domingo, 4 de dezembro de 2011

SELECIONADAS DO ESTÊNIO


BLOG DO RICARTDO NOBLAT

Enviado por Ricardo Noblat 

Governo abandona transposição do São Francisco após eleição de Dilma

Eduardo Bresciani e Wilson Pedrosa, Estadão.com
Cenário de propaganda eleitoral da presidente Dilma Rousseff e responsável por parte de sua expressiva 

votação recebida no Nordeste, a transposição do Rio São Francisco foi abandonada por construtoras e o trabalho feito começa a se perder.
O Estado percorreu alguns trechos da obra em Pernambuco na semana passada e encontrou estruturas de concreto estouradas e com rachaduras, vergalhões de aço abandonados e diversos trechos em que o concreto fica lado a lado com a terra seca do sertão nordestino.
O Ministério da Integração Nacional afirma que é de responsabilidade das empresas contratadas a conservação do que já foi feito e que caberá a elas refazer o que está se deteriorando.
Informa ainda que vai promover novas licitações em 2012 para as chamadas obras complementares, trechos em que a pasta e as empreiteiras não conseguiram chegar a um acordo sobre preço. Segundo o ministério, as obras estão paralisadas em 6 dos 14 lotes e em um deles o serviço ainda será licitado.

Política

Dilma despacha com secretários-executivos, ignorando ministros

Regina Alvarez e Gerson Camarotti, O Globo
Impedida de escolher o Ministério de seus sonhos no começo do governo, por pressões dos partidos aliados e do ex-presidente Lula, a presidente Dilma Rousseff buscou um atalho e criou a "República dos vice-ministros".
Com perfil técnico e estilo centralizador, Dilma despacha diretamente com secretários-executivos de várias pastas, tomando decisões à revelia dos ministros. Em pelo menos meia dúzia de ministérios, a relação mais constante da presidente é com os subs dos ministros.
Essa prática tem criado constrangimentos e estimulado disputas de poder nos bastidores, o que, na visão de interlocutores com acesso ao Planalto, prejudica o objetivo de Dilma de tornar o governo mais ágil e eficiente.
Um dos casos mais complicados é o do Ministério da Fazenda, onde o ministro Guido Mantega e o secretário-executivo, Nelson Barbosa, entraram em rota de colisão.
Incomodado com o acesso direto de Barbosa à presidente, Mantega pediu a Dilma que não despache mais a sós com o seu secretário-executivo. E, no dia a dia da Fazenda, tem feito vários movimentos para isolar Nelson Barbosa.


Enviado por Mary Zaidan -
4.12.2011
| 12h03m

Política

República sindical

Pouco importa quando e como Carlos Lupi será desapeado do Ministério do Trabalho. Muito menos quem vai sucedê-lo. Até porque está mais do que provado que a pasta, mantida no pior dos moldes desde 2003, mais prejudica do que ajuda o país.
Já no primeiro mandato, Lula transformou o Ministério em financiador econômico e eleitoral do sindicalismo. Ora nas mãos da CUT, ora nas da Força Sindical. O primeiro ministro do Trabalho de Lula, Jacques Wagner (PT), hoje governador da Bahia, foi presidente do Sindiquímica e fundador da CUT. Seu sucessor, o também petista Ricardo Berzoini, veio do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. Depois foi a vez de Luiz Marinho, ex-presidente da CUT e atual prefeito de São Bernardo do Campo.
Nada contra sindicalistas. O próprio Lula construiu sua incontestável liderança no berço sindical. Tudo contra os métodos.
Assim como fez em outras áreas, Lula assentou no Trabalho, e com salários generosos, gente sem qualquer experiência, que passou a tocar o Estado como se uma organização entre amigos fosse. Além da milionária conta dos impostos sindicais, briga-se pelos cargos de livre nomeação, loteados ora pelo PT da CUT, ora pelo PDT da Força.
O fogo cruzado entre os presidentes do PT, Rui Falcão, e da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), foi revelador. Desmascarou de vez o tamanho do aparelhamento. Falcão criticou a “ocupação partidarizada” das delegacias do Trabalho. Paulinho da Força, sem papas na língua, acusou o PT de montar uma “república de sindicalistas na Esplanada”.
Uma disputa obscena entre quem loteou mais e melhor. Quem abusou mais do Estado.
Lupi, dono do PDT, ligado à Força, já passeara por diferentes searas antes de aproximar-se da lucrativa corrente sindical: amigo de Brizola, foi suplente do senador Saturnino Braga, secretário do prefeito Marcello Alencar e do governador Anthony Garotinho. Vai dizer sempre que não pecou, que foi vítima de fogo amigo.
Ao que parece, os mui amigos colocaram mesmo rastilhos de pólvora pura. Mas que não estourariam caso Lupi tivesse currículo ao invés de folha corrida. Muito menos teriam explodido no colo da presidente Dilma Rousseff, que, entre Lupi e a ética, preferiu Lupi.
Pior: o Planalto, entidade que tem vida e voz própria, fez saber que Dilma ficou “contrariada” com a recomendação da Comissão de Ética da Presidência de exonerar Lupi. Ofendido, o governo até ameaça mudanças no seio do colegiado.
Em favor da ética, mudez total. Dilma não deu um pio.
As armas da república de sindicalistas e de Lupi devem ser ogivas atômicas.

