A corrupção é um dos problemas bem antigos da humanidade, e ela atravessa séculos, e não é um problema contemporâneo, como muitos até imaginam. Em todas as grandes civilizações, Roma, Grécia, China, Índia, tivemos casos de corrupção, propinas e desvio de verbas públicas, que identificam que se trata de um problema antigo.
Na Bíblia, com certeza é bastante claro os 30 dinheiros que Judas Iscariotes, recebeu das autoridades romanas para revelar o esconderijo de Jesus Cristo, mas por outro lado é pouco conhecido a denúncia do profeta Ezequiel, sobre a desonestidade dos juízes que provocaram a queda de Jerusalém em 587 a.C. Ou seja, existiam casos de corrupção que são amplamente divulgados, e casos que são poucos conhecidos.
Na construção da Grande Muralha da China, de 2 metros de espessura, existe um trecho que tem apenas 70 centímetros de largura; o restante 1,30 metro foi corroído pela corrupção, por meio de desvio de verbas. Isto tudo porque na antiga China, os altos funcionários recebiam um “adicional de incorruptibilidade”, para que não fossem tentados a aceitar propinas ou desviar verbas públicas.
Na Idade Média, a Igreja Católica, era uma verdadeira máquina de corrupção, em que tudo podia ser “comprado”, até mesmo o “reino de Deus”, em longas e suaves prestações, principalmente o perdão de crimes e pecados, desde que contribuíssem com a Igreja, com algumas moedas de ouro. Já na Idade Moderna, no Renascimento, o grande ícone da corrupção era o papa Alexandre VI, que simplesmente transferiu dos cofres da Santa Sé, para a sua família, imensas fortunas, e foi o inaugurador da prática do nepotismo, cuja palavra italiana “nipote” quer dizer “sobrinho”; já que o papa, cardeais e bispos não podiam ter filhos, por causa do voto de castidade, eles nomeavam seus sobrinhos para os altos cargos.
Não podemos deixar de citar neste artigo, alguns casos clássicos de corrupção como o do presidente indonésio Suharto, que conseguiu fazer desaparecer 13 bilhões de dólares dos cofres públicos de seu país, ou do presidente filipino Ferdinand Marcos, cuja mulher, Imelda, ficou famosa por ter colecionado milhares de sapatos de alto luxo, ou mesmo do presidente zairense Sese Seko Mobutu, que vendeu os recursos naturais de seu país a empresas estrangeiras, em troca de consideráveis depósitos em suas contas bancárias.
Se na época do Brasil-Colônia, o Pe.Antônio Vieira chegou a escrever o Sermão do Bom Ladrão, imaginem o grau de corrupção em que viviam praticando pela administração portuguesa!!!rsrsrs, Menos conhecido, foi o caso do juiz, Agostinho de Azevedo Monteiro, que na Bahia, em 1659, confiscou terrenos em Salvador, por um preço que ele mesmo estabeleceu, (é o besta!!)... arrendando uma propriedade com escravos e gado e ficou seis anos sem pagar o arrendamento. Os próprios monopólios estatais propiciavam a corrupção, seja pelos preços extorsivos cobrados pelos monopólios, sem que a coroa recebesse a sua devida parte e as propinas recebidas pelos funcionários, dadas por contrabandistas que burlavam o monopólio. Na Paraíba de 1723 a 1727, os soldados ficaram sem receber o soldo, pois o dinheiro foi desviado pelos suboficiais.
A mineração de ouro e diamantes das Minas Gerais no século XVIII teve o famoso contratador João Fernandes de Oliveira, que tinha o monopólio de lavra no Distrito Diamantino e que se casou com a escrava negra Xica da Silva, que cometeu inúmeras irregularidades, que mesmo tendo de pagar 11 milhões de cruzados ao Fisco, por ordem do Marquês de Pombal, continuou milionário, e como Minas Gerais não tem mar, simplesmente mandou criar um mar artificial, para que a sua amada, pudesse viajar numa caravela...! “ pense na pose da esrava”.
Com a vinda da família real para o Brasil, D. João procurou carregar móveis, jóias, prataria, roupas luxuosas, (não sei pra que nem banho eles tomavam), obra de arte e metade do dinheiro em circulação no reino português, e ao chegar ao Brasil, procurou distribuir cargos administrativos, para nobres, desembargadores, monsenhores, empregados da casa real, médicos e pensões para um exército de pessoas que aumentaram a carga de impostos.
Na República, tivemos o Encilhamento, um verdadeiro escândalo financeiro, que aumentou intensamente a inflação, surgiram diversas empresas fantasmas, e como sempre a população era convidada a participar, com aumento de impostos, em retribuição por onde passava o presidente Campos Sales era homenageado com ovos e legumes. ( mesmo assim a corda sempre quebra do lado...)
Não poderia deixar de citar o caso Paulo Maluf, e os milhares de casos contemporâneos, cujo resultado se encontram em total esquecimento, e já que eu cheguei no contemporâneo, tenho que citar os inúmero atos de corrupção da atual administração de nova russas que vai desde desvio do dinheiro publico a perseguição do funcionário indiferente a tais atos, por isso esse artigo finaliza-se parabenizando a todos aqueles que lutam incansavelmente pela moralização. Sito em especial Pe. Mauricio e Areton e ate mesmo os que ainda acordam com os olhos fechados.
Ass. Puxa Saco.
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