sexta-feira, 2 de novembro de 2012

DIA DE FINADOS

          Dia dos fieis defuntos, dia dos mortos ou mais popularmente dia de finados é a data em que  prestamos nossas homenagens àqueles que nos deixaram para uma vida eterna. Costuma-se dizer que "se alguém quiser ser bom, que morra", o que eu não posso concordar, mas também não deixo de aceitar que as pessoas que já se foram eram bem melhores como seres humanos, haja vista que o mundo atual está cada vez mais competitivo em todos os setores, o que leva o homem atual a esquecer de costumes e regras outrora respeitadas por todos.
          Como em matéria recente, lembro o famoso discurso de Rui Barbosa quando profetizou que chegaria o tempo em que o homem teria vergonha de ser honesto; e chegou! Talvez pelo alto conhecimento científico alcançado, o homem acha que não precisa mais de Deus e que é capaz de tudo por suas próprias mãos.
          A vaidade e o orgulho tem sido outros sentimentos que tem corrompido a alma de nosso povo. Por uma condição financeira melhor ou por um cargo qualquer pessoas são capazes de passar por cima de amigos, colegas e parentes, esquecendo dos ensinamentos recebidos daqueles mais velhos, muitos que hoje recebem suas visitas. E o que pensam eles de nós que permanecemos aqui? Certamente, muitas decepções.
          Por outro lado, podemos analisar a situação sob o ponto de vista puramente social. Não é fácil resistir às tentações de um mundo moderno, onde vale mais quem tem mais e àqueles menos aquinhoados é quase impossível desprezar qualquer oferta que venha a diminuir suas necessidades, muitas vezes até de sobrevivência ou que lhe coloque num patamar de destaque perante os demais.
          Os mais espertos sabem que o nosso país ainda não atingiu a condição de prover todas as necessidades do seu povo, daí tiram proveito disso oferecendo vantagens que vão desde valores pecuniários a vantagens profissionais, o que nos leva a concluir que nosso povo só terá liberdade, de fato, quando alcançar a liberdade econômica e assim poder escolher livremente como melhor usar o que dispõem sem ter que se sujeitar a outros mais "espertos".
          Quando chegar a nossa vez de sermos os anfitriões dessa visita, esperamos que algo tenha mudado para melhor e desta forma não tenhamos nós que lamentar como, por certo estão fazendo lá do alto, os anfitriões de hoje.

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