Mary Zaidan é jornalista, trabalhou nos jornais O Globo e O Estado de S. Paulo, em Brasília. Foi assessora de imprensa do governador Mario Covas em duas campanhas e ao longo de todo o seu período no Palácio dos Bandeirantes. Há cinco anos coordena o atendimento da área pública da agência 'Lu Fernandes Comunicação e Imprensa, @maryzaidan

domingo, 4 de dezembro de 2011




Nada como um bom "fogo companheiro" para mostrar a sujeira do PT.

Está em curso uma luta fratricida em que o PT mineiro tenta romper a aliança espúria montada pelo PT nacional com o PSDB do Aécio Neves para manter o PSB na prefeitura de Belo Horizonte. Fernando Pimentel, amigo, confidente e ministro da Dilma, que já se locupletou deste arreglo, tendo sido prefeito da cidade, agora é torpedeado pelo PT local, que não aceita mais engolir uma canditatura imposta para que Lula, Dilma ou quem vier ganhem todas as eleições presidenciais no estado, não incomodando o reinado de Aécio nas montanhas de Minas.

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel (PT), faturou pelo menos R$ 2 milhões com sua empresa de consultoria, a P-21 Consultoria e Projetos Ltda., em 2009 e 2010, entre sua saída da Prefeitura de Belo Horizonte e a chegada ao governo Dilma Rousseff. Os dois principais clientes do então ex-prefeito foram a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) e o grupo da construtora mineira Convap. A federação pagou R$ 1 milhão por nove meses de consultoria de Pimentel, em 2009, e a construtora, outros R$ 514 mil, no ano seguinte. A consultoria de Pimentel à Fiemg foi contratada quando o presidente da entidade era Robson Andrade, atualmente à frente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), e se resumiu, de acordo com o atual presidente da Fiemg, Olavo Machado, a “consultoria econômica e em sustentabilidade”. No entanto, dirigentes da própria entidade desconhecem qualquer trabalho realizado pelo ministro.

O serviço à Convap durou de fevereiro a agosto de 2010, época em que Pimentel era um dos coordenadores da campanha de Dilma e viajava o Brasil com a candidata. Após a consultoria, a Convap assinou com a prefeitura do aliado de primeira hora de Pimentel, Márcio Lacerda (PSB), dois contratos que somam R$ 95,3 milhões. Em maio deste ano, ao ser questionado durante viagem a Ipatinga (MG) a respeito das atividades da P-21 Consultoria e Projetos Ltda., já na condição de ministro, o petista não quis dizer quem eram os seus clientes e classificou o rendimento da empresa como “compatível com a atividade dela” e “nada extraordinário”.

A Convap contratou Pimentel por meio de outra empresa do grupo que a controla, a Vitória Engenharia, atual Mineração Vitória Ltda., cujo endereço é o mesmo da construtora, em Vespasiano, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Menos de um ano após pagar a última parcela pela consultoria do petista, a Convap foi escolhida no governo Lacerda para tocar obras viárias de implantação do sistema de BRT (Bus Rapid Transit) na Avenida Cristiano Machado, para a Copa do Mundo de 2014 (R$ 36,3 milhões), e da Via 210, na região Oeste da capital mineira (R$ 59 milhões). As duas obras são em consórcio com a construtora Constran.

Fernando Pimentel deixou a prefeitura há três anos; ainda assim seu grupo permanece no controle da Secretaria municipal de Obras e Infraestrutura no governo Lacerda. A pasta foi responsável pela contratação da Convap e continua nas mãos do engenheiro Murilo Valadares, petista que cuidava da secretaria no governo de Pimentel. De 2000 a 2008, período em que o atual ministro foi prefeito de Belo Horizonte, não há registro de contrato do município com a Convap. Perguntado se via conflito de interesses na assinatura de contratos de quase R$ 100 milhões com uma empresa que tinha como consultor um de seus padrinhos políticos, Valadares disse que não. Ele alegou que os contratos foram assinados por meio de licitação e que, nos dois casos, o consórcio apresentou o menor preço. “O secretário sempre pautou suas ações pela transparência e pela ética. As licitações seguem os parâmetros legais. Diante da suspeita de quaisquer irregularidades, cabe aos órgãos competentes realizarem suas fiscalizações, bem como à imprensa republicana registrar os fatos e evitar suposições”, disse a assessoria de Valadares, por meio de nota oficial.Procurado por e-mail e pessoalmente para dizer que tipo de consultoria Pimentel prestou à sua empresa por mais de R$ 500 mil, o diretor-presidente da Convap, Flávio de Lima Vieira, não deu entrevista. Pelo telefone, repetiu quatro vezes a frase “nada a declarar” e desligou.

