sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

SELECIONADAS DO ESTÊNIO


Revista , Ano 5 - N° 238 - 4 de Dezembro de 2011
JOSÉ PASSINI
passinijose@yahoo.com.br
Juiz de Fora, Minas Gerais (Brasil)
 

José Passini
Kardec e sua visão do futuro

Ao fazermos uma análise da personalidade de Kardec, buscando conhecer-lhe a cultura, aliada à 

profunda identificação com o Evangelho, não devemos ter por objetivo apenas homenagear-lhe a memória. Devemos vê-lo como alguém que veio para cumprir uma promessa de Jesus. Devemos avaliar-lhe a estatura espiritual, não apenas para nosso encantamento, mas a fim de nos conscientizarmos da nossa condição de beneficiários da sua obra, desse acervo imenso de esclarecimentos que marcaram efetivamente uma nova etapa na evolução humana.

É necessário pensarmos em Kardec na sua época, a fim de avaliar-lhe o avanço no tempo em relação ao pensamento predominante de então. Precisaríamos, todos nós, ter a possibilidade de nos transportar, de caminhar para o passado, a fim de sentirmos a época, com seus costumes e, principalmente, com suas limitações. Só assim poderíamos observar com justeza o avanço do pensamento de Kardec em relação aos seus contemporâneos, e até de muitos dos atuais pensadores das searas religiosas, políticas e sociais.

A Igreja, recém-saída da Inquisição – em Portugal terminou, por decreto da Regência, em 1821 –, ainda impunha terrivelmente o seu poder. Nos países, ditos católicos, não havia separação entre o Estado e a Igreja. Para se ter ideia desse poder, é só lembrarmos que em 9 de outubro de 1861, na Espanha, foram queimadas, em praça pública, 300 obras espíritas, legalmente importadas da França, no assim chamado o Auto-de-fé de Barcelona.
Em 1864, a encíclica Quanta Cura condenou a tolerância religiosa. E esse empenho em manter o poder não se restringiu ao século XIX, pois em 1906 duas encíclicas do Papa Pio X, Vehementes nos e Gravissimi Officii, condenaram a separação entre Estado e Igreja.

Na Espanha, em 1931, houve a laicização do poder civil, com a limitação dos poderes da Igreja. Infelizmente, em 1953, durante a ditadura de Franco, mediante concordata com a Santa Sé, voltou o Catolicismo a ser declarado religião única da nação espanhola. Em Portugal, durante a ditadura de Salazar, em pleno século XX, foi fechada a Federação Espírita Portuguesa, e todos os seus bens foram confiscados. Na França, o clima era um tanto diferente, mas não muito. Tenham-se em vista as perseguições e os ataques sofridos por Kardec. 

O descompasso entre a religião e a ciência tornava-se cada vez mais agudo 

Entretanto, apesar da forte pressão dominadora exercida pela Igreja, no sentido de ser mantida a sua versão do Cristianismo, durante o século XIX, em algumas partes da Europa ocorria uma libertação quase rebelde de muitos intelectuais, em relação às pregações religiosas, que já não mais conseguiam convencê-los. O descompasso entre a religião e a ciência se tornava cada vez mais agudo, ensejando um desencanto que levou muitos Espíritos lúcidos à tomada de posições eminentemente materialistas, criando o ambiente para o surgimento do Positivismo, doutrina que visa à superação dos estados teológico e metafísico, negando tudo o que não fosse fisicamente mensurável, e preparando o terreno para o materialismo do século XX. 

No campo social, a mensagem religiosa servia apenas para coonestar o egoísmo vivenciado pelos poderosos, sem que houvesse a mínima ação no sentido de amenizar a desumana e angustiosa situação das classes trabalhadoras, notadamente dos operários. É dessa época a famosa frase atribuída a Karl Marx: “A religião é o ópio do povo.” E realmente o era, pois constatava-se facilmente a imensa distância que havia entre a mensagem simples, fraterna, amorosa e atuante de Jesus, e aquilo que era oferecido como Cristianismo pela Igreja, totalmente comprometida com o poder temporal.

Kardec não se curva à Igreja, mas não adere ao materialismo seco e destrutivo, como tantos pensadores do seu tempo. Sua visão de missionário permite-lhe discordar daquilo que a Igreja oferecia como verdade e possibilita-lhe uma proposta religiosa a ser experienciada principalmente fora dos templos. Uma religião a ser vivida em clima de liberdade, tanto na área do sentimento, quanto da razão, conforme os ensinamentos e exemplos de Jesus.
Diante da atuação de Kardec, seria difícil enquadrá-lo nas áreas do conhecimento humano. Revela-se como teólogo ao dialogar com os Espíritos Superiores a respeito de Deus, demonstrando independência e superioridade de pensamento em relação aos seus contemporâneos, quando formula a pergunta: “Que é Deus?” 1 Isso dito numa época em que grandes pensadores estavam ainda atrelados à ideia de um Deus antropomórfico, portador de limitações humanas, quanto à forma e aos atributos.  

A reencarnação, rejeitada até então, mereceu-lhe análise clara e irretorquível 

O Codificador demonstra que sua visão de Deus é cósmica, e está em perfeita consonância com os avanços da Astronomia, que, caminhando à frente das religiões, já demonstrara àqueles “que têm olhos de ver” que o Universo conhecido era maior do que o Deus ensinado por elas.

Entretanto, sua concepção científica da grandeza cósmica de Deus não o impediu de resgatar a figura do Pai justo, providente, amoroso e infinitamente misericordioso, conforme os ensinamentos de Jesus, contrapondo-se frontalmente à criação nefasta dos teólogos: o Inferno de penas eternas, dentro do contexto cristão. Nesse campo, revela o Codificador a sua condição também de educador e de penólogo, ao examinar com impecável lucidez temas como Céu, Purgatório e Inferno, principalmente na obra “O Céu e o Inferno”. Entretanto, se abriu as portas do Inferno, demonstrou que as do Céu não se descerram à custa de ofícios religiosos encomendados, de legados post mortem, mas através do esforço individual, intransferível e consciente de cada Espírito, conforme sentenciou Jesus: “... Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz e siga-me.” 2

A reencarnação, rejeitada e ridicularizada àquela época, mereceu-lhe análise clara, profunda e irretorquível, em tese que o futuro, que vivemos hoje, tem consagrado como vitoriosa, de vez que até o presente não existe nenhum trabalho sério que a conteste. Pelo contrário, com o passar do tempo avolumam-se os trabalhos acadêmicos que a comprovam. 

