domingo, 2 de outubro de 2011

TRÉGUA NA CORRUPÇÃO - Jornalista Scarcela Jorge


Nobres: Decorridos poucos dias em que a sociedade não toma conhecimento de indícios de corrupção no seio do governo. Pelo menos o grande segmento da sociedade respirou aliviado na expectativa de novos rumos a ser tomado a bem do país. Fomos protagonistas nesses nove meses de comando da presidenta Dilma Rousseff até então coisa incomum nos governos anteriores, caíram alguns ministros de classe estrutural pelo mesmo motivo: forte indício de

corrupção praticadas num governo que direciona suas ações iniciado a bem pouco tempo. Por este ensejo ainda repercute a demissão dos ministros – da Pasta dos Transportes, da Casa Civil e Turismo, principalmente, não é suficiente. A presidente Dilma Rousseff precisa requer, imediatamente, um inquérito administrativo para investigar a atuação espúria desses ex-ministros que estiveram a frente das respectivas Pastas incluindo todo o período de gestão do então presidente Lula, quando as mesmíssimas pessoas lá estavam e estiveram a frente destas Pastas ou foram deslocados para serem ministros em outras áreas. A metodologia empregada para nomeação de ministros, toda sociedade é conhecedora, é o processo de indicação por parte de partidos políticos que compõe a base aliada cujos indicativos fazem retalhar o governo que disponibiliza fatias repartida de um “bolo” que se torna indigesto para os “agraciados.” Para composição (ou decomposição!) das forças aliadas no Congresso Nacional no momento encontraram uma “informalidade” de sistema prático de governo onde o presidencialismo e o parlamentarismo são pontos conflitantes dentro sistema pluralista de governo. Essa experiência jamais se acertará. São alusões deixadas de lado através de plebiscito que escolheu o presidencialismo como forma de governo. - A teoria confronta à prática-. Dentro desse contexto os partidos da base aliada são domadores dos gabinetes presidenciais. Dentre os demais faz parte do governo o PR e, não é mistério para ninguém que quem segurava as pontas desse partido era o falecido ex-vice-presidente José Alencar. É que em uma série de entrevistas concedidas pelo Deputado Waldemar Costa Neto um parlamentar que sempre se destacou em defesa de corruptos, fez uma confissão clara da prevaricação, não apenas nos Transportes, mas em todas as pastas onde o PR atua. Lêem-se mais de uma vez no documento divulgado pelo Deputado: “as relações com Órgãos da Administração Pública Federal, incluindo o Ministério dos Transportes, são públicas e quase sempre consumadas em despachos e reuniões de trabalho organizadas por servidores das respectivas pastas. (...) essas reuniões buscam garantir benfeitorias federais para as regiões representadas por lideranças políticas do PR”. Mais claro impossível! O deputado dirigente daquele partido confessou que o Ministério dos Transportes – se tornou uma repartição do Partido da República e há muito deixou de atender os interesses da sociedade brasileira para dar atenção às demandas das “regiões representadas por lideranças políticas do partido. Diante de tanta celeuma provocada por integrantes deste Partido apesar da varredura da presidenta, continua enraizado o feudo partidário a disposição dos setores daquela Pasta. Reiteramos o processo de nomeação nas Pastas pelo presidente é regrado pelo o indicativo do partido, que recebem uma partilha em função de resultados eleitorais. Esse procedimento foi adotado desde o inicio da era Lula. O poder dos partidos aliados é tão eloqüente se faz presente quando recentemente o Deputado Waldemar Costa, foi absorvido mais uma vez de um processo que pedia a sua cassação pela prática da falta de decoro parlamentar. Iteramos as “culturas” governistas de seus entes também estão se generalizando. É, também, premente, que o Senado retirou uma CPI que no intuito seria investigar profundamente a atuação e a bandidagem no Ministério dos Transportes, que reúne elementos para isso. Funcionou, a bem da verdade uma poderosa rede corporativista no sentido de esbarrar a apuração dos fatos que certamente envolveria os interesses do ex-presidente Lula, que ainda direciona ações da base aliada do atual governo. Mesma “intempestiva” ação foi tomada por parte do ex-ministro do Turismo que sempre alimentou os recursos públicos daquela Pasta para uma rede corrupta cuja ação se tornou blindada  por este pertencer o esquema político do ex-presidente José Sarney. “Como não poderia deixar de ser” associa-se mais esta frustração da sociedade e o seu limitadíssimo poder de mobilização ora em espécie veio retardar seu potencial  crítico, ficando mais a vontade os políticos que agem por ação insana. Entre outros alguns senadores continuam subindo na tribuna, quase que uniformemente, com críticas contundentes contra as diretorias setoriais em função dos crimes capitulados nesses ministérios, que ainda não chegaram o fim. Por esta razão se clama por punições severas a esses bandidos, é essa, a expressão escorreita da palavra para qualificar pessoas que se utilizam de mandatos políticos com os fins de roubar os cofres públicos. Logicamente o PT e o PMDB como de costume barraram naquele momento um pedido de instauração de uma CPI e por razões obvias poderiam ser considerados cúmplices de mais um escândalo de corrupção declarada no Brasil. A sociedade brasileira com um todo, partindo dos pequenos municípios e até os mais importantes núcleos habitacionais do país, já não tolera mais, resguardar políticos corruptos, mesmo tendo a cumplicidade de seus parceiros que nunca tiveram a coragem de por as suas caras nas ruas, torna-se eloqüente o repúdio dessa sociedade. Partindo ainda dessa premissa “encastelada” naqueles ministérios nos faz rememorar, logo após do escândalo do mensalão, no governo Lula, e que solapou vários de seus integrantes do então PL, entre eles, o próprio Deputado Valdemar Costa Neto, que renunciou ao antigo mandato para fugir da cassação. Há de convir que manter atalhos no sentido de se classificar como viés da conveniência está às vistas da população. O mais chocante nessa história toda é que se contornaram evidentes a falta de vergonha na cara e a certeza de impunidade da classe política brasileira. Ressaltamos em outros casos, os corruptos acompanhados de seus cúmplices esperam na certeza de que nada possa impedir de se reencontrar a prática das ações delituosas sempre acobertadas por figurões de “expressão” na política, que alimentam seus fieis “escudeiros” na maioria ingênua e aculturada de que os transtornos serão passageiros. Ainda bem que a presidente Dilma Rousseff como tem demonstrado que jamais será cúmplice com a bandidagem institucionalizada em seu governo, tanto é que agiu imediatamente demitindo quase toda cúpula daquele ministério. É bem diferente de seu padrinho Lula, ela não alega, “de que não sabia de nada”. Diante dos seguidos escândalos que assola os últimos governos das mais diversificadas vertentes. Diante de acontecimentos desta natureza deixa momentaneamente a sociedade perplexa diante de tanta imoralidade promovida pelos segmentos da política do país. Resta mais ainda a ação da presidenta da República na varredura de seu governo se assim prosseguir se esgotados toda qualquer ação visando o resgate ético desses elementos encastelados no poder. Só nos resta ordeiramente tentar mobilizar as instituições acreditadas no país, ativa por excelência não só em causa de suas categorias, mas sempre estiveram na sentinela do destino democrático da nação, sensíveis ao anseio de toda sociedade em seu chamamento. A OAB; Associação dos Magistrados do Brasil; a CNBB, conferencia do prelado católico romano no Brasil representante de todos os direitos sociais da humanidade (guarda material e espiritual do povo brasileiro) as forças sindicais “não compromissadas” com o governo, somadas as adesões de segmentos da sociedade, para se organizar e empreender parcerias, no sentido de referendar posições da sociedade, o fiel fortalecedor da opinião pública que sempre colheram resultados naturalmente favoráveis como ocorreu na recente história da nação, como por exemplo: “As diretas já” o impeachment de Collor que imortalizaram o poder do povo como elemento essencial da nação.   
Antônio Scarcela Jorge

E M   T E M P O :
Caro Areton.
Amigo: expressaste sua “opinião” no editorial de hoje, é verdade, tudo àquilo que coincide com o meu pensamento sobre esses questionamentos.  Não se desanime, setores ativos da sociedade em regra convergem com certas situações momentâneas e se enveredam pelo uso expresso do individualismo e do corporativismo. Pela suas ações conhecidas pela população ficam dispensados o julgo dessa sociedade para lhe colocar como umas das exceções: podes crer nesse aspecto não ressalva à maioria do nosso povo. Esse é o cotidiano de cada um, estamos numa batalha, uma guerra fria, muito pior sem se conhecer os adversários. As decepções fazem parte do contexto desumano provocado de quem cultua a inveja e o desleixe. A cada revés físico e/ ou amoral é um estimulo para prosseguir na caminhada da vida. Um abraço SCARCELA 

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