Nobres:
Decorridos poucos dias em que a sociedade não toma conhecimento de indícios de
corrupção no seio do governo. Pelo menos o grande segmento da sociedade
respirou aliviado na expectativa de novos rumos a ser tomado a bem do país.
Fomos protagonistas nesses nove meses de comando da presidenta Dilma Rousseff até
então coisa incomum nos governos anteriores, caíram alguns ministros de classe
estrutural pelo mesmo motivo: forte indício de
corrupção praticadas num governo
que direciona suas ações iniciado a bem pouco tempo. Por este ensejo ainda
repercute a demissão dos ministros – da Pasta dos Transportes, da Casa Civil e Turismo,
principalmente, não é suficiente. A presidente Dilma Rousseff precisa requer,
imediatamente, um inquérito administrativo para investigar a atuação espúria desses
ex-ministros que estiveram a frente das respectivas Pastas incluindo todo o período
de gestão do então presidente Lula, quando as mesmíssimas pessoas lá estavam e
estiveram a frente destas Pastas ou foram deslocados para serem ministros em
outras áreas. A metodologia empregada para nomeação de ministros, toda
sociedade é conhecedora, é o processo de indicação por parte de partidos políticos
que compõe a base aliada cujos indicativos fazem retalhar o governo que
disponibiliza fatias repartida de um “bolo” que se torna indigesto para os
“agraciados.” Para composição (ou decomposição!) das forças aliadas no
Congresso Nacional no momento encontraram uma “informalidade” de sistema
prático de governo onde o presidencialismo e o parlamentarismo são pontos
conflitantes dentro sistema pluralista de governo. Essa experiência jamais se
acertará. São alusões deixadas de lado através de plebiscito que escolheu o
presidencialismo como forma de governo. - A teoria confronta à prática-. Dentro
desse contexto os partidos da base aliada são domadores dos gabinetes
presidenciais. Dentre os demais faz parte do governo o PR e, não é mistério
para ninguém que quem segurava as pontas desse partido era o falecido ex-vice-presidente
José Alencar. É que em uma série de entrevistas concedidas pelo Deputado
Waldemar Costa Neto um parlamentar que sempre se destacou em defesa de
corruptos, fez uma confissão clara da prevaricação, não apenas nos Transportes,
mas em todas as pastas onde o PR atua. Lêem-se mais de uma vez no documento
divulgado pelo Deputado: “as relações com Órgãos da Administração Pública
Federal, incluindo o Ministério dos Transportes, são públicas e quase sempre
consumadas em despachos e reuniões de trabalho organizadas por servidores das
respectivas pastas. (...) essas reuniões buscam garantir benfeitorias federais
para as regiões representadas por lideranças políticas do PR”. Mais claro
impossível! O deputado dirigente daquele partido confessou que o Ministério dos
Transportes – se tornou uma repartição do Partido da República e há muito
deixou de atender os interesses da sociedade brasileira para dar atenção às
demandas das “regiões representadas por lideranças políticas do partido. Diante
de tanta celeuma provocada por integrantes deste Partido apesar da varredura da
presidenta, continua enraizado o feudo partidário a disposição dos setores
daquela Pasta. Reiteramos o processo de nomeação nas Pastas pelo presidente é
regrado pelo o indicativo do partido, que recebem uma partilha em função de
resultados eleitorais. Esse procedimento foi adotado desde o inicio da era
Lula. O poder dos partidos aliados é tão eloqüente se faz presente quando
recentemente o Deputado Waldemar Costa, foi absorvido mais uma vez de um
processo que pedia a sua cassação pela prática da falta de decoro parlamentar. Iteramos
as “culturas” governistas de seus entes também estão se generalizando. É,
também, premente, que o Senado retirou uma CPI que no intuito seria investigar
profundamente a atuação e a bandidagem no Ministério dos Transportes, que reúne
elementos para isso. Funcionou, a bem da verdade uma poderosa rede
corporativista no sentido de esbarrar a apuração dos fatos que certamente
envolveria os interesses do ex-presidente Lula, que ainda direciona ações da
base aliada do atual governo. Mesma “intempestiva” ação foi tomada por parte do
ex-ministro do Turismo que sempre alimentou os recursos públicos daquela Pasta
para uma rede corrupta cuja ação se tornou blindada por este pertencer o esquema político do
ex-presidente José Sarney. “Como não poderia deixar de ser” associa-se mais
esta frustração da sociedade e o seu limitadíssimo poder de mobilização ora em
espécie veio retardar seu potencial crítico,
ficando mais a vontade os políticos que agem por ação insana. Entre outros
alguns senadores continuam subindo na tribuna, quase que uniformemente, com
críticas contundentes contra as diretorias setoriais em função dos crimes
capitulados nesses ministérios, que ainda não chegaram o fim. Por esta razão se
clama por punições severas a esses bandidos, é essa, a expressão escorreita da
palavra para qualificar pessoas que se utilizam de mandatos políticos com os
fins de roubar os cofres públicos. Logicamente o PT e o PMDB como de costume
barraram naquele momento um pedido de instauração de uma CPI e por razões
obvias poderiam ser considerados cúmplices de mais um escândalo de corrupção
declarada no Brasil. A sociedade brasileira com um todo, partindo dos pequenos
municípios e até os mais importantes núcleos habitacionais do país, já não
tolera mais, resguardar políticos corruptos, mesmo tendo a cumplicidade de seus
parceiros que nunca tiveram a coragem de por as suas caras nas ruas, torna-se
eloqüente o repúdio dessa sociedade. Partindo ainda dessa premissa
“encastelada” naqueles ministérios nos faz rememorar, logo após do escândalo do
mensalão, no governo Lula, e que solapou vários de seus integrantes do então
PL, entre eles, o próprio Deputado Valdemar Costa Neto, que renunciou ao antigo
mandato para fugir da cassação. Há de convir que manter atalhos no sentido de
se classificar como viés da conveniência está às vistas da população. O mais
chocante nessa história toda é que se contornaram evidentes a falta de vergonha
na cara e a certeza de impunidade da classe política brasileira. Ressaltamos em
outros casos, os corruptos acompanhados de seus cúmplices esperam na certeza de
que nada possa impedir de se reencontrar a prática das ações delituosas sempre
acobertadas por figurões de “expressão” na política, que alimentam seus fieis
“escudeiros” na maioria ingênua e aculturada de que os transtornos serão
passageiros. Ainda bem que a presidente Dilma Rousseff como tem demonstrado que
jamais será cúmplice com a bandidagem institucionalizada em seu governo, tanto
é que agiu imediatamente demitindo quase toda cúpula daquele ministério. É bem
diferente de seu padrinho Lula, ela não alega, “de que não sabia de nada”.
Diante dos seguidos escândalos que assola os últimos governos das mais
diversificadas vertentes. Diante de acontecimentos desta natureza deixa
momentaneamente a sociedade perplexa diante de tanta imoralidade promovida
pelos segmentos da política do país. Resta mais ainda a ação da presidenta da
República na varredura de seu governo se assim prosseguir se esgotados toda
qualquer ação visando o resgate ético desses elementos encastelados no poder.
Só nos resta ordeiramente tentar mobilizar as instituições acreditadas no país,
ativa por excelência não só em causa de suas categorias, mas sempre estiveram na
sentinela do destino democrático da nação, sensíveis ao anseio de toda
sociedade em seu chamamento. A OAB; Associação dos Magistrados do Brasil; a
CNBB, conferencia do prelado católico romano no Brasil representante de todos
os direitos sociais da humanidade (guarda material e espiritual do povo
brasileiro) as forças sindicais “não compromissadas” com o governo, somadas as
adesões de segmentos da sociedade, para se organizar e empreender parcerias, no
sentido de referendar posições da sociedade, o fiel fortalecedor da opinião
pública que sempre colheram resultados naturalmente favoráveis como ocorreu na
recente história da nação, como por exemplo: “As diretas já” o impeachment de
Collor que imortalizaram o poder do povo como elemento essencial da nação.
Antônio
Scarcela Jorge
E
M T E M P O :
Caro
Areton.
Amigo:
expressaste sua “opinião” no editorial de hoje, é verdade, tudo àquilo que
coincide com o meu pensamento sobre esses questionamentos. Não se desanime, setores ativos da sociedade
em regra convergem com certas situações momentâneas e se enveredam pelo uso
expresso do individualismo e do corporativismo. Pela suas ações conhecidas pela
população ficam dispensados o julgo dessa sociedade para lhe colocar como umas
das exceções: podes crer nesse aspecto não ressalva à maioria do nosso povo. Esse
é o cotidiano de cada um, estamos numa batalha, uma guerra fria, muito pior sem
se conhecer os adversários. As decepções fazem parte do contexto desumano
provocado de quem cultua a inveja e o desleixe. A cada revés físico e/ ou
amoral é um estimulo para prosseguir na caminhada da vida. Um abraço SCARCELA
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