sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

TRAPALHADAS DIANTE DA SOCIEDADE - Jornalista Scarcela Jorge


NOBRES:
Poderíamos nos entristecer por reiteradas vezes em relação às ações do cotidiano político de nossa nação. Como faz pauta em sentido permanente e diversificado – a “SURPRESA” - foi mais um “pedido de vista” por um dos ministros do STF considerando uma exceção incomum em termos de definição da Lei da Ficha Limpa, constituindo uma retórica para o temor que tem diante da sociedade. 

Essa Lei ao que nos faz transparecer se arrastará indefinidamente a não ser hipoteticamente quando seja renovada por inteiro a mais alta Corte constitucional do país. Talvez sejam as razões da indecisão costumeira dos nossos poderes constituídos ponderarem excessivamente para decidir as ações de ministros corruptos encastelados na base de poder hoje comandada pela Senhora Presidente Dilma Rousseff que por uma herança “maldita” teve que referendar quase todos os ministros do governo anterior, comprometidos por uma rede de “entendimento” altamente comprometedora para os destinos da sociedade ética do país.  Diante da ação da mídia, elevou o conhecimento da sociedade que envergonhou a nação, por consequência a presidente Dilma Rousseff não demorou a agir diante dessas evidências e tratou de se desfazer de quatro ministros – sem incluir Palocci, caso de autoimolação. Foi assim que Alfredo Nascimento (PR), Pedro Novais (PMDB), Wagner Rossi (PMDB), e Orlando Silva (PCdoB) saíram das pastas de Transportes, Turismo, Agricultura e Esporte, numa reforma ministerial antecipado. Surgiu, de forma quase instantânea, a imagem da “faxineira ética”. A presidente começou a crescer em popularidade nas classes médias no sul e sudeste, trincheira da oposição, já que o norte/nordeste tanto faz, “de bem ou mau” para se afirmar tamanha popularidade dos presidentes, por pura ignorância cultural da maioria em situação de pobreza nessas regiões. Querem o exemplo de popularidade? – os presidentes Médici, (contraditoriamente imperou no maior período negro na história política do país, talvez por delegar os seus méritos por conquistar o TRI-CAMPEÃO da Copa do Mundo). – não é engraçado este país? – Retomando a vassourada da presidente Dilma veio logo à faceta de intolerância com a corrupção chegou à imprensa estrangeira. Mas surgiu Carlos Lupi (PDT), ministro do Trabalho, para colocar sob suspeição as convicções presidenciais. Não bastasse a demora em afastar um ministro que mentira a ela e ao Congresso, no caso da utilização indevida de um avião de empresário com interesses no ministério, e ainda ser ele alvo de várias denuncias consistentes sob investigação de órgãos públicos, a presidente decidiu manter Lupi e desconsiderar a indicação da Comissão de Ética Pública da Presidência para demissão dele. Dilma antes de embarcar para Venezuela pediu mais informações à comissão. Porém, o mal a imagem do governo já estava feito. Mesmo que, ao voltar de Caracas, a presidente afaste Lupi, ficará registrado o momento em que Dilma aceitou manter um ministro em decomposição e desautorizar a Comissão de Ética. Deu razão ao comentário de Paulo Pereira da Silva (PDT), da força sindical uma instituição formada em sua maioria, por “pelegos” e desculpados, que vivem à custa das contribuições sindicais – como não podia deixar de ser -, muito próximos de Lupi na administração clientelista do ministério, se expressou: - “Não sei para que existe esta Comissão de ética.” Apesar, faz sentido. Se tudo continuar da mesma maneira, será segunda vitória de Lupi sobre a comissão, que, ao julgar pela primeira reação de Dilma, deveria ser extinta. Ao assumir em 2007, Lupi quis acumular o cargo com a presidência do PDT, contrário ao estatuto do partido. Para a comissão, postos logicamente inconciliáveis. Conclusão indiscutível. Lupi resistiu. Lula se omitiu e, assim, apoiou o aliado. Só muito depois o ministro saiu da presidência do partido, mas apenas proforma, pois continuou a dirigi-lo do gabinete ministerial, coisa muito comum aos políticos formais de mando nos pequenos municípios brasileiros. Depois, começaram a surgir histórias de ONGs usadas para transferir dinheiro público para filiados do PDT, o mesmo modelo de falcatrua adotado nos ministérios dos Transportes e do Esporte, sob o comando sob o PR e o PCdoB, antes da intervenção de Dilma. Investigação da Controladoria Geral da União (CGU) identificou ratificas de mais de vinte ONGs beneficiadas por Lupi. A comissão se reuniu chegando recomendar a exoneração do ministro. Casos desabonadores em torno de Lupi vão além. Há de acusações de cobrança de propina por funcionários do ministério para interessados em fundar sindicatos – negocio promissor na banda podre da vida sindical – (em termos setoriais os pequenos municípios resolveram criar dois ou mais sindicatos da mesma categoria, com triplicidade de “associados inscritos) logo as instituições fiscalizadoras do Estado brasileiro terão que colher mais elementos comprobatórios fáceis de constatar. Essas ações são práticas naturais de interesses corporativistas na ansiedade de ser tornar PODER. Por este lado a presidente Dilma pode achar demasiada a sucessão de afastamento de ministros, preocupada com a base parlamentar. Se for isso parou a “faxina” na pessoa errada. O ônus superará o bônus. Pode, ainda, ter sido convencida que a “mídia” quer induzi-la  demissões. Engano. A não ser que tudo o que tem sido publicado seja uma farsa. A imprensa concentrada na grande mídia nacional jamais distorceu fatos que elevasse a parcialidade dessas denuncias. É literalmente o “quarto poder informal da república” e o único essencialmente imparcial para detalhar as trapalhadas corruptas que por aqueles deveriam se resguardar desses preceitos perante a sociedade que escolheu como representantes.
Antônio Scarcela Jorge

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