terça-feira, 18 de outubro de 2011

OBRIGADO, ESTÊNIO


Prezado Areton,

Comungo com a dor de todos vocês, diletos filhos de D. Chaguinhas, estimada por todos quantos a conheceram. Recebam as minhas sinceras condolências.  Que os Bons

Espíritos a amparem no seu retorno ao Mundo Invisível.

A ela, minha homenagem por intermédio da mensagem abaixo.

Abraço-lhes fraternalmente.


Estênio Negreiros
Fortaleza,CE



-PARTIDA E CHEGADA-







Quando estiver no túmulo poderei dizer, como tantos outros: ‘terminei minha jornada’ e não ‘terminei minha vida’. Minha jornada recomeçará no outro dia, de manhã. O túmulo não é um labirinto sem saída; é uma avenida, que se fecha no crepúsculo e volta a abrir na aurora.
Victor Hugo (1802-1885)


   Quando observamos, da praia, um veleiro a afastar-se da costa, navegando mar adentro, impelido pela brisa matinal, estamos diante de um espetáculo de rara beleza.
   O barco, impulsionado pela força dos ventos, vai ganhando o mar azul e nos parece cada vez menor.
    Não demora muito e só podemos contemplar um pequeno ponto branco na linha remota e indecisa, onde o mar e o céu se encontram.
   Quem observa o veleiro sumir na linha do horizonte, certamente exclamará: “Já se foi”. Terá sumido? Evaporado? Não, certamente. Apenas o perdemos de vista. O barco continua do mesmo tamanho e com a mesma capacidade que tinha quando estava próximo de nós. Continua tão capaz quanto antes de levar ao porto de destino as cargas recebidas. O veleiro não evaporou, apenas não o podemos mais ver.
  Mas ele continua o mesmo. E talvez, no exato instante em que alguém diz “já se foi”, haverá outras vozes, mais além, a afirmar: “Lá vem o veleiro”!!!
  Assim é a morte.
  Quando o veleiro parte, levando a preciosa carga de um amor que nos foi caro, e o vemos sumir na linha que separa o visível do invisível, dizemos: “Já se foi”.
  Terá sumido? Evaporado? Não, certamente. Apenas o perdemos de vista.
  O ser que amamos continua o mesmo, suas conquistas e afeições persistem na nova dimensão espiritual.
  Nada se perde, a não ser o corpo físico de que não mais se necessita.  E é assim que, no mesmo instante em que dizemos  ”já se foi”, no Além, outro alguém dirá: “Já está chegando”. Chegou ao destino levando consigo as aquisições feitas durante a vida.
  Na vida, cada um leva sua carga de vícios e virtudes, de afetos e desafetos, até que se resolva por desfazer-se do que julgar desnecessário ou incomodo.
  A vida é feita de partidas e chegadas. De idas e vindas. Assim, o que para uns parece ser a partida, para outros é a chegada. Conforme escreveu o poeta francês Victor Hugo: – O berço tem um ontem e o túmulo um amanhã.
  Assim, um dia, todos nós partimos como seres imortais que somos, ao encontro d’Aquele que nos criou.
-Fim-


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