segunda-feira, 18 de abril de 2016

VITÓRIA DO POVO NA PRIMEIRA BATALHA DO IMPEACHMENT

               
            Quase todos os deputados se referiram ao povo nas ruas. Os oposicionistas usando como argumento o descontentamento com a atual situação econômica que levou alguns milhões deles ao desemprego, outros pela volta do dragão da inflação que corrói o salário daqueles que ainda contam com o emprego. Já os defensores da Dilma, conduzidos pelas entidades representativas dos movimentos ditos sociais, todos aboletados no governo, têm como principal argumento o fato dela ter recebido 54 milhões de votos, esquecendo que a maioria destes hoje se encontra do outro lado, legitimando os atos da oposição.
            Ontem ficou provado que alguns governistas, que antes se dirigiam às massas na tentativa de convencê-las, conforme citei em matéria anterior, (AQUI) não lograram êxito e, levados pela pressão das ruas mudaram seu discurso e seu voto. Os que resistiram usaram o patético discurso de golpe visto que ao analisar o processo que tem base na Lei 1079/50, a Suprema Corte decidiu pela sua legalidade pelo elástico placar de oito votos a dois.
            No meio de tanta mesmice alguns exorbitaram no apelo inútil falando até em nome do povo latino americano como fez o Deputado mineiro Pedro João do PT. Uma deputada observou que os oposicionistas não se referiam ao objeto do processo mas se limitavam a homenagear a família, o que, segundo ela, prova que estão fazendo um julgamento político, sem apreciar a ocorrência de crime ou não.
            A falta de argumento levou os deputados da situação a apelarem até para a grande mentira que a ainda presidente Dilma Rousseff arriscou a vida pela democracia quando todos nós sabemos que ela pegou em armas pela implantação da ditadura do proletariado (Comunismo). Como sempre, sobrou acusação aos meios de comunicação, principalmente à Rede Globo, afirmando que seria ela a responsável pela presença do povo nas ruas como aconteceu em 1992 no processo do Collor de Melo.
            Comparar o que acontece hoje com aquele tempo é no mínimo uma grande ignorância pois sabemos que à época a Globo detinha uma audiência muito superior aos dias de hoje com o surgimento de grandes emissoras concorrentes e, principalmente, da internet. Além do mais, sem querer defender a emissora, devo lembrar que seu apoio foi uma resposta ao então presidente Collor de Melo que pretendia passar a perna nela quando criou a Rede OM com sede no Paraná em sociedade com políticos importantes daquele Estado. Daí o nome do empreendimento: Organização Martinez.
            Muitos não lembram, outros tantos não sabem, mas fica patente a intenção do Collor quando a nova emissora tirou da Globo vários profissionais, entre eles Galvão Bueno que pela primeira vez deixou a emissora.

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