DA TRIBUNA DA INTERNET
sexta-feira, 02 de dezembro de 2011 | 12:04
sexta-feira, 02 de dezembro de 2011 | 12:03
O comentarista Carlos Germani nos envia uma impressionante reportagem de Thomas Pappon, da BBC Brasil em Londres, em que ele afirma que a escalada de custos, a falta de controle nas obras e o abandono generalizado do
legado físico da Olimpíada de Atenas 2004 foram sinais da tragédia financeira que estaria por vir, a crise da economia grega.
“A aventura olímpica de Atenas trouxe prestígio, fez a Grécia reviver – mesmo que por apenas três semanas – a glória e a pompa dos jogos pan-helênicos da Antiguidade e deu uma boa polida na autoestima e no orgulho da população”, diz Pappon, acrescentando que o evento também expôs sérias falhas de planejamento e organização, levantando dúvidas sobre a capacidade do Estado grego – no início de 2004, antes da expansão da UE, a Grécia era o segundo país mais pobre do bloco em termos de PIB per capita – em lidar com uma promoção do porte de uma Olimpíada.
“Os Jogos foram determinantes para inflar os números na época”, disse à BBC Brasil Marika Frangakis, economista do EuroMemo (Economistas Europeus por uma Política Econômica Alternativa). Segundo Frangakis, o país já vinha acumulando gastos públicos extraordinários, uma situação que teria se agravado “com as oportunidades de corrupção abertas na distribuição de contratos a grandes corporações”.
Se a Olimpíada de Atenas foi a mais cara da modernidade, podemos imaginar como será a do Rio de Janeiro. O repórter Thomas Pappon diz que hoje, sete anos depois, ainda é difícil precisar o total dos gastos com a Olimpíada de 2004. Em novembro daquele ano, o governo grego anunciou o custo final como sendo de 8,9 bilhões de euros (R$ 21,3 bilhões) quase o dobro do orçamento inicial e o suficiente para apelidar, na época, Atenas 2004 de os Jogos mais caros da história moderna.
O montante não inclui gastos com obras que vinham sendo planejadas antes, independentemente dos Jogos, mas que foram aceleradas por causa destes, como o novo aeroporto internacional, uma via expressa e linhas de bonde e trem, todas na capital ou nos arredores.
Segundo dados do Ministério das Finanças grego divulgados em novembro de 2004, dos 8,9 bilhões de euros (R$ 21,3 bilhões) – quase o dobro do gasto dos Jogos anteriores, os de Sydney, de 6,65 bilhões de dólares australianos (R$ 11,8 bilhões) –, 7,2 bilhões vieram do Estado, que disponibilizou a maior parte destes recursos através de um programa de investimentos em infraestrutura semelhante ao PAC brasileiro.
O país também teve o azar de estar realizando os primeiros Jogos após os ataques de 11/9 nos Estados Unidos, o que o obrigou a aumentar várias vezes a parcela dedicada à segurança do evento.
“A Olimpíada pôs pressão sobre as finanças públicas”, disse à BBC Brasil o economista Vassilis Monastiriotis, da London School of Economics. “Grande parte dos gastos (do Estado) foi financiada com empréstimos. Os Jogos arrecadaram bem menos do que o estimado originalmente. O governo esperava recuperar parte dos custos com a venda ou privatização de instalações olímpicas, mas ele conseguiu levantar apenas uma parte disso, 25% talvez, do esperado”, diz Monastiriotis.
Hoje, longe de ter ajudado a revitalizar Atenas, o complexo olímpico de Faliro está abandonado, os dois principais estádios estão fechados e várias outras instalações que sediaram competições estão às moscas, cobertas de mato e grafite.
Segundo a Eurostats, o braço de estatísticas da União Europeia, a economia grega fechou 2004 com um deficit de 7,5% do PIB, o maior entre todos os países do bloco. No ano anterior, o deficit grego tinha sido de 5,6% do PIB. A dívida pública em 2004 subiu para 98,6% do PIB – ou equivalente a cerca de 50 mil euros para cada família no país.
