Prezado Areton,
Comungo com a dor de todos vocês, diletos filhos de D. Chaguinhas, estimada por todos quantos a conheceram. Recebam as minhas sinceras condolências. Que os Bons
Comungo com a dor de todos vocês, diletos filhos de D. Chaguinhas, estimada por todos quantos a conheceram. Recebam as minhas sinceras condolências. Que os Bons
Espíritos a amparem no seu retorno ao Mundo Invisível.
A ela, minha homenagem por intermédio da mensagem abaixo.
Abraço-lhes fraternalmente.
Estênio Negreiros
Fortaleza,CE
Quando estiver no túmulo poderei
dizer, como tantos outros: ‘terminei minha jornada’ e não ‘terminei minha
vida’. Minha jornada recomeçará no outro dia, de manhã. O túmulo não é um
labirinto sem saída; é uma avenida, que se fecha no crepúsculo e volta a abrir
na aurora.
Victor Hugo (1802-1885)
Quando observamos, da praia, um
veleiro a afastar-se da costa, navegando mar adentro, impelido pela brisa
matinal, estamos diante de um espetáculo de rara beleza.
O barco, impulsionado pela força
dos ventos, vai ganhando o mar azul e nos parece cada vez menor.
Não demora muito e só podemos
contemplar um pequeno ponto branco na linha remota e indecisa, onde o mar e o
céu se encontram.
Quem observa o veleiro sumir na
linha do horizonte, certamente exclamará: “Já se foi”. Terá sumido? Evaporado?
Não, certamente. Apenas o perdemos de vista. O barco continua do mesmo tamanho
e com a mesma capacidade que tinha quando estava próximo de nós. Continua tão
capaz quanto antes de levar ao porto de destino as cargas recebidas. O veleiro
não evaporou, apenas não o podemos mais ver.
Mas ele continua o mesmo. E talvez, no
exato instante em que alguém diz “já se foi”, haverá outras vozes, mais além, a
afirmar: “Lá vem o veleiro”!!!
Assim é a morte.
Quando o veleiro parte, levando a
preciosa carga de um amor que nos foi caro, e o vemos sumir na linha que separa
o visível do invisível, dizemos: “Já se foi”.
Terá sumido? Evaporado? Não,
certamente. Apenas o perdemos de vista.
O ser que amamos continua o mesmo, suas
conquistas e afeições persistem na nova dimensão espiritual.
Nada se perde, a não ser o corpo físico
de que não mais se necessita. E é assim que, no mesmo instante em que
dizemos ”já se foi”, no Além, outro alguém dirá: “Já está chegando”.
Chegou ao destino levando consigo as aquisições feitas durante a vida.
Na vida, cada um leva sua carga de
vícios e virtudes, de afetos e desafetos, até que se resolva por desfazer-se do
que julgar desnecessário ou incomodo.
A vida é feita de partidas e chegadas.
De idas e vindas. Assim, o que para uns parece ser a partida, para outros é a
chegada. Conforme escreveu o poeta francês Victor Hugo: – O berço tem um ontem
e o túmulo um amanhã.
Assim, um dia, todos nós partimos como seres
imortais que somos, ao encontro d’Aquele que nos criou.
-Fim-
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