Demonstra com clareza a imortalidade da alma, não apenas como artigo de fé, estribada em dogmas, mas no campo da experimentação científica, através do resgate do exercício da mediunidade, prática que seria objeto de estudos levados a efeito na área acadêmica, primeiramente sob o nome de Metapsíquica e, bem mais tarde, de Parapsicologia.
Revelou-se sociólogo eminentemente cristão ao dialogar com os Espíritos sobre questões sociais, pondo em evidência temas que outras religiões só décadas mais tarde viriam discutir.

O trabalho, ensinado no meio religioso como castigo, é mostrado como oportunidade enobrecedora de colaboração na obra de Deus. Pela primeira vez o relacionamento entre capital e trabalho é tratado no meio religioso, com sérias advertências àqueles que, abusando do poder de mando, impõem excessivo trabalho a seus inferiores, pois era comum na Europa as jornadas de trabalho excederem a doze horas. 

Kardec inseriu conceitos de moral religiosa num campo eminentemente social 

Pela primeira vez, na história do Cristianismo, alguém cria ambiente para que Espíritos Superiores advirtam o homem, em nome de Deus, a respeito da responsabilidade no emprego do poder: “Todo aquele que tem o poder de mandar é responsável pelo excesso de trabalho que imponha a seus inferiores, porquanto, assim fazendo, transgride a lei de Deus.” 3 Enquanto todas as vozes religiosas se calavam, Kardec inquire os Espíritos a respeito do direito do trabalhador de repousar depois de ter dado o vigor de sua juventude em trabalho: “Mas o que há de fazer o velho que precisa trabalhar para viver e não pode?” 4 A resposta lapidar, que deveria servir de epígrafe e inspiração para muitos discursos sociológicos e religiosos: “O forte deve trabalhar para o fraco. Não tendo este família, a sociedade deve fazer as vezes desta. É a lei de caridade.” 4
Só 31 anos depois da edição definitiva de “O Livro dos Espíritos”, a encíclica Rerum Novarum, em l891, revela algum despertamento do meio católico para o tema.

Relativamente à escravidão, existente ainda no Brasil, nos Estados Unidos e em Cuba, os poderes religiosos também se mantinham calados até então, impedidos de erguer a bandeira abolicionista por estarem comprometidos com aqueles que se beneficiavam com o trabalho escravo. Contra esse ignominioso domínio de um ser humano sobre outro, manifestaram-se os Espíritos, falando em nome de Deus, graças às perguntas de Kardec, que, com isso, inseriram conceitos de moral religiosa num campo eminentemente social.

Nove anos antes da publicação da obra “Sujeição das Mulheres”, de Stuart Mill, que é tida como uma das molas propulsoras do movimento feminista, Kardec publica o diálogo que manteve com os Espíritos Superiores e comentários seus, analisando a igualdade dos direitos do homem e da mulher, enquanto as demais correntes cristãs mantinham, e ainda mantêm em seu próprio seio, posições altamente discriminatórias, em que a mulher continua como subalterna, malgrado os exemplos dignificantes de Jesus.

Ao perguntar aos Espíritos: “Será contrário à lei da Natureza o casamento, isto é, a união permanente de dois seres?” 5, o Codificador demonstra conceituar o casamento como ato eminentemente moral, mútuo compromisso assumido no âmbito da consciência de um homem e de uma mulher, acima de toda e qualquer bênção sacerdotal ou da assinatura de um documento civil.  

“A abolição do casamento seria, pois, regredir à infância da Humanidade” 

Evidenciada por Kardec há mais de um século, essa a visão que se tem hoje, quando cada vez mais prospera o entendimento de que ninguém casa ninguém; as criaturas se casam, e só elas são responsáveis pela manutenção do vínculo livremente estabelecido. É digna de nota a posição do Codificador, pois se de um lado esclarece, libertando a criatura dos grilhões criados por uma bênção sacerdotal – pretensamente dada em nome de Deus –, por outro, chama-lhe a atenção para os compromissos assumidos perante o altar de sua própria consciência. O valor que Kardec atribui ao casamento está perfeitamente explicitado no comentário feito ao tratar do assunto: “A abolição do casamento seria, pois, regredir à infância da Humanidade e colocaria o homem abaixo mesmo de certos animais que lhe dão o exemplo de uniões constantes.” 6

Numa época em que as religiões não discutiam o papel da família, por julgá-la estabelecida em função de sacramento ministrado em nome de Deus – embora, em alguns casos, até mesmo contra a vontade de quem o recebia –, Kardec, antevendo atitudes e questionamentos futuros, analisa e discute com os Espíritos Superiores o papel do instituto familiar. Obteve respostas esclarecedoras dos Espíritos, situando a família como núcleo insubstituível da educação humana, núcleo formado não em função de uma evolução social, mas decorrente de desígnio divino. Por isso, o Espiritismo já tinha resposta antecipada às duras contestações que viriam décadas mais tarde, quando regimes totalitários pretenderam instituir um modelo de educação da criança pelo Estado e, mais tarde ainda, através das propostas de “vida livre” levadas a efeito pelos hippies e aqueles que lhes partilharam as ideias. 

Ao assumir veemente combate contra a pena de morte – enquanto setores religiosos se mantinham silenciosos ou mesmo coniventes –, Kardec tira o “não matarás” de dentro dos templos, levando-o à discussão penal e social, antecipando-se, em décadas, a campanhas que surgiriam bem mais tarde.

O imenso abismo cavado entre a Ciência e a Religião pelos estudos de Copérnico e Galileu alargou-se ainda mais com a publicação da obra “Da Origem das Espécies”, de Charles Darwin. Coube a Kardec o papel histórico de construir uma ponte luminosa, ligando Ciência e Religião.  