Como todos sabem, o orçamento dos Jogos no Rio 2016 ainda está sendo revisto, para cima, é claro. No dossiê da candidatura, ele estava estimado em R$ 28,8 bilhões – R$ 7,5 bilhões a mais do que o custo de Atenas 2004. E vai custar muito mais, porque a irresponsabilidade administrativa no Brasil e no Rio de Janeiro realmente não tem limites.
sábado, 03 de dezembro de 2011 | 02:50
Sebastião Nery
Peres do Amazonas são cidadãos ilustres, jornalistas, escritores, professores, advogados, vêm de bem longe e sempre tiveram uma relação trágica com a vida e a história. O primeiro Peres era líder republicano no fim da Monarquia. Preso, estava mofando na cadeia quando, de manhã cedo, ouviu a multidão gritando seu nome nas ruas e invadindo a prisão. Chamou o carcereiro:
- O que é isso? Vão me linchar? Tire-me daqui logo. Deve ser essa Monarquia apodrecida querendo vingar-se mais uma vez de mim.
Não era. A multidão invadiu sua cela e o levou em triunfo para assumir o governo da província. A República tinha sido proclamada há um mês e só chegara a Manaus naquela manhã. De canoa.
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OS PERES
Jefferson Peres, o pequeno-grande, valente e exemplar senador que em 2008 morreu de repente em Manaus, era jornalista, escritor, professor, advogado, com pós-graduação em política pelo ISEB e em administração pública pela Fundação Getulio Vargas.
OS PERES
Jefferson Peres, o pequeno-grande, valente e exemplar senador que em 2008 morreu de repente em Manaus, era jornalista, escritor, professor, advogado, com pós-graduação em política pelo ISEB e em administração pública pela Fundação Getulio Vargas.
O tio de Jefferson, Leopoldo Peres, também jornalista e escritor (fundou a Associação Amazonense de Imprensa e foi secretário da Academia Amazonense de Letras), professor de português e literatura, advogado, foi constituinte do Amazonas em 1934. Em 45, elegeu-se para a Assembléia Nacional Constituinte (PSD).
No dia 26 de novembro de 48, estava relatando um projeto na Comissão de Justiça da Câmara Federal quando caiu duro. Morreu na hora.
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OS LEOPOLDOS
Leopoldo Peres, sobrinho do deputado Leopoldo e irmão mais velho de Jefferson, também foi jornalista, professor, escritor e advogado, secretário de Educação e Cultura do Estado e em 62 se elegeu deputado federal (PSD). Em 66, reelegeu-se pela Arena, que presidiu no Amazonas.
OS LEOPOLDOS
Leopoldo Peres, sobrinho do deputado Leopoldo e irmão mais velho de Jefferson, também foi jornalista, professor, escritor e advogado, secretário de Educação e Cultura do Estado e em 62 se elegeu deputado federal (PSD). Em 66, reelegeu-se pela Arena, que presidiu no Amazonas.
Em 82, Leopoldo Peres disputou o Senado (Arena) e ficou como primeiro suplente de Fabio Lucena (PMDB). Em 86, Lucena renunciou aos últimos quatro anos do mandato, voltou a disputar o Senado e novamente se elegeu.
No dia 14 de junho de 87, numa crise de depressão, suicidou-se. Leopoldo virou titular e Aureo Melo, segundo suplente de Lucena, assumiu. Como diria Octavio Mangabeira, o saudoso e bravo Jefferson Peres, que tão de repente se foi, tinha precedentes. Na vida e na história.
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OS SILVAS
Eles custaram mais caro do que todo o trono da Inglaterra custa ao Reino Unido. Na “Folha”, em 2008, Leonardo Souza e Ranier Bragon contaram:
OS SILVAS
Eles custaram mais caro do que todo o trono da Inglaterra custa ao Reino Unido. Na “Folha”, em 2008, Leonardo Souza e Ranier Bragon contaram:
1 – “O PT bancou, com recursos públicos do Fundo Partidário, uma cobertura usada por familiares do presidente Lula, em São Bernardo do Campo, no condomínio Hill Hause. O imóvel, de nº 121 (186 m2 de área útil), é no mesmo andar e fica de frente para a cobertura 122, comprada por Lula em 1996. E não foi justificada pelo partido a utilização e finalidade em área residencial”.
