NOBRES:
Poderíamos nos entristecer por
reiteradas vezes em relação às ações do cotidiano político de nossa nação. Como
faz pauta em sentido permanente e diversificado – a “SURPRESA” - foi mais
um “pedido de vista” por um dos ministros do STF considerando uma exceção
incomum em termos de definição da Lei da Ficha Limpa, constituindo uma retórica
para o temor que tem diante da sociedade.
Essa Lei ao que nos faz transparecer
se arrastará indefinidamente a não ser hipoteticamente quando seja renovada por
inteiro a mais alta Corte constitucional do país. Talvez sejam as razões da
indecisão costumeira dos nossos poderes constituídos ponderarem excessivamente
para decidir as ações de ministros corruptos encastelados na base de poder hoje
comandada pela Senhora Presidente Dilma Rousseff que por uma herança “maldita” teve
que referendar quase todos os ministros do governo anterior, comprometidos por uma
rede de “entendimento” altamente comprometedora para os destinos da sociedade
ética do país. Diante da ação da mídia,
elevou o conhecimento da sociedade que envergonhou a nação, por consequência a
presidente Dilma Rousseff não demorou a agir diante dessas evidências e tratou
de se desfazer de quatro ministros – sem incluir Palocci, caso de autoimolação.
Foi assim que Alfredo Nascimento (PR), Pedro Novais (PMDB), Wagner Rossi
(PMDB), e Orlando Silva (PCdoB) saíram das pastas de Transportes, Turismo,
Agricultura e Esporte, numa reforma ministerial antecipado. Surgiu, de forma
quase instantânea, a imagem da “faxineira ética”. A presidente começou a
crescer em popularidade nas classes médias no sul e sudeste, trincheira da
oposição, já que o norte/nordeste tanto faz, “de bem ou mau” para se afirmar
tamanha popularidade dos presidentes, por pura ignorância cultural da maioria
em situação de pobreza nessas regiões. Querem o exemplo de popularidade? – os
presidentes Médici, (contraditoriamente imperou no maior período negro na
história política do país, talvez por delegar os seus méritos por conquistar o
TRI-CAMPEÃO da Copa do Mundo). – não é engraçado este país? – Retomando a
vassourada da presidente Dilma veio logo à faceta de intolerância com a
corrupção chegou à imprensa estrangeira. Mas surgiu Carlos Lupi (PDT), ministro
do Trabalho, para colocar sob suspeição as convicções presidenciais. Não
bastasse a demora em afastar um ministro que mentira a ela e ao Congresso, no
caso da utilização indevida de um avião de empresário com interesses no
ministério, e ainda ser ele alvo de várias denuncias consistentes sob
investigação de órgãos públicos, a presidente decidiu manter Lupi e
desconsiderar a indicação da Comissão de Ética Pública da Presidência para
demissão dele. Dilma antes de embarcar para Venezuela pediu mais informações à
comissão. Porém, o mal a imagem do governo já estava feito. Mesmo que, ao
voltar de Caracas, a presidente afaste Lupi, ficará registrado o momento em que
Dilma aceitou manter um ministro em decomposição e desautorizar a Comissão de
Ética. Deu razão ao comentário de Paulo Pereira da Silva (PDT), da força
sindical uma instituição formada em sua maioria, por “pelegos” e desculpados, que
vivem à custa das contribuições sindicais – como não podia deixar de ser -,
muito próximos de Lupi na administração clientelista do ministério, se
expressou: - “Não sei para que existe esta Comissão de ética.” Apesar, faz
sentido. Se tudo continuar da mesma maneira, será segunda vitória de Lupi sobre
a comissão, que, ao julgar pela primeira reação de Dilma, deveria ser extinta.
Ao assumir em 2007, Lupi quis acumular o cargo com a presidência do PDT, contrário
ao estatuto do partido. Para a comissão, postos logicamente inconciliáveis.
Conclusão indiscutível. Lupi resistiu. Lula se omitiu e, assim, apoiou o
aliado. Só muito depois o ministro saiu da presidência do partido, mas apenas
proforma, pois continuou a dirigi-lo do gabinete ministerial, coisa muito comum
aos políticos formais de mando nos pequenos municípios brasileiros. Depois,
começaram a surgir histórias de ONGs usadas para transferir dinheiro público
para filiados do PDT, o mesmo modelo de falcatrua adotado nos ministérios dos
Transportes e do Esporte, sob o comando sob o PR e o PCdoB, antes da
intervenção de Dilma. Investigação da Controladoria Geral da União (CGU)
identificou ratificas de mais de vinte ONGs beneficiadas por Lupi. A comissão
se reuniu chegando recomendar a exoneração do ministro. Casos desabonadores em
torno de Lupi vão além. Há de acusações de cobrança de propina por funcionários
do ministério para interessados em fundar sindicatos – negocio promissor na
banda podre da vida sindical – (em termos setoriais os pequenos municípios
resolveram criar dois ou mais sindicatos da mesma categoria, com triplicidade
de “associados inscritos) logo as instituições fiscalizadoras do Estado
brasileiro terão que colher mais elementos comprobatórios fáceis de constatar.
Essas ações são práticas naturais de interesses corporativistas na ansiedade de
ser tornar PODER. Por este lado a presidente Dilma pode achar demasiada a
sucessão de afastamento de ministros, preocupada com a base parlamentar. Se for
isso parou a “faxina” na pessoa errada. O ônus superará o bônus. Pode, ainda,
ter sido convencida que a “mídia” quer induzi-la demissões. Engano. A não ser que tudo o que
tem sido publicado seja uma farsa. A imprensa concentrada na grande mídia nacional
jamais distorceu fatos que elevasse a parcialidade dessas denuncias. É
literalmente o “quarto poder informal da república” e o único essencialmente
imparcial para detalhar as trapalhadas corruptas que por aqueles deveriam se
resguardar desses preceitos perante a sociedade que escolheu como
representantes.
Antônio Scarcela Jorge
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