Antes de iniciar a narrativa deste episódio o autor deixa bem claro que não é movido por mágoa ou qualquer outro sentimento, se não pelo propósito de mostrar ao povo o quanto a nossa sociedade evoluiu para o bem de todos. Entende ainda este escriba que todos os fatos narrados nesta série são produtos de uma cultura reinante na época, razão porque não se pode atribuir culpa aos seus protagonistas.
Era final dos anos 60 e nossa personagem tinha 7 anos de idade, belos traços físicos, mas um grande defeito: era filha de mãe solteira. Aí consiste o motivo que a levou a passar pelo enorme constrangimento que passarei a narrar.
Cono era costume nos festejos em homenagem à padroeira, crianças de boa aparência e bem vestidas eram escolhidas para participar do evento conduzindo bandeiras alusivas à festa, o que tanto para a criança selecionada quanto para os familiares era motivo de orgulho. Estava nossa personagem entre as primeiras quando teve a bandeira que conduzia tomada e, consequentemente, foi retirada do grupo. A decepção foi tanta que a menina saiu chorando em direção à sua casa que não distava muito do local.
Com certeza a menina não entendeu, à época, por que aquilo tinha lhe acontecido, mas a forma grosseira como aquela senhora lhe retirou das mãos aquilo que para ela era motivo de orgulho, ela até hoje não esqueceu.
Fatos como este são lamentáveis, porém demonstram o quanto já evoluímos em termos de superação de preconceitos e discriminações, todavia, para termos um mundo mais igualitário precisamos avançar ainda muito. Porém, como toda luta contra costumes impregnados em uma sociedade dita organizada, ocorre com inúmeras batalhas e muitas derrotas ( veja exemplos como os tribunais de inquisição na idade Média, o fim da escravidão, etc.), onde milhares, talvez milhões de vidas foram sacrificada até que estas “maneiras de pensar” fossem modificados. "E o que é a vida, senão uma luta constante pela evolução e pelo aperfeiçoamento pessoal e de toda a humanidade?"
ResponderExcluir