quinta-feira, 21 de junho de 2012

BNB PODERÁ TER TÉCNICO DA INSTITUIÇÃO COMO NOVO PRESIDENTE

FÁBIO CAMPOS 21/06/2012
Os valores que faltam
É aconselhável buscar personagens que carregam em sua trajetória uma carga de compromisso com o Nordeste

O poço tem fundo. O risco de se chegar lá é enlamear a instituição de uma forma que a inviabilize. É o caso do Banco do Nordeste. Um freio na descida para o fundo passa por um choque de credibilidade.

Nessas horas, é aconselhável buscar personagens que carregam em sua trajetória uma carga de compromisso com o desenvolvimento do Nordeste, com o Banco e, é claro, com a ética. Em suma, cidadãos que as pessoas respeitem e que emprestem tal característica ao banco.

Na semana passada, escrevi: “Lembram-se da Sudene? FHC se aproveitou de denúncias de corrupção envolvendo o órgão para, numa canetada, apagá-la do mapa. Bastou uma ignóbil Medida Provisória para extinguir a instituição que ainda representava alguma ideia de desenvolvimento regional. Que o sessentão BNB arregale os olhos e se cuide. A presidente Dilma Rousseff nunca morreu de amores pelo banco. Coisa que jamais escondeu. Pelo contrário. Portanto, olho vivo. É o caso de permanecermos vigilantes”.

Lembro-me dos estertores do Governo Collor. No fundo do poço, o moribundo presidente montou o “ministério dos notáveis” para tentar escapar da degola. Nomes como Hélio Jaguaribe, José Goldemberg, Marcílio Marques Moreira, Célio Borja e Pratini de Moraes aceitaram ocupar funções de relevo na República.

Não deu certo para Collor, mas foi muito bom para o País. A equipe foi fundamental para manter a normalidade democrática na grave crise política. O presidente caiu, mas o País não foi tragado. Pelo contrário. Saímos institucionalmente mais fortes.

No caso do BNB, olha-se para o horizonte. São poucos os nomes que se enquadram no perfil de “notáveis”. Lá por perto, consultor da presidência da instituição, está o economista Cláudio Ferreira Lima. Nomes respeitados como o dele (certamente há outros) precisam ser recrutados para agregar o valor que, pelo visto, mais falta por lá nos dias de hoje.

O ANFITRIÃO
Na semana política, uma foto histórica: a confraternização Lula-Maluf. A imagem diz muito. É simbólica da persistência de nosso atraso. A nossa política anda, anda e anda para voltar sempre ao mesmo ponto.

A foto foi nos jardins da residência de Maluf. Lula, ainda convalescente, foi lá. O anfitrião era um velho político filhote da ditadura, apontado como sinônimo de ladroagem e, principalmente, componente da lista de procurados da Interpol.

Ou seja, se Paulo Maluf colocar os pés fora do Brasil, irá em cana. O homem compõe a chamada “difusão vermelha” da Interpol a pedido da Promotoria de Nova York, após investigação conjunta de promotores brasileiros e americanos. Em 2007, a Justiça norte-americana determinou a prisão de Maluf pelos crimes de conspiração, auxílio na remessa de dinheiro ilegal para Nova York e roubo de dinheiro público em São Paulo.

Lula precisava ir aos jardins de Maluf? Claro que não. A coisa está assim. Tudo ficou banal. Não há senso de medida. Tudo pelo poder. Qualquer coisa pela Prefeitura de São Paulo. Vergonha na cara virou coisa para bobos e inocentes.

Tão engraçado quanto doloroso é assistir um amontoado de militantes, todos com seus devidos empregos públicos ou contratos idem, a apregoar que não há nada demais.


CodigoFonte.com.br

Um comentário:

  1. Não houve "reformulação da diretoria", e sim RODÍZIO DE CORRPUTOS... "os mesmos" continuam lá...
    É o mesmo que dar "melhoral" a um doente terminal!...de que adianta???
    Quando é que o BNB vai nomear DIRETORES pelo critério técnico? ...e não simples fantoches de políticos..."diretores" analfabetos, de curriculum arrumados..despreparados...que vão continuar fazendo ROMBOS.. um BANDO DO NORDESTE!!!!!!!!!!!!

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