Tudo tem seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu. (Eclesiastes 3) Senhor absoluto da verdade e da nossa própria existência terrena, também é o maior e mais rigoroso professor, não perdoando aqueles que ignoram seus ensinamentos.
A crise que ora atravessamos é o maior exemplo das consequências reservadas àqueles que resolveram desafiá-lo. Desafiaram-no quando não respeitaram o período de maturação de um projeto bem sucedido chamado Plano Real que se consitituiu de um processo lento e gradual e que carecia de aprimoramentos para sua total consolidação. A ambição desmedida de se perenizar no poder recém conquistado não permitiu que etapas necessárias fossem implementadas e, como professor rigoroso que é, agora dá sua nota.
Na avidez de conquistar a adesão do maior número possível de pessoas ao seu projeto de poder permanente não esperaram o famoso crescimento do bolo para que pudesse ser distribuído às massas, beneficiando assim muito mais aos que forneceram os ingredientes. Como consequência, o bolo acabou antes do tempo e os fornecedores agora cobram suas faturas.
Aliado incondicional do tempo, o planejamento também foi ignorado e ambos cobram um preço muito alto pelo ostracismo em que foram colocados do qual o governo tenta se livrar jogando a responsabilidade para terceiros.
Enquanto a população mais pobre se ressente dos altos preços, desemprego e insegurança, por exemplo, as "zelites", maiores beneficiárias desta política equivocada, começam a manifestar temor com a ameaça de morte da galinha dos ovos de ouro.
Em entrevista concedida à Folha, importante empresário confessa seu desapontamento com a economia do país e prevê um quadro ainda pior para o futuro.
É tempo de perguntar: As "zelites" também foram enganadas ou igualmente ambiciosas?
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