2 – “O Palácio do Planalto confirmou que o apartamento era freqüentado `por pessoas da relação de Lula’ e que o PT bancou os custos do imóvel de 2003 a 2007, e admitiu que familiares do presidente podem (sic) ter pernoitado eventualmente no imóvel, mas nunca foi moradia fixa de nenhum parente do presidente”.
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AS COBERTURAS
3 – “Depois, o apartamento foi bancado pela presidência da República sob o argumento de que isso `preenche necessidade de segurança (sic) de Lula’. Os funcionários do Hill Hause contaram que os filhos de Lula usam bastante a cobertura 121. Testemunharam vários pedidos de entrega no apartamento, como pizzas e pastéis”.
AS COBERTURAS
3 – “Depois, o apartamento foi bancado pela presidência da República sob o argumento de que isso `preenche necessidade de segurança (sic) de Lula’. Os funcionários do Hill Hause contaram que os filhos de Lula usam bastante a cobertura 121. Testemunharam vários pedidos de entrega no apartamento, como pizzas e pastéis”.
- “Os funcionários do prédio ouvidos pela `Folha’ disseram que os seguranças ficavam numa sala no térreo do edifício. Reiteraram que são os familiares do presidente que usam a segunda cobertura”. A culpa é da tal da República. Monarquia seria muito mais barato.
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A TRINDADE
A TRINDADE
No Brasil, se você não tem informações exatas e está em dúvida sobre determinadas propostas, medidas ou decisões públicas, há uma receita perfeita para não errar: procure saber o que algumas pessoas pensam delas. Se forem a favor, não hesite: fique contra, porque não presta. E, se elas forem contra, pode apoiar porque você acaba acertando.
Não sei bem aonde o ministro Mantega, da Fazenda, quer chegar com o tal Fundo Soberano. É preciso dar um tempo para as coisas ficarem mais claras. Mas, logo de saída, atenção: o Henrique Meirelles, ex do Banco Central, e o Maílson da Nóbrega, ex de todos os governos, estão contra. Logo, o Fundo Soberano deve ser “mais melhor do que pior”.
E ainda há a terceira, a Miriam Leitão, cuja opinião ainda não li. Se também ela estiver contra, aí não restará mais dúvida. Fique a favor. É uma trindade que jamais falha. Sempre contra o País.
Cai teto de Guarulhos
O ministro da Aviação, Wagner Bittencourt, estava no aeroporto e foi embora antes que a notícia se espalhasse
O POVO, DE 03.12.2011| 01:30
Enquanto o Governo Federal anunciava medidas antiapagão aéreo e confirmava para o dia 20 deste mês a data de abertura do novo Terminal Remoto do Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, a obra literalmente desabava. Parte do teto do terminal em construção caiu, deixando dois funcionários levemente feridos. A empreiteira Delta, contratada por R$ 86 milhões pela Infraero, afirmou que a data de inauguração agora vai ser “reavaliada”.
O desabamento aconteceu entre 13h30min e 14 horas de ontem, quando o ministro da Secretaria de Aviação Civil, Wagner Bittencourt, e os presidentes da Infraero, Gustavo do Valle, e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Marcelo Guaranys, estavam no auditório do aeroporto falando sobre melhorias nas operações de fim de ano. Todos foram embora antes que a notícia sobre o acidente se espalhasse. A Infraero diz que a responsabilidade sobre o fato é toda da Delta Construções, que lidera o ranking de empresas que mais receberam recursos da União nos últimos cinco anos.
Em nota, a Delta declarou que o problema aconteceu na estrutura auxiliar de sustentação dos dutos de ar-condicionado e os operários feridos já foram liberados, após receberem atendimento da equipe médica do aeroporto e dos bombeiros.
Trabalhadores afirmaram, no entanto, que faziam tudo “com pressa”. O prazo oficial dado pela Infraero para a Delta para deixar o Terminal Remoto pronto era janeiro. Mas o Governo exigiu da construtora que deixasse o espaço operacional até o dia 20 deste mês. (das agências)
Onde
ENTENDA A NOTÍCIA
O Terminal Remoto fica a quase 2 km de distância dos outros terminais e terá entrada independente. Está sendo construído na área de cargas, onde ficava o antigo galpão da Vasp, com 12,2 mil m².
COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
Você sabe o que é um museu? Eu também não
Deputado Tiririca (PR-SP), em comercial do Ministério da Cultura para tevê.
