NOBRES:
De início, no nosso modesto de entender na praticidade das ações, normalmente,
seria que seis modificações no primeiro escalão em dez meses de governo têm extensão
de reforma ministerial. Entretanto se implica por motivos alheios o que foi
delineado. – com as exceções de Antonio Palocci – desvio ético – e Nelson Jobim
– incompatibilidade de gênios -, os quatro remanentes, com defenestração de
Orlando Silva, dos Esportes, foram abatidos por
evidência de corrupção no
entorno e dentro dos próprios gabinetes. É provável que retorne a discussão
sobre a presidenta Dilma voltou a usar a vassoura da “faxina”, que tanto melhorou
sua avaliação no eleitorado de oposição no sul/sudeste (o eleitor do nordeste –
em sua grande maioria - não quer discriminar a nossa região – o eleitor é massa
de manobra nas mãos do lulopetismo e não está nem aí – já é bastante conivente com
a sua condição de miséria). Esse debate aos menos delimitou alguns pontos: a
presidenta herdou uma equipe montada pelo mentor, Lula e, se procura não
compactuar com “malfeitos”, tem limites. Afinal, não pode desmontar parte da
sua base parlamentar, construída no toma lá da cá praticado como poucas vezes
se viu em Brasília. Conta ponto a favor da presidenta, como no caso dos
ministérios envoltos a questão de corporação, é o fato de reagir às evidências de
que os ministros usavam o cargo para irrigar a legenda de dinheiro público e/ou
enriquecer correligionários. Tem comportamento oposto ao de Lula, que, em nome
do correto princípio da presunção da inocência, fechava os olhos a atos
hediondos de corrupção. Nestes quase dez meses de gestão da presidenta Dilma,
ficou visível a existência de um mosaico de operações criminosas, contra o
interesse do contribuinte: do uso de verbas dos transportes para financiar
caixa dois do PR – alem de atrair parlamentares para legenda – às ligações
descabidas de Rossi com pelo menos um fornecedor da Agricultura, até a
manipulação das ONGs no desvio de dinheiro público arrancado do Tesouro por
emenda parlamentar, no Turismo. (Aqui, mais bem embaixo (municípios) já estão
sendo investigadas “associações comunitárias”, que estão nas mãos de “políticos
profissionais?” (alguns estão em “busca – será? - do primeiro emprego”! - que
há décadas vem sobrevivendo, à custa do erário, se que ao menos dê “um prego em
barra de sabão”: – Será a ‘bola da vez’ -.) A partir de Brasília, um
capilarizado esquema de corrupção aciona vários tipos de gazuas para assaltar o
erário. Por sua vez a situação de Orlando Silva teria ficado insustentável com
a decisão do STF de aceitar o pedido da Procuradoria Geral da República para investigá-lo
e o antecessor Agnelo Queiroz, atual governador do DF (PT), antes também, do
PCdoB, partido ao qual a Pasta foi cedida na partilha fisiológica. Fica
evidente que a mais uma queda de ministro, pelas mesmas razões de outras três,
coloca o fisiologismo em xeque. A sociedade parece ter acordado para os efeitos
deletérios dessa maneira de manter-se no poder. E instituições republicanas se
mostram mais atentas ao acumulo de casos idênticos, em áreas aparelhadas da maquina
pública contem assaltos, a luz do dia, ao Tesouro. A presidenta Dilma tem
limites, mas a realidade costuma se impor. Entre outras questões de semelhança
vulgar “aparece” os municípios, pela sua diversidade demográfica interior,
naturalmente, ficando a margem dos acontecimentos centralizadores no espelho da
opinião da sociedade, se escondem, por enquanto, dos aparelhos institucionais
do Estado, “acalentando ilusões”, que não haja observação para suas ações sendo
aderentes à impunidade.
Antônio
Scarcela Jorge
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