segunda-feira, 11 de abril de 2016

NO JORNALISMO NADA SE CRIA, TUDO SE COPIA

            Entre muitos outros jornalistas tenho predileção por dois que, a meu ver, são antagônicos nas ideias e até mesmo no campo pessoal como sugere matéria da revista Veja, (AQUI)   embora Ricardo Boechat se esforce bastante para mostrar-se imparcial, enquanto Reinaldo Azevedo é assumidamente contrário às teses defendidas por aqueles que desfrutam do atual governo, o que me permite uma análise balizada na opinião dos dois que considero os maiores jornalistas do país.
             Para respaldar o título recorro a Lavoisier para expor minha opinião de que, "assim como na natureza, no jornalismo nada se cria, tudo se copia".  Sem querer justificar minha condição de amador, lembro que Ricardo Boechat sequer tem formação acadêmica conforme declara em entrevista, (AQUI) o que não tira seus méritos. 
            Feitas estas colocações passo a tecer comentário sobre o ponto de vista de Boechat expresso no dia de hoje em relação ao atual momento político e o que restará de benefício independentemente do resultado que vier a ter o impeachment da Dilma.
            A exiguidade de tempo que o rádio impõe não permite que sejam apresentados maiores dados sobre a riqueza resultante deste processo na formulação de propostas no sentido de aprimorar a nossa democracia.
             Por não ter o mesmo problema do jornalista usarei meu tempo disponível de aposentado para acrescentar ao seu comentário resultados concretos já em tramitação no Congresso Nacional. O primeiro, de iniciativa do Ministério Público Federal, que obteve mais de 2 milhões de assinaturas, superando a meta prevista de 1 milhão e meio, foi  o Projeto de Lei 4850/16 de iniciativa popular entregue ao Congresso que analisará as dez medidas contra a corrupção ali propostas.
            Mais importante ainda no tocante à participação popular é a Proposta de Emenda à Constituição - PEC Nº 8 de autoria do jovem senador pelo DF, Regulfe, com o apoio de grande parte dos senadores da oposição e da situação que acrescenta o § 3º ao Art. 61 da Constituição Federal para aplicar aos projetos de lei de iniciativa popular o célere rito de tramitação das Medidas Provisórias. A PEC está sob a relatoria de outro jovem senador Randolfe Rodrigues do partido REDE do Amapá. O autor argumenta que a assinatura de significativo número de brasileiros, conforme exigido pela lei, de conformidade com a constituição federal de 88, não pode ter peso menor do que a assinatura de um presidente da república.
            Em direção contrária a este sentimento popular expressado nestas iniciativas, pesquisa do Instituto Data Folha aponta o ex presidente Lula da Silva à frente dos demais concorrentes à presidência em 2018 seguido por Marina Silva que saiu da hibernação depois de seis meses sem se manifestar sobre os acontecimentos em torno do impeachment.
            Fica difícil entender, pelos números do próprio instituto, que a menos de um mês (AQUI) apontava rejeição recorde de Lula, agora lhe traga números tão alvissareiros mesmo com os últimos acontecimentos recomendando o posicionamento contrário do eleitor.
            Se a pesquisa está correta, só nos resta esperar como se comportará o eleitor ao tomar conhecimento da última publicação da revista Época que traz a denúncia da existência de conta secreta de Lula na Suíça no valor de aproximadamente 53 milhões de reais, enquanto seus eleitores, assim como o resto da população, enfrentam o desemprego e a inflação entre outros frutos da corrupção comandada por ele. (AQUI)

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