quarta-feira, 15 de junho de 2016

O MODO PETISTA DE FAZER POLÍTICA

            Não poderia iniciar este texto sem deixar claro que a principal característica do PT de fazer política é com dinheiro; muito dinheiro. Mas outras formas não podem deixar de ser observadas, como a mentira e o engodo. É o que tem ficado mais evidente na Comissão Especial criada para apreciar o pedido de impeachment da Dilma.
            O que vemos na dita Comissão é a clara disposição de procrastinar o andamento dos trabalhos e a repetitiva palavra de ordem: "querem tirar uma presidenta eleita por 54 milhões de votos sem ela ter cometido qualquer crime" e que "ela apenas atrasou o pagamento de parcelas do  Plano Safra e editou quatro decretos que não foram feitos por ela, mas por equipes especializadas, do governo".
            Pois bem! Quero lembrar que segundo estabeleceu o Supremo ela só pode ser processadas pelas acusações constantes da denúncia aceita pela Câmara, ou seja, por Eduardo Cunha, quando presidente da Casa, constituída da edição de quatro decretos de suplementação orçamentária e a chamada pedalada referente ao plano safra. Desta forma, eles não aceitam qualquer citação de fatos conexos que deixaram nosso país na condição econômica insustentável que se encontra.
            Já em relação à acusação contra Eduardo Cunha eles  são totalmente favoráveis à sua cassação quando, da mesma forma, ele é acusado única e exclusivamente de mentir ao afirmar que não tinha conta no exterior. Ora! O Deputado certamente será cassado mesmo ele tendo insistido que não mentiu pelo fato das contas encontrada não estarem em seu nome.
            Sou de opinião que ele seja cassado pois sabemos que as contas são suas mesmo estando em nome de seus familiares, mas também não podemos aceitar que a Dilma seja absolvida por alegar que os recursos desembolsados pelo Banco do Brasil não sejam empréstimo e que os decretos não tiveram a participação dela na formalização de tais peças.
            Questionamentos sobre os aspectos jurídicos sempre existirão por mais obvias que sejam as caracterizações, mas advogados existem para contestá-las e neste caso não poderia ser diferente, mas devemos lembrar que o julgamento também é político. A propósito, Collor de Melo foi absolvido pela Justiça mas não do julgamento político consumado mesmo depois de sua renúncia.
            Eduardo Cunha será cassado pelo conjunto da obra ao ficar comprovado que o mesmo tinha depósitos em paraíso fiscais incompatíveis com seus rendimentos e não simplesmente por ter mentido.
            A Dilma, da mesma forma, deve ser cassada pelo conjunto da obra que levou o país à maior crise econômica de todos os tempos, sem contar com os crime que lhe são imputados por presos da Lava Jato em delações premiadas.

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