- 03/12/2011 | 00:00
Governo examina
fusão de nove
ministériosNa reforma ministerial prevista para o início do ano, as maiores apostas em Brasília são a fusão do Ministério da Agricultura com a Secretaria de Aqüicultura e Pesca, o da Previdência com o do Trabalho e se espera também que os ministérios da Educação e da Cultura voltem a ser um só, como no velho MEC. A maioria desses ministério perdeu relevância, por isso a idéia é otimizar a gestão e cortar despesas.
- 03/12/2011 | 00:00
Três em um
Direitos Humanos, de Políticas para Mulheres e de Igualdade Racial podem ser fundidos em um só ou incorporados ao Ministério da Justiça.
- 03/12/2011 | 00:00
Sem trabalho
Achaques à parte, o ministério do Trabalho foi reduzido à divulgação dos estudos mensais de empregabilidade, a cargos do IBGE.
- 03/12/2011 | 00:00
Sem sentido
Além de fazer kits e livros exóticos, o MEC já não cuida de educação básica, media ou superior. Apenas promove apenas exames nacionais.
- 03/12/2011 | 00:00
Morreu na praia
A Secretaria de Pesca é o maior fiasco de todas as invenções da era Lula. É só um cabide de empregos, sem capacidade de investimento.
- 03/12/2011 | 00:00
‘Líder’ preso
na Rocinha tem
ligações perigosasPreso outra vez no Rio, ontem (2), por suposta ligação com o traficante Nem, o ex-presidente da associação de moradores William da Rocinha, tinha prestígio de pop star com políticos, socialites e cantores, como Gilberto Gil e a mulher, Flora. Teve até manifesto contra a prisão dele em 2005, por suspeita de tráfico e sumiço de armas do Exército. Em 2009, William estrelou a inauguração das obras do PAC no Complexo do Alemão com Lula e o governador Sérgio Cabral (PMDB).
- 03/12/2011 | 00:00
Ilustre convidado
A suspeita de 2005 não constrangeu Lula, em “entrevista exclusiva” ao blog de William. A entrevista foi retirada após a (má) repercussão.
- 03/12/2011 | 00:00
Ilustre assessor
A primeira prisão de William chocou patrocinadores de sua ONG na Rocinha, pelas “conclusões precipitadas”. Virou assessor de vereadora.
- 03/12/2011 | 00:00
Ilustre candidato
O material de campanha a deputado estadual pelo PRB do “líder comunitário” amigo de “Nem” foi bancada pelo governador Cabral.
- 03/12/2011 | 00:00
Toma lá, dá cá
À prisão do ex-“líder comunitário” William da Rocinha se contrapõe o silêncio da Polícia Civil do Rio de Janeiro sobre o flagrante feito pela Polícia Federal de policiais civis dando fuga a comparsas de “Nem”.
- 03/12/2011 | 00:00
Governador enrolado
O governador Cid Gomes (PSB) estrela um vídeo no YouTube propondo um “rolo” com empresários da construção civil numa obra para o metrô de Fortaleza. Pode dar rolo.
- Deputado tucano processa
Dilma por não demitir Lupi
O deputado tucano Fernando Francischini (PR) protocolou nesta sexta (2) uma ação popular na 5ª Vara Cível da 4ª Região da Justiça Federal, do Paraná, contra a presidenta Dilma Roussef, contra o ministro Carlos Lupi (Trabalho) e contra a União. O deputado argumenta que Dilma se omitiu no dever de exonerar Lupi. Ele diz que o ministro, por sua vez, cometeu atos de improbidade administrativa. Francischini pede que Lupi devolva aos cofres da União o salário que recebeu ao acumular dois cargos públicos distintos, na Câmara, em Brasília, e na Câmara Municipal do Rio de Janeiro. "O caso do ministro Lupi é uma vergonha. Quero que ele devolva todo salário que recebeu da Câmara dos Deputados sem trabalhar. Dinheiro público deve voltar para o bem público", disse o deputado. Informação do jornal Folha de São Paulo.
sábado, 3 de dezembro de 2011
Negromonte e o VCT - "Vou Contar Tudo".
Do Painel da Folha:
Conta tudo 1 Deputados do PP relatam ter ouvido recentemente de Mário Negromonte (Cidades) que suas chances de rodar na reforma de 2012 são reduzidas. O ministro teria explicado que "sabe demais" para sair.
