime ambiental. Obtive informação que o responsável pela área ambiental prometeu ir a emissora de rádio para dar explicações. 

            Que explicação pode justificar o crime exposto nas imagens abaixo? Além do crime, convenhamos; são coisas que só acontecem na minha terra.

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

AMADORES X PROFISSIONAIS

            Um dia antes das manifestações em favor do governo fiz minhas previsões. Um dia depois faço minha avaliação comparativa: Amadores 10, Profissionais 1.

            O placar acima baseia-se nos números divulgados pela mídia; mais ou menos 10% do público verificado nas manifestações do dia 16. Esta é apenas uma avaliação quantitativa visto que tratam-se de públicos totalmente distintos.

          Na minha modesta opinião, estatisticamente, ficou evidenciado o quanto o contribuinte gasta para manter esta enorme estrutura de movimentos ditos sociais que, na prática, não passam de contingentes políticos aparelhados com dinheiro público e instrumentalizados pelo governo federal.

            As imagens estão aí para comprovar o que digo. Ao invés de Joãos, Marias e Franciscos como vistos em 16 de agosto, o que as imagens mostram são grandes siglas como CUT, MST, MTST e UNE entre outras de menor expressão a puxarem uma pequena fila de profissionais.

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

QUEM GANHA E QUEM PERDE

            Quem perde? o povo que paga a vultosa verba de publicidade despendida pelos dois lados nesta guerra midiática travada entre situação e oposição. Quem ganha? toda a imprensa representada pelos grandes veículos de comunicação de massas e, não raro, seus operadores de maior expressão, diretamente.

            Quando falo de operadores pretendo abranger todos aqueles jornalistas que se beneficiam por suas opiniões na grande mídia ou mesmo eu seus próprios blogs e sítios.

            Esta matéria foi motivada pelas declarações de uma jornalista da Band News que teve a cara-de-pau de afirmar que os brasileiros, na última manifestação (16/8), deixaram o recado que não querem a saída da Dilma e que, segundo ela, não existiria na linha de sucessão à presidência da república, alguém com qualidades morais igual à Dilma para sucedê-la.

            Isto dito por qualquer cidadão do povo é natural, afinal as pesquisas indicam que ainda restam milhões de apoiadores do governo, mas por um profissional da imprensa que tem a obrigação de levar a verdade dos fatos ao conhecimento público, a meu ver já passa a ser desonestidade intelectual para não dizer que cheira a dinheiro.

            Pelo sim, pelo não, vamos aguardar os resultados de tanto investimento público que deverá aparecer amanhã nas manifestações convocadas por partidos e entidades de classe sempre custeadas com nosso suor.

            Por oportuno lembro aos senhorres leitores idêntica tentativa ocorrida em 1992 (AQUI), quando o então presidente Collor de Melo convocou a população a sair às ruas vestida de verde e amarelo e o tiro saiu pela culatra (AQUI).

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

HOBIN HOOD TUPINIQUIM

            A corrida às panelas prevista para esta noite promete ser uma das miores já registradas no país, após a ironia do PT em seu progrma que será levado ao ar.

            Não bastassem as baboseiras proferidas por seu presidente, pelo Lula e pela Dilma, o programa termina fazendo ironia do "Panelaço" aguardado.

            Dentro do seu casulo socialista-bolivariano, o Foro de São Paulo continua ignorando a realidade do país, assim como dos demais membros, levando-os a esta catástrofe econômica e social a exemplo da Argentina e Venezuela.

            Sendo um dos fundadores dessa organização, Lula age nas duas pontas; como comandante maior do PT, internamente e, na condição de criador do Foro, como uma espécie de Robin Hood desta grande floresta chamada América Latina.