domingo, 27 de novembro de 2011

POLITICANDO

         A política está longe de ser uma ciência exata. Assim sendo é impossível falar dela sem levar em conta o que circula nas diversas camadas da sociedade, até porque é consenso que nela tudo é possível.
          No meu modesto ponto de vista a situação em nossa cidade está longe de ter uma definição. O dinamismo definido pelo Ex-Governador Gonzaga Mota se confirma a cada dia. Qualquer movimento de um político ou grupo pode significar mudança no quadro. Foi o que aconteceu quando Gonçalo Diôgo deu uma grande festa de casamento de sua filha, em Fortaleza.
          Como líder do PMDB local que faz parte da base de apoio do governo e detentor da Secretaria de Agricultura Gonçalo, naturalmente, convidou o Prefeito para o evento. Também estiveram presentes autoridades como o Deputado Federal Genecias Noronha, o Presidente da Assembleia Roberto Claudio, Deputado Vandeley Pedrosa, empresário Zé Alberto, Dr. Chico Chaves, entre outros.
          Até aí, tudo normal. O que suscitou comentários foi o fato de que pertencendo, ainda, à base do governo, Gonçalo não teria esboçado qualquer gesto para evitar que a banda que animava a festa deixasse de anunciar a todo momento seu nome como candidato em 2012.
        É sabido que, com a eleição da Mesa Diretora da Câmara no próximo dia 10, é grande a possibilidade de rompimento do PMDB com a administração atual, porém, volto a dizer: ainda faz parte da base de apoio. Seria uma antecipação dos fatos? Ademais a presença de pessoas ligadas aos azulões também reforçam esta ideia, segundo comentários circulantes na cidade.
Presentes à festa observaram as confabulações à parte entre Genecias e Vanderley alimentando rumores de que tratavam de um possível apoio a Gonçalo.
        Neste contexto, não poderia deixar de citar o Ex-Prefeito Acácio cujo partido também apoia este governo. Este tem como meta imediata a revisão de suas contas de gestão do ano de 2006, desaprovadas pela Câmara mesmo com parecer favorável do TCM. Ao contrário do que pensam alguns, este fato não é impeditivo de uma futura candidatura do mesmo visto que trata-se de uma situação reversível na Justiça, uma vez que foi totalmente irregular a sua desaprovação.
          A votação ocorrida em 8 de maio de 2009 foi eivada de erros conforme abaixo:
        1º - A Lei estadual que disciplina a matéria estabelece que contas de gestão devem ser analisadas e votadas dentro de 60 dias após seu recebimento, o que foi desrespeitado;
        2º - A Lei federal admite que após os 60 dias a matéria poderá ser apreciada, não permitindo, entretanto, outra votação enquanto ela não for votada, passando a trancar a pauta, o que não foi observado visto que matéria outras foram votadas nesse período;
         3º - É de domínio público que ninguém pode ser julgado sem o sagrado direito de defesa. Neste caso não lhe foi dada esta oportunidade, o que por si só é motivo suficiente para a nulidade do ato.
       Não entro na questão de que o partido do Acácio lance qualquer candidatura ou abandone a base do governo, mas entendo que o governo, com a maioria que detém, tem a responsabilidade de se empenhar na correção de uma injustiça cometida contra um seu aliado.
          

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