O pensamento de Kardec é uma antevisão terrena dos caminhos da Humanidade 

Contestando o Criacionismo, põe em evidência a evolução do Espírito, que caminha pari passu com a evolução física demonstrada por Darwin, ao tempo em que resgata diante da consciência humana um dos atributos básicos de um Ser Perfeito: a Justiça. Tudo promana de uma mesma fonte, todos partimos de um mesmo ponto, dotados da mesma potencialidade evolutiva, conforme ensinaram os Espíritos: “É assim que tudo serve, tudo se encadeia na Natureza, desde o átomo primitivo ao arcanjo, que também começou por ser átomo.” 7 Por conhecer essa luz divina imanente em toda a criação, é que Jesus lançou o desafio evolutivo: “Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens (...)”.8

Não se pretendeu aqui fazer uma análise exaustiva da obra de Kardec, nem da sua capacidade como filósofo, educador, sociólogo ou teólogo. Buscou-se enfocar apenas o avanço do seu pensamento, em relação aos seus contemporâneos. Kardec transcende sua época, enxergando além dos interesses, da cultura, do meio social e religioso em que convive.

Se o Prof. Hippolyte Léon Denizard Rivail tivesse publicado suas obras sem revelar os diálogos com os Espíritos e o seu aspecto religioso, por certo a França o teria incluído entre seus filósofos, conforme já o fizera entre seus grandes educadores.

No decorrer deste milênio, quando o ranço religioso e o academicismo enfatuado se fizerem menos presentes, e quando não mais estiverem tão distanciados das verdades do Evangelho puro, Kardec certamente será estudado nas universidades, será “descoberto” como um gênio do século XIX, maravilhando Espíritos que já terão reencarnado para o estabelecimento de diretrizes educativas dos tempos novos. Nessa ocasião, terão dificuldade em situá-lo numa área do saber humano, em face do domínio revelado por ele no campo da sociologia, do direito, da educação, da filosofia e, principalmente, da teologia.

A marca inquestionável da sua condição de grande missionário é o fato de o seu pensamento não estar preso ao lugar e à época. Seu pensamento vigoroso projeta-se no futuro, numa antevisão terrena dos caminhos da Humanidade. Espiritualmente falando, não é antevisão, é simplesmente a recordação dos temas humanos que mereceram seu estudo, sua análise minuciosa, no Espaço, antes de se reencarnar. Guardadas as devidas proporções, é o mesmo fenômeno que se deu com Jesus que, transcendendo os conhecimentos, os interesses, as aspirações – a própria cultura da época –, fez abordagens de assuntos incomuns e deixou ensinamentos e diretrizes evolutivas para os séculos porvindouros.  


Referências: 
O Livro dos Espíritos:
1 - item 1
3 - item 684
4 - item 685 a
5 - item 695
6 - 696 (comentário)
7 - item 540. 
Novo Testamento:
2 - Mt, 16:24
8 - Mt, 5:16.





UE decide acabar com ajuda financeira ao Brasil
Quinta-feira 8, dezembro 2011
A Europa revê sua política externa e decide acabar com projetos sociais, de educação e meio ambiente no Brasil. A partir de 2014, o País não receberá mais fundos de ajuda ao desenvolvimento do bloco europeu. Se parte da explicação é o problema da dívida da UE, o que Bruxelas quer de fato é mandar um forte recado: já não considera o Brasil um país pobree quer uma mudança radical na relação.
A decisão foi tomada com base em um princípio simples: o País que afirma ser a sexta maior economia do mundo em 2012 e já concorre com os europeus em vários setores não tem por que continuar a receber ajuda e deve assumir suas responsabilidades. Para representantes de Ongs, a decisão da UE é “equivocada”.
No total, 19 emergentes, como China e Índia, serão excluídos dos programas de desenvolvimento do bloco europeu. A meta é utilizar os recursos para ajudar apenas países mais pobres, como Haiti, Libéria ou Laos.
No caso do Brasil, a UE destinou entre 2007 e 2013 61 milhões para projetos de cooperação. Há quatro anos, quando o dinheiro foi autorizado, Bruxelas considerava que as desigualdades no Brasil ainda justificavam as medidas. Em um documento de 2007 para justificar os gastos no Brasil, o bloco ainda dizia que os desafios enfrentados pelo País eram significantes, inclusive na proteção ambiental.
Naquele ano, Bruxelas concordou em destinar 42 milhões a projetos de aproximação com o Brasil. Desse total, 30 milhões seriam destinados a bolsas para o intercâmbio de estudantes brasileiros na UE. Mas essa ajuda secará depois de 2014. Para a proteção ambiental, a UE destina até 2013 18 milhões. Mas, com a posição da chanceler Angela Merkel de que o Brasil deve limitar suas emissões de CO2 da mesma forma que os países ricos, a ajuda já não faria sentido.
Simbolismo. Parte do problema é de caixa, já que o bloco enfrenta pressões para equilibrar seu orçamento. Mas a motivação política é o que explica a decisão. Para o comissário de Desenvolvimento da UE, Andris Piebalgs, a mudança no destino dos fundos revela uma vontade de “mudar nossas relações com os grandes países emergentes”.
A decisão foi tomada no âmbito da revisão da política externa da UE, que considera que as potências emergentes já rivalizam com a Europa no cenário global.
A UE é um dos maior doadores do mundo, com 11 bilhões por ano. O volume não deve cair, mas o dinheiro para os Brics vai secar. Os sul-africanos recebiam 980 milhões da UE e, partir de 2014, estarão fora das prioridades. O mesmo ocorrerá com os 470 milhões para a Índia e os 170 milhões para China.
No caso do Brasil, o volume não é considerado significativo. Mas diplomatas apontam que o fim da ajuda tem um simbolismo importante.Se o Brasil quer ser tratado como um país grande, isso significa que o governo deve assumir suas responsabilidades, internas e externas.
A decisão anunciada ontem foi duramente criticada por agências de cooperação, que acusam a UE de fazer política com a ajuda ao desenvolvimento. “A UE precisa garantir que a ajuda está sendo dada à população mais pobre”, disse Sarah Kristine Johansen, da Concord, entidade que representa 1,6 mil Ongs. Segundo ela, usar dados macroeconômicos não mostra a realidade da pobreza em alguns países.
Estadao
Por Helena




COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO

A Colunas nos Jornais
09/12/2011 | 00:00

Livro aponta corrupção e
espionagem tucanas

O livro A Privataria Tucana, do jornalista Amaury Ribeiro Jr., fartamente documentado, está à venda a partir desta sexta-feira em todo o País revelando fortunas tucanas em paraísos fiscais, após as privatizações do governo FHC, e a rede de espionagem montada pelo ex-governador de São Paulo José Serra contra seu adversário interno no PSDB, o também tucano Aécio Neves, que era governador de Minas Gerais.

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09/12/2011 | 00:00

Monitoramento

O objetivo da espionagem, que não foi alcançado, seria o de flagrar em vídeo Aécio Neves consumindo bebidas alcoólicas ou até cocaína.

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09/12/2011 | 00:00

Acusações graves

Amaury acusa Verônica e Alexandre Bourgeois, filha e genro de Serra, de evasão de divisas, lavagem de dinheiro e recebimento de propina.

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09/12/2011 | 00:00

Fios desencapados

Ricardo Sergio de Oliveira, ex-diretor do Banco do Brasil, e Gregório Marin Preciado, primo de Serra, também são denunciados no livro.

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09/12/2011 | 00:00

Polêmica

Repórter investigativo muito talentoso, Amaury Ribeiro foi envolvido no suposto esquema de arapongagem a serviço da campanha de Dilma.

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09/12/2011 | 00:00

Editor revela
que José Serra
tentou intimidá-lo

O editor Luiz Fernando Emediato, da Geração Editorial, sentiu-se intimidado ao ser chamado para “uma conversa” com o ex-governador José Serra, que tomou conhecimento do iminente lançamento do livro A Privataria Tucana, de Amaury Ribeiro. Emediato contou à coluna que ofereceu seu cartão de visitas ao emissário tucano, sugerindo que, se Serra quisesse falar com ele, que o procurasse na sede da editora.

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09/12/2011 | 00:00

Cautela

Temendo ordem judicial de apreensão do livro, a Geração fez uma operação silenciosa para distribuir 15 mil exemplares em todo o País.

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09/12/2011 | 00:00

Compromisso

Ao receberem o livro A Privataria Tucana, as livrarias assumiram o compromisso de que não seria exposto nas vitrines antes desta sexta.


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09/12/2011 | 00:00

Nada a declarar

O ex-governador José Serra informou que, por enquanto, sua decisão é não comentar as acusações contidas no livro de Amaury Ribeiro Jr.

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09/12/2011 | 00:00

Perderam a modéstia

Pivô do escândalo que atinge o ministro Fernando Pimentel, o dono da HAP Engenheria, Roberto Senna, é irmão da mulher do ex-ministro da Defesa Nelson Jobim. A advogada Vivienne Senna era da comissão de ética pública da prefeitura de BH quando abriram investigação.

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09/12/2011 | 00:00

Oitavo passageiro

Ministro amigo de Dilma, Fernando Pimentel já está sendo chamado, no serpentário do cafezinho do Senado, de “o Oitavo Passageiro”. Referência aos sete ministros já caíram por denúncias de corrupção.

09/12/2011 | 00:00

Liberdade de imprensar

O deputado André Vargas (PT-PR) afirmou “que os grandes jornais não compreendem o tipo de país que se está construindo”. Resumindo: não mostram o país que o PT acha que tem.

09/12/2011 | 00:00

Choro na fronteira

O Paraguai se apavora com a estagnação do Brasil. O presidente do Banco Central de lá, diz o jornal ABC Color, teme queda nos 60% nas transações locais ou e comerciais. Drogas e armas não contam.

09/12/2011 | 00:00

Pensando bem...


...os “cumpanhêro” estariam sem problemas na Justiça, se, em vez de consultorias, dessem palestras 'à la Lula', fáceis e sem contestação.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011


exta-feira, 9 de dezembro de 2011


Helena Chagas virou ministra, Palocci ficou milionário e Francenildo desempregado...

Na véspera do Dia Internacional de Combate à Corrupção o ex-caseiro que denunciou o ex-ministro Antonio Palocci fez ontem um desabafo em entrevista ao portal do Estado. Francenildo Santos Costa reclama da dificuldade que tem tido para arrumar emprego fixo nestes últimos cinco anos e meio. "Só porque falei a verdade eu vou ser prejudicado pelo resto da vida?". Francenildo vive de bicos como jardineiro e fazendo limpezas de piscina. Aconselhado pelo advogado Wlicio Nascimento, retomou os estudos. Ele aguarda a conclusão de um processo em que pede indenização pela violação de seu sigilo bancário.

Para quem esqueceu o papel de Helena Chagas, a ministra da Comunicação da Dilma, no caso Francenildo, clique aqui.  

Neste ano, 191 obras do PAC não saíram do lugar. Inclusive o trem-bala.

Uma parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) não saiu da estaca zero este ano. Levantamento feito pelo Estado a partir de dados coletados pela Associação Contas Abertas no Sistema de Administração Financeira (Siafi), do governo federal, mostra que 191 obras e programas, no valor total de R$ 2,6 bilhões, não tiveram nem um centavo empenhado até o dia 6 de dezembro. Isso significa que não foi assinado contrato com prestador de serviço para executá-los, ou seja, eles dificilmente sairão do papel em 2011.

Esse é o caso, por exemplo, dos R$ 350 milhões disponíveis este ano para a implantação de postos da polícia comunitária em todo o País. Ou dos R$ 8,5 milhões constantes do Orçamento para a construção da eclusa de Tucuruí (PA). A paralisia atinge ainda a construção de terminais fluviais, perímetros de irrigação no Nordeste e obras de saneamento nas bacias do São Francisco. A própria administração do PAC foi vítima do empenho zero. Estão disponíveis no Orçamento R$ 2,3 milhões para 'gestão e coordenação do PAC', mas o dinheiro ficou parado.

Em alguns casos, a parada se dá pelas dificuldades enfrentadas pelo Executivo para avançar com seus planos. O trem de alta velocidade (TAV) ligando Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro, por exemplo, foi a leilão em julho deste ano mas não apareceram interessados. Isso obrigou o governo a rever toda a modelagem da licitação e ainda não se sabe quando o trem será novamente leiloado. Assim, os R$ 284,6 milhões que havia no Orçamento para estudos técnicos, apoio à implantação e participação da União no capital da concessionária do trem-bala não foram empenhados.

As obras a cargo do Transportes sofreram atrasos por causa do escândalo de desvio de verbas, que levou a uma revisão de todas as licitações em andamento. Nada foi feito em obras grandes, como a adequação de um trecho rodoviário em Pelotas (RS), com R$ 127,5 milhões, e o anel rodoviário de Belo Horizonte, com R$ 100 milhões. Técnicos da área econômica afirmam, porém, que problemas gerenciais não são a melhor explicação para o fraco desempenho do PAC. A principal causa seria o ajuste fiscal que o governo decidiu promover este ano. Embora em tese haja dinheiro disponível no Orçamento para eles, na prática as verbas não são liberadas. No total, o PAC conta este ano com R$ 40,4 bilhões. (Do Estadão)

Caso Pimentel: agora Eta diz que não tem mutreta.

Após seus sócios negarem na quarta-feira ter contratado os serviços de consultoria do ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, o atual administrador da ETA Bebidas do Nordeste, Leonardo Lopes Coelho, voltou atrás e divulgou na quinta-feira à noite uma nota de quatro linhas. Nela, informa que a empresa teria contratado a P-21 Consultoria e Projetos Ltda para "prestação de serviços de análise econômico-financeira e mercadológica de seu plano de investimentos", por R$ 130 mil.

Lopes ligou para o repórter do GLOBO na quinta à noite, avisando que a empresa enviaria uma nota sobre a consultoria. O repórter pediu que ele lesse o comunicado, antes de enviar a nota, o que foi feito. Questionado se o texto não explicaria a razão da mudança de versão, respondeu que não. E ainda avisou que ninguém poderia conceder entrevista com mais esclarecimentos: — A única coisa que eu posso te falar é sobre a nota da empresa. É a única coisa que eu tenho para te fala.  Leia mais aqui. 


Enviado por Ricardo Noblat 
9.12.2011
| 5h58m

Política

Número 2 do PDT também é funcionário da Câmara

Edson Sardinha, Uol
Assim como acontecia com Carlos Lupi, o secretário-geral do PDT está lotado na liderança do partido, mas quase não fica lá. Norma interna proíbe que o trabalho fora das dependências da Casa. Manoel Dias ganha R$ 12 mil mensais.
Considerado o número dois na hierarquia pedetista, o secretário-geral do PDT, Manoel Dias, destacou-se nos últimos meses como um dos principais líderes da “tropa de choque” que tentou, em vão, manter no cargo o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, presidente licenciado da legenda.
Além da inabalável parceria partidária, os dois têm uma outra coisa em comum: recebiam salário da Câmara enquanto cumpriam exclusivamente atividades partidárias.

Política

Governo libera R$ 4 bilhões para saneamento em mais de 3 mil cidades

G1
A Fundação Nacional de Saúde (Funasa), vinculada ao Ministério da Saúde, publicou nesta quinta-feira (8) uma portaria com a lista de 3113 municípios de até 50 mil habitantes que serão beneficiados com obras de abastecimento de água e esgotamento sanitário. Segundo a assessoria de imprensa do órgão, serão investidos cerca de R$ 4 bilhões em saneamento básico.
A decisão desta quinta, assinada pelo presidente da Funasa, Gilson de Carvalho Carvalho, diz que a ação considera "a prevenção e o controle de doenças", além de "universalização do acesso à água", inclusive no semiárido, conforme prevê o programa federal "Água para Todos", lançado neste ano pelo governo.
O investimento é parte da segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2). Mais da metade das cidades terão repasse de R$ 500 mil para obras nas residências, que terão instalações de reservatórios domiciliares ou banheiros. 




COLUNA DO AUGUSTO NUNES 08/12/2011
às 16:10 \ Direto ao Ponto

Celso Arnaldo captura a nova ministra do Supremo durante a sabatina no Senado: Uma Rosa da Rosa é uma Rosa da Rosa

CELSO ARNALDO ARAÚJO
Uma Rosa da Rosa é uma Rosa da Rosa…
─ Política pública de tráfigo de drogas….
Aos 15m49s do vídeo que registra um dos mais constrangedores momentos da história do Senado, a sabatinada Rosa Maria Weber Candiota da Rosa — a juíza trabalhista escolhida pela presidente Dilma para a vaga da ministra Ellen Gracie e que adota o nome de solteira, Rosa Weber, em vez do poético Rosa da Rosa — engole em seco, roda os olhos aflitos pelo papel, tentando decifrar e entender garranchos de seu próprio punho e afinal produz seu entendimento gráfico do que foi ali escrito, nervosamente.
Mas o “tráfigo” de drogas é apenas uma das dificuldades da juíza em julgamento, na Comissão de Constituição e Justiça da casa. Na verdade, toda a resposta da examinada à pergunta do senador Demóstenes Torres sobre a posição do Supremo em relação ao “artigo 44 do projeto de lei 11343”, que trata da progressão da pena para condenados por tráfico de drogas, é típica de quem não tem a mais remota ideia do que está se falando naquele momento – nem do artigo, nem da lei, nem do assunto em si. Em vez de interrogá-la sobre horas extras, FGTS, assédio moral no trabalho, dissídio coletivo, o cruel senador Demóstenes queria saber da indicada ministra do Supremo sua posição sobre tópicos polêmicos e pesados que ocuparam seus futuros colegas nos últimos tempos.
A resposta patética da “candidata” a essa pergunta específica – “sim, eu penso da mesma forma, que há possibilidade, sim, porque na verdade há que examinar as circunstâncias do caso concreto” – poderia ter sido dada por Weslian Roriz, na última campanha ao governo do Distrito Federal. E todas as suas demais respostas aos questionamentos do senador Demóstenes — estupefata, atônita, perplexa com o desfilar exasperante de temas que lhe são integralmente desconhecidos — são próprias de uma juíza paroquial que nunca sequer se deu ao trabalho de assistir a uma sessão do Supremo na TV Justiça.
Por ingenuidade ou falta de traquejo, ela caiu na armadilha do senador – que disparou sucessivas perguntas “difíceis” durante os 13 minutos iniciais deste vídeo, obrigando-a a rabiscar fragmentos de cada uma delas para dar todas as respostas na sequência, arrasando um desempenho que já seria pífio na ordem natural das coisas. Um desastre que, segundo colunistas de Brasília, deixou assustadíssimos pelo menos dois ministros do Supremo. Agora, está sacramentado. Rosa Weber é a nova sumidade do Supremo Tribunal Federal.
Rosa Weber foi escolha pessoal de Dilma, a partir de 15 nomes de escol, todos de mulheres, selecionados ou sugeridos por conselheiros e assessores da República. Para a vaga da ministra Ellen Gracie, que se aposentou em agosto, a presidente que saúda em seus discursos “companheiros homens e companheiras mulheres”, “trabalhadores brasileiros e trabalhadoras brasileiras”, fazia questão de uma juíza. Fazia sentido. E Dilma, depois de encontros pessoais com algumas candidatas e sondagens de bastidor, certamente fixou-se na melhor, na mais preparada: Rosa Weber, mesma idade de Dilma, gaúcha.
Como se conclui sem esforço a partir desta pequena parte da sabatina de seis horas que acabou referendando a nova ministra por 19 votos a 3 na domesticada CCJ, o preparo da Dra. Rosa da Rosa para o substrato jurídico exigido na mais alta corte do país está à altura do da madrinha para ser presidente.
Mas Dilma deve estar vibrando com a goleada e, se ouviu um trecho dessas seis horas, exclamando para quem quiser ouvir:
— Rosinha deu um show naquele idiota do Defóclenes.





TRIBUNA DA INTERNET, sexta-feira, 09 de dezembro de 2011 | 04:00
Carlos Chagas
À margem da versão oficial de que só trataram de assuntos ligados ao desenvolvimento, à indústria e ao comércio exterior, como terá sido, na realidade, o despacho de ontem entre a presidente Dilma e o ministro Fernando Pimentel?
Há quem imagine que o ministro, mesmo negando qualquer malfeito em seu anterior papel de consultor de empresas, e em função de sua longa amizade com a presidente, teria colocado o cargo à disposição. Claro que Dilma não aceitou, nem quer ouvir falar da hipótese de dispensar mais um auxiliar, especialmente esse ao qual está ligada por fortes laços de companheirismo. Militaram juntos na resistência ao regime militar, sendo Pimentel um dos poucos auxiliares escolhidos por Dilma sem interferência do Lula ou do PT.
Se verdadeira a versão, tratou-se de uma demonstração de caráter por parte do ministro. E de uma espécie de “basta” da presidente diante da cascata de demissões que vem marcando seu governo. Tudo no condicional, é óbvio, porque se fatos novos surgirem deixando pior ainda a já combalida P-21 Consultoria, a conversa terá de ser outra.
Parece injusta a comparação de situações entre o ex-ministro Antônio Palocci e Fernando Pimentel. Afinal, como chefe da Casa Civil, Palocci negou-se a dar os nomes de seus clientes, preferindo exonerar-se. Devem ter sido clientes explosivos, daqueles que manipulam milhões às custas dos cofres públicos. Com Pimentel, ao menos até agora, tem sido diferente: ele forneceu o que chamou de lista completa de seus fregueses.
Em suma, o palácio do Planalto quer ver encerrado o episódio das denúncias contra o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Se vai conseguir, convém aguardar.
***
SOBRE A ÉTICA
Mil correntes filosóficas tentaram explicar a ética, desde os pré-socráticos, passando por Aristóteles, Bacon e Maquiavel até Kant, Nietsche e Marx. Discute-se até hoje se a ética existe separada do indivíduo, ou se este nasce com o senso ético ou o adquire pela experiência.
O problema é que de uns tempos para cá, no Brasil, ética passou a produto em falta nas prateleiras dos governos. Cada vez com mais intensidade, em especial a partir da Nova República, ministros confundem o público com o privado. Julgam-se no direito de traficar influência, depois que deixam de ser ministros, ou até durante suas gestões. Centenas de malfeitos escaparam da vigilância da imprensa, ainda que ultimamente se torne mais difícil escondê-los.
Ministros fizeram suas festas particulares de enriquecimento com as privatizações, assim como ministros foram flagrados recebendo propina, favorecendo empresas de correligionários, celebrando contratos fajutos, prestando consultorias duvidosas e sucedâneos. Para eles, a ética não existe como forma de utilização da liberdade individual para chegar a um objetivo último, seja sentir-se bem consigo mesmo, fazer o mundo funcionar melhor, ganhar o Reino dos Céus ou obrigar o vizinho do lado a também ser ético.
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DESVIARAM O DESVIO
Deputados visitaram recentemente as obras, ou o que seriam as obras, de desvio das águas do rio São Francisco. Voltaram estarrecidos. Na maioria das frentes de trabalho não se trabalha. Máquinas enferrujam nos canteiros, os tais milhares de empregos foram para o espaço e o Velho Chico continua caindo no mar sem sequer respingar nos estados onde deveria correr. O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, pouco pode fazer. O projeto deixou de ser prioritário, na prática. Virou uma espécie de trem-bala, ou será o trem-bala que está virando o desvio do São Francisco?
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NOVA MOEDA DE TROCA
Os últimos embaixadores do Brasil escolhidos fora da carreira diplomática foram Itamar Franco, em Roma, e Paes de Andrade, em Lisboa, no primeiro mandato do presidente Lula. Depois, o governo cedeu à pressão do Itamaraty e veio a decisão de que nossos embaixadores teriam obrigatoriamente de pertencer aos quadros do ministério das Relações Exteriores. Há quem discorde, até hoje, do não aproveitamento de cidadãos capazes de prestar bons e até melhores serviços ao país do que os diplomatas, mas trata-se de uma decisão de estado.
Pois não é que na singular base parlamentar do governo tem gente prestes a colocar diante da presidente Dilma uma espécie de compensação pelos ministérios não conseguidos, as diretorias de estatais não preenchidas e até as emendas ao orçamento não liberadas? Se determinados ministros foram apresentados aos assuntos de seus ministérios apenas no dia da posse, não fariam pior dirigentes partidários se ocupassem determinadas embaixadas sem muita expressão, mas com mordomias garantidas. Melhor esperar para ver se pega esse novo tipo de pressão, ou nova moeda de troca política.

sexta-feira, 09 de dezembro de 2011 | 02:31
Sebastião Nery
Se o jovem e insuspeitado ministro Fernando Pimentel tivesse ouvido o sábio conselho de Juscelino não estaria agora tão enlameado :
- “Política e negócios juntos não dão certos – dizia JK. O político para ser empresário tem que deixar de ser político. E o empresário, se quiser ser político, não pode continuar empresário. Juntando as duas atividades, não vai ser nem bom político nem bom empresário”.
Exatamente o que aconteceu com Dirceu, Palocci, tantos outros do PT. O cofre publico foi a maçã do Paraíso petista. Descobriram, comeram, prevaricaram e se perderam, expulsos do banquete governamental.
Dirceu era a maior revelação política de sua geração, virou o Marcos Valério cabeludo. Enfiou as mãos na lama do Mensalão, anda zanzando por ai, “consultando” negócios escusos e mendigando uma anistia impossível.
Palocci imaginou que podia ser a reedição magra de Delfim, mas não teve continência nem sabedoria para não se deixar seduzir pela tentação da serpente da corrupção. Misturou Dilma com negociatas. Foi chutado.
***
DILMA
Às vezes basta uma foto para explicar a Historia. Quem ainda não sabe ou não se convenceu por que a Dilma é presidente da Republica, veja no livro do jornalista Ricardo Amaral, “A Vida Quer é Coragem” , a foto que a revista “Época” reproduz esta semana. É um documento que comove, honra e orgulha o povo brasileiro.
Sentada no banco dos réus, na Auditoria Militar do Rio (conheci aquele mesmo infame banco da ditadura), o rosto sereno e o olhar altivo e inabalável, depois de 22 dias seguidos de bárbaras torturas, Dilma de tal maneira perturba seus algozes que os obriga a cobrir os olhos com as mãos.
Obrigado, Presidente, por essa bela e inesquecível lição ao pais.




A VIDA É CURTA
Redação do Momento Espírita
http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=3255&stat=0

Um simples adesivo, fixado num vidro de carro, revela uma filosofia de vida muito perigosa.

Diz assim: A vida é curta. Quebre algumas regras.

Precisamos analisar esta cultura do Aproveite a vida, pois ela é curta, com bastante cuidado.

Percebemos que esse tipo de entendimento circula pelo mundo fazendo muitos adeptos que, por vezes, caem em armadilhas terríveis, sem perceber.

Parece haver em muitas pessoas uma aversão a regras, a leis, mesmo quando essas servem apenas para regular a vida em sociedade. Por isso, tão necessárias.

É a repulsa à responsabilidade que ainda encontra forças em tantas mentes que teimam em não crescer.

Quebrar regras simplesmente por diversão ou por achar que a vida está muito certinha - como se fala - é atitude infantil, imatura e perigosa.

Basta, por exemplo, uma única vez, extrapolar na velocidade na condução de um automóvel para se comprometer uma vida toda.

Uma brincadeira, um simples pega, pelas vias de uma cidade, para se colocar em risco um grande número de vidas, inclusive a própria.

Assim, não é um tipo de regra que pode ser quebrada de quando em vez.

Por que quebrar regras para se aproveitar a vida? Quem disse que para se curtir cada momento da existência com alegria, precisamos infringir leis?

Aproveitar a vida não significa fazer o que se quer, quando e onde se queira. Esta é a visão materialista, pobre e imediatista do existir.

Aproveitar a vida consiste em fazer o que se deve fazer, determinado pela consciência do ser espiritual, que sabe que está no mundo por uma razão muito especial.

O ser maduro, consciente, encontra no caminho do bem, da família, do amor, sua curtição, sem precisar sair por aí quebrando regras e infringindo leis.

*   *   *

A vida é curta ou longa. A escolha está em quem vive.

Ela é curta para os que desperdiçam tempo na ociosidade. Longa para os que se dedicam a uma causa nobre.

A vida é curta para os que acompanham os filhos crescerem de longe. Longa para os que aproveitam cada instante, cada beijo de bom dia, cada beijo de boa noite.

A vida é curta para os que acham que os vícios não fazem mal. Longa para os que desenvolvem hábitos sadios para seus dias.

A vida é curta para os que acham que a vida é uma só. Longa para os que já descobriram que o Espírito é imortal, já existia antes desta vida e continuará existindo depois.

A vida é curta para quem não perdoa. A mágoa mata mais cedo. É longa para os que buscam a reconciliação, evitando a vingança destruidora.

A vida é curta para quem não sorri. A depressão mata mais cedo. É longa para quem cultiva o bom humor perante as situações difíceis da existência.

A vida é curta para os vilões. Longa para os heróis.

A vida pode ser curta ou longa. Cabe a você escolher.

Redação do Momento Espírita.

Em 07.12.2011.

* * *




Com esta mensagem eletrônica
seguem muitas vibrações de paz e amor
para você
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Indignação!
Nosso retrato atual, recitado por Rolando Boldrin, extraído do texto escrito por Ruy Barbosa. Expressão clara de nossa impotência diante da situação a que nossos políticos, juízes e cidadãos estão conduzindo a nossa Pátria. (http://www.vademecumespirita.com.br)


Fonte : Ulisses Rocha

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Estênio Negreiros
Fortaleza,CE

Quando você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é recompensada e a honestidade se converte em auto-sacrifício, então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada.” (Ayn Rand - 1905-1982)

3 comentários:

  1. Ainda não tenho informações suficientes sobre o livro recém-lançado do Amaury Junior, “Privataria Tucana”, para fazer uma análise decente sobre o seu conteúdo. O que pincei até agora nos sites da Carta Capital e Viomundo é que de forma geral envolve José Serra e asseclas com off-shores das Ilhas Virgens, mostra como Serra usa esquema com arapongas (pagos com dinheiro público) contra adversários e correligionários que se atravessam o seu caminho, além de proezas empresariais de sua filha, Verônica Serra.

    O livro, que estranhamente não está sendo encontrado na maioria das principais livrarias do país, ainda corre o risco de ser censurado por alguma ação judicial para recolhimento da obra, que já deve ter sido movida pelo personagem principal da trama do jornalista. Se isso vier acontecer cai a máscara, mas eu não duvido de mais nada partindo dessas pessoas.

    O que já está escancarado, e não me causa mais surpresa alguma, é o fato dos veículos que compõem a máfia das comunicações tupiniquim, cito Globo, Folha, Estadão, Veja e satélites, assim como os seus prepostos, estarem completamente calados a respeito, a despeito de toda a provocação sofrida nas redes sociais.

    Tal qual a Máfia Siciliana, a Máfia do Millenium também tem a sua Omertá, seguido por seus soldistas com fidelidade canina (é uma metáfora, adoro cachorro e eles não merecem a comparação). A blindagem feita por esses veículos quanto a denúncias que atingem tucanos de alta plumagem poderia ser comparada a uma seita fundamentalista, se não soubéssemos que a motivação é bem mais suja e indecorosa do que radicalismo religioso.

    Como uma peça do destino (outra metáfora, sou agnóstico) aqueles que bradavam serem ungidos combatentes pela moralidade foram flagrados com as mãos cheias de merda tentando esconder a porcaria toda. Se não fosse escatológico, diria que é lindo ver os hipócritas mostrando suas enceradas caras de pau sem as máscaras de sempre. Esses dias um blogueiro do Globo.com passou a atacar Dilma com impropérios e adjetivos incompatíveis com o exercício da profissão, hoje o desonesto tá lá quietinho, tão murchinho quanto o seu caráter. Diria que é conivente, mas é mais do que isso: é cúmplice.

    Quando não der mais para segurar, até porque o burburinho vai continuar independente da vontade deles, o jeito vai ser apelar para a falácia Ad Hominem e atacar o jornalista, citando que foi indiciado pela PF no ano passado, como se tivessem condições de usar esse argumento depois de utilizarem como fontes “confiáveis” os “fichas-limpas” Ex-PM João Dias e Rubnei Quícoli, o consultor da Folha.
    Impagáveis vão ser ver as explicações para o distinto público do motivo pelo qual as denúncias de dois ex-presidiários com ficha corrida na justiça valem mais que a de um jornalista, colega de trabalho, e que já dividiu a redação com muitos deles. Impagáveis e esquizofrênicas.

    Apesar da tendência de queda de várias máscaras, eu não tenho grandes esperanças que o livro cause muitos estragos ao Serra, até porque não tenho dúvidas que a blindagem vai continuar até o fim , mesmo que percam ainda mais credibilidade, pelo poder vale tudo. Resta à blogosfera fazer o seu trabalho de formiguinha e informar ao maior número de pessoas possíveis o que realmente acontece fora do show de truman com pacto de máfia.

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  2. POLÍTICA - O "livro bomba" do Amaury Jr.
    Vamos ver como os acusados vão reagir. O Serra já começou a dar 'chiliques". O livro era para ter saído antes das últimas eleições.

    Vamos ver também como a imprensa amiga do Serra, o famoso PIG, vai se posicionar sobre o livro.

    Quem deve estar dando gargalhadas é o Aécio que foi escaneado para não dizer sacaneado pelo Serra no último processo eleitoral.

    Tudo o que está nele já era conhecido nos bastidores políticos e são baseados em documentos, inclusive do governo americano. Junto com o livro do Biondi, "O Brasil Privatizado", a "privataria' da era FHC é posta a nú.

    O Serra já tinha dinamitado com sua turma chefiada pelo delegado Marcelo Itagiba a candidatura da filha do Sarney (Caso Lunus) e o livro do Amaury teria sido encomendado pela turma do Aécio para se contrapor a uma futura armação do Serra contra o governador mineiro, que disputava com o ele a indicação pelo PSDB à candidatura á Presidência da República. O resto é história: o Serra foi contra as prévias no PSDB e o Aécio não aceitou ser seu vice.

    Um dos grandes personagens do livro é o ex-diretor do Banco do Brasil, Ricardo Sérgio Oliveira, que ficou famoso com a matéria da Veja que transcreve seu diálogo com o FHC quando era negociada a participação da PREVI do BB nas negociatas das privatizações das Teles. Num certo momento Ricardo Oliveira diz ao FHC, como mostra a Veja, "estamos negociando no limite da irresponsabilidade".

    Enfim, o livro do Amaury, junto com o do Fernando de Morais sobre os cinco cubanos detidos nos EUA e o sobre a Dilma onde aparece a fotografia da Dilma sendo interrogada e os inquisidores escondendo o rosto, têm tudo para serem os "bestsellers" do ano.

    Também colocamos neste "post" uma entrevista do Amaury Jr ao Luiz Carlos Azenha, ex-jornalista da Globo.

    É colocado também um capítulo do livro denominado "Quem é o Doutor Escuta", que reune a "arapongagem" ligada ao Serra.

    Por último, cabe informar que o jornalista Amaury Jr é o que mais pesquisou e entende sobre "lavagem de dinheiro" .

    Começou a estudar o assunto quando investigou para O Globo, junto com o Luiz Carlos Azenha, que hoje edita o blog Vi o Mundo, as negociatas do presidente da CBF, Ricardo Teixeira, hoje um grande parceiro e por isso protegido da Globo.


    Chegou o presente de Natal que o PSDB e a sua imprensa mais temiam!

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  3. O Serra quer porque quer entrar no Céu à força(ser Presidente da República). Ele já est é no tempo de ser visitado pela velha da FOICE...
    ele é um perseguidor inconformado com a derrota.

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