sábado, 9 de abril de 2016

PÚBLICO E PRIVADO

            À primeira vista parece simples a distinção entre as duas coisas, mas conceitualmente temos que contextualizar a questão visto que nem tudo que é estatal é público e vice-versa.
            Analisando com mais profundidade verificamos que a chamada universidade pública não vai além do fato de ser estatal. A  desmistificação desta ideia se dá quando constatamos que ela não atende ao fim a que foi destinada. Recurso como a criação das "cotas" não só mascara o problema como deixa à luz a intenção do governo de tirar proveito da situação sem encarar a verdadeira causa do problema. É como se tivessem tentando concertar a inclinação da Torre de Pisa, coisa que nem mesmo os italianos tentaram.
            Na minha maneira de ver a solução passa por investimentos públicos nas bases da educação para que a partir daí, de forma realmente democrática, todos possam cursar a universidade estatal podendo chamá-la de pública. Como se dá hoje apenas os que dispõem de melhores condições financeiras chegam lá porque  frequentaram escolas particulares ou, no mínimo, se prepararam em cursinhos igualmente caros.
            E, por falar em construção, alicerço minha opinião em casos concretos como o da Alemanha, a maior economia da Europa, que após sua reunificação com a queda do Muro de Berlim teve que convocar professores aposentados para voltar ao trabalho na educação dos irmãos do lado oriental face ao atraso provocado pelo regime comunista nos anos que estiveram separados pelo muro.
            Para não ficar só no exemplo alemão podemos citar dois outros países do lado oriental. O Japão, quase destruído por duas bombas atômicas nas cidades de Hiroshima e Nagasaki hoje ocupa o 3º lugar entre as maiores economias do mundo graças aos investimentos maciços feitos na educação. Já na Coreia do Sul, também vítima da luta pela hegemonia mundial entre Estados Unidos e União Soviética após o fim da 2ª Guerra Mundial que dividiu o país original em dois, hoje tem economia 18 vezes maior do que sua vizinha Coreia do Norte e lidera o setor de tecnologia da informação no mundo propiciando o surgimento de empresas gigantes no mercado mundial como a Sansung e LG.
          Dos exemplos citados tiramos a lição de que somente com investimento em educação poderemos aproveitar melhor a abundância de recursos naturais que dispomos e o emprego da mão de obra ociosa e despreparada que dispomos em virtude da implementação de medidas inspiradas numa visão "socialista/comunista" que não funcionou em nenhum lugar do mundo como ficou demonstrado acima.

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