NOBRES:
Vou memorizar as ações virtuosas de Dona Chaguinha uma criatura que durante
essa trajetória da vida sempre tivemos uma profunda admiração pelo gesto característico
de humanidade, “caridade” e pela solidariedade que cultuava entre as pessoas. Diante de uma sociedade perversa,
preconceituosa e puritanista que adotava o preconceito “separatista” e de racismo,
(de o diga o MM. JUIZ daquela época, o DR. TARGINO FILHO
por ser preto, não era
considerado por ser magistrado – imagine como era tratado o cidadão comum!) só
os leigos DELEGADOS DE POLÍCIA, indicados pela politicagem da época é que
ditavam normas próprias, acima da lei, desconhecida por quase todos, - a seu
proveito e de todos os políticos que lhes fizeram uso-. Em contrapartida essa
mesma sociedade ocultava as suas podridões que se avistada, carregada de
preconceitos imaginável no sentido de seu próprio “bem”. Decorridos os anos, Dona
Chaguinha, com a percepção que Deus lhe concedeu, foi a primeira em “quebrar”
os grilhões da sociedade elitista de nossa cidade, a se transferir e “fundar um
hotel, uma espécie de pensionato para hospedar em sua maioria - “caixeiros-viajantes”-a
serviço de suas empresas nesta cidade. Com a implantação desse modesto hotel,
ela não só se revelou como espírito empresarial, talvez não tivesse a
imaginação desse estilo, mas se revelaria uma potencial “empresária da
solidariedade e da caridade humana.” Ali tirada o sustento de sua família, aliada
a magnífica capacidade em direcionar os estudos de seus filhos, por força
sobrenatural, o primeiro de seus filhos, ZÉMARIA, ‘não o conhecia pessoalmente’
naquela época, estudava no Liceu do Ceará (fui apresentado a ele, - eu ainda
menino - pelo meu pai, em 1964, diante deste renomado colégio; ZÉMARIA, montado em sua bicicleta, único meio de
transporte que se locomovia entre o bairro Monte Castelo e o Liceu) foram
seguidos pelos alguns de seus filhos também se formaram. A outra questão mais
relevante, foi que este hotel, serviu para acolher pessoas de posse até as
pessoas mais necessitadas que se servia de Dona Chaguinha as vezes para saciar
a suas fome, esses miseráveis todos foram atendidos por Dona Chaguinha, sem
qualquer diferença ou outra distinção. Ela sempre tocou os seus negócios, com
dificuldade é verdade, mas sempre teve força sobrenatural de quem é vencedor. Outro
exemplo que jamais sairá da minha memória, por isso faço questão de citá-lo: -
no inicio do dia (o seu hotel, por ser vizinha a cadeia pública desta cidade;
Dona Chaguinha, contava os presos penitenciados e por “correição” – na hora do
almoço – servia a refeição a todos, graciosamente! - Sem saber a quem- isso
pouco lhe importava. Outro testemunho, bem mais recente. Uns de seus filhos (posso
acrescentar que não foi em época ou no ano de eleições) lhe encarregou em
distribuir alimentos as pessoas mais carentes, passando a recomendação que
fosse racionada por um mês, - só que em poucas horas os alimentos se acabaram-
valendo o seu espírito acolhedor as pessoas de maior carência. Posso assim
originar as virtudes de Dona Chaguinha, pela ação exemplar, dentre incontáveis gestos
de humanidade de a vida lhe pautou. Ao encerrar a sua vida material terrena,
sinto-me como dever na condição de filho desta terra, saudar uma figura de
expressão, de vencer em todas as etapas de sua vida. Pessoa ímpar em que os
sensatos hão de reconhecê-los. Pelo momento de transição para a eternidade
temos a certeza que Dona Chaguinha, procurou seguir os ensinamentos divinos, de
AMAR À DEUS SOBRE TODAS COISAS E A PRÓXIMO COMO A SÍ MESMO.
Antônio
Scarcela Jorge
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