sábado, 27 de novembro de 2010

REAJUSTE DO SALÁRIO MÍNIMO É QUESTÃO SECUNDÁRIA - Jorn. Scarcela Jorge


              NOBRES: Faltam apenas alguns dias para que o governo venha reajustar e até dar um aumento para o salário mínimo em janeiro de 2011. Entretanto é alvo de preocupação em fixar os números diante da incerteza ... Clique em Mais informações


de projeções da economia por parte da tecnocracia especializada concentrados, ou melhor, desconcentrados em diversos setores ministeriais. Ora dão atenção ao Ministro da Fazenda, e outra vez ao Ministério do Planejamento, quando deveria ter o comando do Ministério do Trabalho, totalmente alijado dessa cadeia de “entendimento.” Manifestações pálidas não encontram ressonância do governo, no entanto, se formaria através de lideranças e forças sindicais em prol de um reajuste que atenuem o poder aquisitivo do trabalhador em função de seus salários. Na realidade, vem preocupando os trabalhadores e, até o presente não houve uma mobilização das entidades sindicais mais fortes que são povoadas no sul do país que não tem tanta receptividade com o aumento do piso nacional de salário, que serve apenas de referência para qualificar essa questão, diferentemente do Nordeste por ser uma região que estabelece um desnivelamento da condição social no país, onde as classes trabalhadoras há predominância referencial de seus salários. O abismo existente entre as regiões brasileiras é intenso sobre a questão salarial. A gravidade do fato é acentuada já o sistema produtivo nacional, principalmente sobre os produtos agrícolas, alimentação, vestuários e remédios já sofreram reajustes antecipando o anuncio do salário mínimo. Por esta ação, na verdade transcende as questões de ordem social de todo país concernente aos dados estatísticos econômicos e sociais atinge explicitamente a política social do governo no sentido de atenuar esse desnivelamento. O que devia nos preocupar é o fato de que, no ranking da ONU, o nosso Brasil continua sendo o terceiro pela mais desigual do mundo e na América Latina, o mais desigual do continente, só perdendo para o Haiti e Bolívia. Lançamos a questão junto aos nossos dirigentes políticos: Esse padrão de desigualdade é simplesmente incompatível com a posição brasileira na economia mundial do século atual – assim como a persistência da escravidão se tornou inconciliável com o mundo na virada do século XIX e nos impôs a industrialização do século XX. Enquanto não conseguirmos equacionar uma perspectiva de solução para este problema, a democracia entre nós estará sempre a beira do colapso. Mas se, pelo contrário, a evolução da política que se espera venha a se sobrepor ao possível anacronismo que nos ameaça, será admissível abrir a perspectiva de uma discussão objetiva, livre de ideologia, preconceitos, demagogias, subterfúgios e até de teorias ultrapassadas. Porque não dão prioridade mais do que necessária, sobre a questão da distribuição de renda, implicitamente agregada ao ganho salarial impecavelmente no contexto da economia e suas implicações para o desenvolvimento do país. De forma generalizada, aí entra em debate se excetuando esta pobre região no contesto social de seus habitantes e, ela terá que partir de uma constatação ofuscante: O SALÁRIO MÍNIMO – (apelidado de: PISO NACIONAL), o mais elementar referencial na nivelação socioeconômica do país apresenta os seus dados e os efeitos comparativos desde sua criação até os nossos dias. O valor real do salário mínimo de 2010, mesmo com todos os aumentos recentes, ainda é inferior ao de 1945. Embora “à razão” de todo o crescimento da economia e da produtividade do trabalho desde então. Por este meio, O DIEESE, sempre se manifesta sobre suas estatísticas fazendo de sua principal retórica. Entre essas causas que depois de um século de industrialização, explicam o subdesenvolvimento remanescente da economia brasileira, certamente o rebaixamento histórico do pagamento do trabalho estará entre as principais. Para isto não precisamos ser economista para verificar esses adjetos, só teríamos o cuidado em ter acompanhado os mais diversificados problemas que dão seguimento as ações estruturais do país e, como cidadãos comuns temos o dever de nos estabelecer. Sabemos que o salário mínimo é o agente eficiente da repartição capital/trabalho e a sua defasagem histórica é o grande fator da desigualdade no país de hoje, o número dos que recebem não é pequeno e, na prática, a correção do “mínimo” influencia os salários superiores. Em síntese o baixo salário mínimo implantado no país, considerado entre seus “desleixes” como um país que deriva como rico e ao mesmo tempo, pobre, dizem ser, que a massa trabalhadora tem baixa qualificação. Entre vários fatores inseridos neste contexto, aparece a educação, que também faz se rogar pela generalização prévia de educação de qualidade, encontrando diversos aspectos nos setores ativos da nação. Encarar isso de frente, é uma questão de ir além da “INTUIÇÃO DISTRIBUITIVA” do governo Lula, poderia ter trazido a discussão alguma proposta do gênero. Ainda há tempo para promover debates inserindo temas são de necessária atenção e que aguarda um futuro de incertezas para o desenvolvimento estrutural de nossa nação.
Antônio Scarcela Jorge


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