Publicado: 19 de julho de 2012 às
12:15 | Autor: Eliomar de Lima | Categoria(s): Ceará,Ministério Público, Política | Sem Comentários
“Uma operação conjunta do Ministério
Público Estadual, Promotoria de Justiça da Comarca de Monsenhor Tabosa e
Polícia Civil do Estado, apoiadas pela Procuradoria dos Crimes Contra a
Administração Pública (Procap) e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao
Crime Organizado (Gaeco), deflagrou, nesta manhã de quinta-feira. A ação teve
como objeto o cumprimento de 18 mandados de prisão temporária e 21 mandados de
busca apreensão.
Os mandados foram cumpridos na sede
da Prefeitura Municipal de Monsenhor Tabosa, residências de servidores
públicos, advogado, empresas e seus sócios, conforme decisão do juiz de Direito
daquela comarca, Neuter Marques Dantas Neto. A ordem judicial atendeu aos
pedidos do representante do Ministério Público daquela cidade, promotor de
Justiça Fábio Manzano.
Na avaliação dos membros do
Ministério Público, a operação conseguiu desarticular mais um grupo organizado
que atuava no município, fraudando processos licitatórios e desviando recursos
públicos. Conforme os indícios levantados pela Promotoria de Justiça, as
empresas Cometa Construções e Locações de Veículos Ltda, CSV Construtora Ltda e
Eletrovil Projetos e Construções Ltda, alvos da operação conjunta, agiam em
conluio com a Comissão de Licitação. Assim, conseguiam firmar contratos para
locação de veículos e construção de obras públicas, sendo que parte dos
recursos era, posteriormente, desviada para a conta corrente de servidores
públicos municipais.
Segundo o portal da transparência do
Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), as empresas investigadas firmaram
contratos no valor total R$ 4,2 milhões com o município de Monsenhor Tabosa.
Além disso, também foram encontrados registros de que, entre os anos de 2009 e
2012, estas empresas celebraram contratos que ultrapassam a soma de R$ 36,7
milhões com outros municípios do estado.
O titular da Promotoria de Justiça de
Monsenhor Tabosa pretende agora ouvir os implicados e acelerar a análise da
documentação apreendida com vista a ingressar com as ações competentes perante
o Poder Judiciário local. Ele encaminhará parte da documentação que se referir
a outros municípios aos respectivos promotores de Justiça para que investiguem
a atuação das empresas em cada Prefeitura.”
(MP-CE)
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