11/10/2012 17h52 - Atualizado em 11/10/2012 17h52
Ministério Público denuncia prefeito eleito no Ceará por compra de voto
Em depoimento, testemunhas dizem ter recebido
dinheiro por votos.
Chefe de gabinete do prefeito diz que provas foram 'forjadas'.
Chefe de gabinete do prefeito diz que provas foram 'forjadas'.
O Ministério Público Estadual do Ceará encaminhou à
Justiça Eleitoral denúncia de compra de votos na cidade de Marco,
no interior do Ceará. Segundo a denúncia, o prefeito eleito no domingo (7),
José Grijalma Rocha, mais conhecido como Paredão, ofereceu dinheiro a eleitores
da cidade em troca de voto. Chefe de gabinete nega acusações.
O G1 entrou em contato com o
prefeito reeleito, mas não obteve resposta. Nesta quinta-feira (11), ele não se
encontrava na prefeitura da cidade ou na residência. O chefe de gabinete de
Marco, Francisco das Chagas, conhecido como Tino, nega que tenha havido a compra
de voto.
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Segundo Francisco das Chagas, a denúncia do
Ministério Público é baseada em gravações de áudio que captam a oferta de
dinheiro por voto. O chefe de gabinete diz ainda que as gravações são forjadas
por eleitores e simpatizantes do candidato opositor, derrotados nas urnas.
Segundo a ação do Ministério Público, à qual
o G1 teve acesso, foram ouvidas testemunhas que afirmaram ter
recebido dinheiro em troca do voto. Uma das testemunhas diz que, além de
dinheiro, recebeu a promessa de tratamento de saúde.
Outra testemunha, em depoimento à Procuradoria
Geral da Justiça, afirma que sempre recebe "ajuda" de R$ 50 do
prefeito reeleito.
Segundo a promotora de Justiça Eleitoral Maria
Alice Diógenes Pinheiro, além da captação ilícita de sufrágio (compra de voto,
como é conhecido popularmente esse tipo de crime), houve abuso de poder
econômico. Segundo a promotora, os gastos realizados pela campanha do então
candidato Paredão compromete a "lisura e equilíbrio" da campanha.
A denúncia foi apresentada ao juiz de direito da
88ª zona eleitoral do Ceará.
A promotora pede na ação uma investigação judicial eleitoral que possa
comprovar os crimes de compra de voto e abuso de poder econômico. Maria Alice
Diógenes pede também a inelegibilidade do prefeito Paredão nas eleições nas
eleições 2012 e nos oito anos seguintes.
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