Lupi ama Dilma. Relatora do caso de amor na Comissão de Ética não ama Dilma.
Autora do relatório de seis páginas que concluiu que o ministro Carlos Lupi deve ser exonerado, a professora da Faculdade de Direito da Universidade Federal da Bahia Marília Muricy, cobra da presidente Dilma respeito às "regras do jogo democrático". A recomendação pela exoneração de Lupi foi decidida unanimemente pela Comissão de Ética da Presidência da República, anteontem.
Folha - A sra. produziu um relatório duro a respeito da conduta do ministro e, no entanto, a presidente, pelo menos ainda, não seguiu a decisão da comissão.
Marília Muricy - Eu não chamaria meu relatório de duro, eu o chamaria de preciso e rigorosamente fundamentado na legislação ética.
O relatório é baseado em matérias de jornal e revistas. Isso não afeta a precisão dele?
Absolutamente não. É preciso que a sociedade compreenda que os juízos éticos são diferentes das razões jurídicas. Não se trata de nenhum tribunal de exceção.
A sra. considera que o seu relatório foi precipitado?
Não. O que aconteceu é que o ministro Lupi apresentou, em sua defesa, alegações vazias de qualquer elemento comprobatório. Não requereu em nenhum momento produção de provas e não apresentou testemunhas.
O que diferencia esse caso de processos mais demorados, como os de Antonio Palocci e Erenice Guerra?
Nos casos anteriores, houve requerimento de apresentação de provas. Isso foi solicitado pelos investigados.
Como relatora, a sra. não achou que seria interessante pedir dados complementares aos órgãos de controle?
Não, porque nós não estamos aplicando ao ministro nenhuma sanção de exoneração. Nós só sugerimos.
E o que a sra. espera que a presidente faça?
Eu espero que ela aja como sempre agiu, observando as regras do jogo democrático.
(Entrevista dada à Folha de São Paulo)
Dilma, madre del PAC bolivariano.
Em sua primeira visita à Venezuela, a presidente Dilma Rousseff manteve o script brasileiro de benfeitor regional. A reunião de quase cinco horas entre os presidentes Hugo Chávez e Dilma Rousseff terminou em 11 acordos, protocolos de intenção e memorandos. Na maioria deles, o governo brasileiro dá apoio técnico, desenvolve projetos, transfere tecnologias. Em troca, apenas promessas de negócios futuros e um contrato entre a construtora brasileira Odebrecht e a Corporação Venezuelana de Petróleo (CVP) para a criação de uma empresa mista para exploração nos campos Mara Oeste, Mara Este e La Paz.Entre os acordos assinados, o Brasil se comprometeu a ajudar a Venezuela em um projeto de transformação de favelas. Também dará apoio técnico e bancário para que o país maneje melhor os recursos do projeto Gran Misión Viviendas - o Minha Casa, Minha Vida venezuelano - e fará intercâmbio para repasse de informações para controle e combate a fraudes bancárias.
Roteiro parecido foi seguido na primeira reunião bilateral entre Dilma e Evo Morales, presidente da Bolívia. A própria presidente revelou que, no encontro, o Brasil deixou clara a importância que dá à relação com La Paz e 'e se dispôs a auxiliar em tudo o que for necessário, especialmente na área de energia'.Evo pediu apoio ao governo brasileiro para a instalação de pequenas usinas termelétricas mistas de gás e óleo diesel, para uso emergencial. 'Como eles cresceram muito, estão com um fornecimento de energia muito justo, muito apertado. Eles precisam ter uma espécie de alternativa', explicou Dilma. Também serão desenvolvidos estudos para uma fábrica de cartões magnéticos, intercâmbios na área de engenharia espacial, transferência de tecnologia para televisão digital e assessoria para planos de desenvolvimento agrícola na região do Rio Orinoco.
