É claro que o título desta matéria é uma visão pessoal, mas pela experiência que tive enquanto profissional ligado à área não restam dúvidas. Tentarei provar isto com uma experiência pessoal que passo a narrar.
No ano de 1973 tive oportunidade de conhecer a cidade de Barreiras, na Bahia onde permaneci por mais de um ano prestando o serviço militar. Naquela época a cidade não dispunha sequer de energia elétrica.
Dez anos depois, já como funcionário de um banco público voltei a Barreiras, desta vez, para substituir um colega que entrara em gozo de férias. Tal foi minha surpresa quando encontrei uma cidade já de porte médio, inclusive com ônibus coletivo, mas o que eu não sabia que aquilo era apenas o começo de um polo de desenvolvimento agroindustrial. Para melhor entendimento é necessário contar um fato que só, como dizem, caiu a ficha, muitos anos depois.
No hotel em que eu estava hospedado fui procurado por um cidadão que dizia ser de São Paulo e estava ali com o objetivo de adquirir terras para plantar Jojoba, um planta que substitui o óleo de baleia na fabricação de cosmético e queria informação sobre o financiamento de terra pela instituição que eu trabalhava.
Confesso que acreditei piamente no que o referido senhor me contou, entretanto, depois de muitos anos descobri que o mesmo realmente queria comprar terras na região, mas não para plantar Jojoba e sim Soja.
O fato é que o senhor tinha conhecimento de pesquisa da Embrapa que havia desenvolvido um variedade de Soja cultivável no cerrado com produtividade superior à tradicional cultivada no sul do país, o que elevou drasticamente o preço daquelas terras.
Toda esta narrativa tem o propósito de chamar atenção para o que poderá vir a acontecer no Ceará por conta de mais uma pesquisa da Embrapa e da Ceplac que trouxe para nossa região a cultura do Cacau conforme vídeo abaixo que por si só diz tudo sobre o futuro desta cultura em nosso Estado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário