sábado, 9 de novembro de 2013

ESTAMOS PERDENDO A NOÇÃO DE CERTO E ERRADO

          Talvez não seja eu a pessoa mais indicada para esclarecer a razão do título acima, mas talvez o seja para fazer chegar até você o questionamento sobre o assunto. O certo é que o fenômeno está claro entre nós e, como dizem, o que move o mundo não são as respostas e sim as perguntas.
            Por mais que queiramos não podemos fugir da presença da política em nossas vidas pois é por meio de seus representantes, na formulação e aprovação das leis, que são estabelecidos parâmetros para todas as atividades da vida cotidiana do cidadão.
             Infelizmente a política, quando praticada como propósito de perpetuação do poder, tende a adotar os meios mais apropriados a este fim, sem observância dos princípios morais e éticos que devem nortear uma atividade tão essencial em nossas vidas. Como resultado temos a adoção do relativismo que leva à banalização de práticas outrora condenadas pela sociedade. Para justificá-las tentam convencer-nos que o mais importante é o fim, não os meios.
            Certo é que o relativismo é o meio mais eficaz para legitimar práticas absurdas por permitir interpretações que se adequam a qualquer situação.
            Em situações e épocas distintas podemos ter como exemplos o caso de São Tomás de Aquino que preferiu aceitar a ideia de um boi voando a acreditar que um frade mentisse, enquanto em tempos mais recentes o holandês Maurício de Nassau teve que literalmente fazer um boi voar - balão em pele de boi - para atrair a população para a inauguração da ponte que leva seu nome. Assim, temos dois casos em que bois voaram.
            Para a Justiça, guardiã das peças legais produzidas pelos legisladores, a interpretação tem uma aplicação ainda mais significativa a depender de pequenos detalhes como podemos observar no texto abaixo:

            Um homem rico, sem filhos, sentindo-se morrer, pediu papel e caneta e escreveu seu testamento, porém não teve tempo de pontuá-lo, ficando assim:
"Deixo meus bens à minha irmã não ao meu sobrinho jamais será paga a conta do mecânico nada aos pobres".
            - O sobrinho então fez a pontuação à sua interpretação:
"Deixo meus bens à minha irmã? não! a meu sobrinho. jamais será paga a conta do mecânico. nada aos pobres".
            - A irmã já pontuou assim:
"Deixo meus bens à minha irmã. não ao meu sobrinho. jamais será paga a conta do mecânico. nada aos pobres".
            - O mecânico também deu sua interpretação:
"Deixo meus bens à minha irmã? não! ao meu sobrinho? jamais. será paga a conta do mecânico. nada aos pobres".
            - Um pobre, interessado, fez a seguinte pontuação:
"Deixo meus bens à minha irmã? não. ao meu sobrinho? jamais! será paga a conta do mecânico? nada! Aos pobres".


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