Argentina. Apenas com a presidente Cristina Kirchner a conversa foi outra. Na reunião de ontem, as duas presidentes trataram de formas de 'blindar' as duas economias contra a crise econômica. 'Não vou falar blindar Brasil e Argentina, mas vou dizer fortalecer Brasil e Argentina nesta próxima década. Eu não vou dizer que é uma década de alta estagnação, mas de baixo crescimento, sem dúvida', disse Dilma.(Do Estadão)
Enviado por Ricardo Noblat -
3.12.2011
| 11h03m
Política
Caça às bruxas no PSB
Ilimar Franco, O Globo
O auditório que sediou o congresso nacional do PSB, ontem, em Brasília, estava repleto de faixas contra o governador Cid Gomes (CE) e seu irmão Ciro Gomes, chamados de “coronéis”. A mais agressiva dizia: “O PSB tem história. Os Ferreira Gomes têm várias estórias: Arena, PDS, PMDB, PSDB e PSB”. A faixa foi retirada da parede. A Juventude do PSB-DF apareceu com esta: “Diga-me com quem andas... PSD não”. Ciro foi vaiado.
Enviado por Ricardo Noblat -
3.12.2011
| 9h01m
Política
Foto inédita mostra Dilma em interrogatório em 1970
Dilma na sede da Auditoria Militar no Rio de Janeiro, em novembro de 1970. Ao fundo, os oficiais que a interrogavam sobre sua participação na luta armada escondem o rosto com a mão (Foto: Reprodução que consta no processo da Justiça Militar)
A vida quer coragem (Editora Primeiro Plano), do jornalista Ricardo Amaral, chega às livrarias na primeira quinzena de dezembro. A foto [acima], inédita, está no livro que conta a trajetória de Dilma Rousseff da guerrilha ao Planalto.
Amaral, que foi assessor da Casa Civil e da campanha presidencial, desencavou a imagem no processo contra Dilma na Justiça Militar. A foto foi tirada em novembro de 1970, quando a hoje presidente da República tinha 22 anos.
Após 22 dias de tortura, ela respondia a um interrogatório na sede da Auditoria Militar do Rio de Janeiro.
Presidente do STJ é acusado de favorecer cunhada
Advogado de Curitiba denuncia ministro Ari Pargendler ao Conselho Nacional de Justiça
Vera Magalhães, Folha de S.Paulo
Um advogado de Curitiba (PR) apresentou denúncia ao CNJ (Conselho Nacional de Justiça) contra o presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), Ari Pargendler.
O autor, Arnaldo Oliveira Júnior, encaminhou a representação à corregedora do CNJ, Eliana Calmon, que também é ministra do STJ. Caberá à corregedora decidir se acolhe ou não a denúncia.
Ele pede que Pargendler seja investigado por atuar pela escolha de sua cunhada, a desembargadora Suzana Camargo, do TRF (Tribunal Regional Federal) da 3ª Região, para uma vaga na corte.
Assinante do jornal leia mais em Presidente do STJ é acusado de favorecer cunhada
Enviado por Ricardo Noblat -
3.12.2011
| 5h03m
Política
Lupi burlou Justiça Eleitoral ao se candidatar ao Senado em 2002
Foto: Aílton de Freitas / O Globo
Jailton de Carvalho, O Globo
O ministro do Trabalho, Carlos Lupi (foto acima), não pediu afastamento do cargo de assessor da liderança do PDT para se candidatar ao Senado pelo Rio em 2002. Levantamento preliminar da assessoria da Mesa da Câmara informa que não consta licença de Lupi entre janeiro de 2001 e maio de 2006.
Nesse período, o ministro estava na lista de auxiliares do líder do PDT em Brasília. Pela lei complementar 64, de 1990, funcionário público, sem cargo de chefia, é obrigado a se licenciar com, pelo menos, três meses de antecedência da eleição, caso queira se candidatar.
Pela lei 8.112, que rege o funcionalismo público, Lupi poderia pedir licença remunerada para concorrer ao Senado. Mas teria que abrir mão da gratificação legislativa e, com isso, perder 50% do salário.
Lupi foi contratado para um cargo de natureza especial 07. Hoje, o salário de um servidor classificado nessa categoria gira em torno de R$ 12 mil. A não desincompatibilização do cargo é considerada uma falta grave e poderia implicar na perda do mandato, caso o ministro tivesse sido eleito.
--
Estênio Negreiros
Fortaleza,CE
“Quando você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é recompensada e a honestidade se converte em auto-sacrifício, então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada.” (Ayn Rand - 1905-1982)
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