Já o atual presidente da Fiemg, Olavo Machado, disse ter pago por “análise, avaliação e aconselhamento sobre aspectos da economia local e mundial”, “discussões socioeconômicas com base em experiência técnica, universitária e administrativa”, e “dimensionamento de mercados para empresas, aspectos de meio ambiente e sustentabilidade”. Em 2009, a Fiemg pagou R$ 1 milhão por informações que, em linhas gerais, o ex-prefeito ofereceu de graça pelo menos 13 vezes em palestras para estudantes, políticos e comerciantes locais em viagens por Minas naquele mesmo ano, de acordo com o site “Amigos do Pimentel”. O tema era “Perspectivas econômicas e sociais de Minas e do Brasil no atual cenário mundial”, e o ex-prefeito viajava para articular sua pré-candidatura ao governo de Minas para o ano seguinte, plano que não se concretizou. No site, há referência a um encontro promovido pela Fiemg, em agosto daquele ano. (De O Globo)

Negromonte e o VCT - "Vou Contar Tudo".

Do Painel da Folha:

Conta tudo 1 Deputados do PP relatam ter ouvido recentemente de Mário Negromonte (Cidades) que suas chances de rodar na reforma de 2012 são reduzidas. O ministro teria explicado que "sabe demais" para sair. 

Conta tudo 2 Argumento de Negromonte aos deputados: foi ele quem atendeu ao pedido de Dilma para que o ministério ajustasse projetos de transportes para a Copa, permitindo a Salvador e Cuiabá trocar o BRT (ônibus em corredores exclusivos) por opções como metrô e VLT (Veículo Leve sobre Trilhos).


COLUNA DO AUGUSTO NUNES, 04/12/2011

às 13:54 \ Direto ao Ponto

O desabamento do ‘puxadão’ em Guarulhos mostra que a empresa do amigo de Dirceu e Sérgio Cabral está fazendo que Dilma fez

Em julho, a Delta foi premiada pelo governo federal com um contrato sem licitação para a construção, no aeroporto de Guarulhos, de “um novo terminal remoto de passageiros”. Essa é a expressão criada para disfarçar o que não passa de um “puxadão” forjado pela repaginação dos antigos galpões de carga da Vasp e da Transbrasil, distantes dois quilômetros dos terminais de verdade. Escolhida para executar outro assombro do PAC, a empresa de Fernando Cavendish ─ que prospera com a ajuda dos garotos-propaganda José Dirceu e Sérgio Cabral ─ embolsou R$ 85,75 milhões. A quantia é 163% maior do que os R$ 32,5 milhões fixados originalmente pela Infraero.
Em compensação, explicou a presidente numa entrevista no Planalto, a obra ficaria pronta em seis meses. Para abrandar os horrores de fim de ano no maior aeroporto do país, o governo resolvera que o terminal remoto seria inaugurado em 20 de dezembro. “Se a Delta não concluir, vai se tornar inidônea”, ameaçou em dilmês rústico. (Segundo o dicionário, inidôneo é quem não merece confiança, mente muito, não cumpre o que promete. Serve para empresas ou pessoas.) “O terminal tem de ficar pronto no dia combinado”, reiterou. Não vai ficar, informou nesta sexta-feira o desabamento de parte da estrutura do puxadão.
Se for considerada inidônea, a mina de ouro de Cavendish será impedida por cinco anos de fechar contratos com o governo federal. Para escapar do perigo, o amigo de Dirceu e Cabral poderia exibir, em sua defesa, o vídeo reproduzido na seção História em Imagens, gravado em julho de 2007. Caprichando na pose de gerente de país, Dilma aparece anunciando o início das obras de ampliação de Guarulhos e Congonhas, e garantindo que o terceiro aeroporto de São Paulo havia enfim começado a sair do papel. Passados quatro anos e meio, o que há de novo na paisagem são puxadinhos e puxadões menos confiáveis que uma explicação de Carlos Lupi.
A superexecutiva de araque sabe pelo menos desde 2007 que o sistema de transporte aéreo está em frangalhos. Não fez nada que prestasse. Há meses, alegando que a aproximação da Copa de 2014 exige pressa, evocou a iminência do colapso e descobriu as vantagens do Regime Diferenciado de Contratações. É o outro nome da roubalheira sem perigo de cadeia: o empresário presenteado com a obra primeiro ganha o contrato, depois faz o preço, inflado por aditivos criminosos. Faz o preço e também o prazo, sucessivamente dilatado por desculpas e desabamentos.
Dilma mentiu há quatro anos e meio. A Delta mentiu há seis meses e mente agora. Ao prometer o que não cumpriria, a construtora está fazendo o que a presidente fez. Ambas são inidôneas. E ambas têm certeza de que os pagadores de impostos vão bancar com mansidão bovina a conta da inidoneidade. Esse palavrão significa, em língua de gente, pouca vergonha. Ou nenhuma.

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Estênio Negreiros
Fortaleza,CE

Quando você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é recompensada e a honestidade se converte em auto-sacrifício, então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada.” (Ayn Rand - 1905-1982)

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