Os Mortos Vivem
Maria Helena Marcon
A comemoração dos mortos, hoje denominada Dia de Finados, teve origem na antiga Gália, no território europeu.
Era no dia primeiro de novembro que eles celebravam a festa dos espíritos. Não nos cemitérios - os gauleses não honravam os cadáveres -, mas sim em
seus lares, onde os médiuns, os videntes falavam com as almas dos que haviam partido.
Eles acreditavam que os bosques, os pântanos eram povoados por espíritos errantes.
Foi no ano de 998 que o Dia de Finados começou a ser comemorado nos mosteiros beneditinos, na França, e se tornou oficial no ano de 1915.
É comum, no Dia de Finados, a intensa visitação aos túmulos, podendo-se observar cenas interessantes. Desde os que se juntam sobre os túmulos dos seus amados, e ali passam o dia, para lhes fazer companhia, como se, em verdade, eles ali estivessem encerrados, aos que lhes levam comidas e bebidas, para que se alimentem, como se o espírito disso necessitasse.
Outros ainda gastam verdadeiras fortunas em flores raras e ornamentações vistosas. Decoram o túmulo como se devesse esse ser a morada definitiva do seu afeto.
Tais procedimentos podem condicionar o espírito, se não for de categoria lúcida, consciente, mantendo-o ligado aos seus despojos, ao seu túmulo.
Como cristãos, aprendemos com Jesus que a morte não existe.
Assim, nossos mortos não estão mortos, nem dormem.
Cumprem tarefas e distendem mãos auxiliadoras aos que permanecem no casulo carnal. Prosseguem no seu auto-aprimoramento, construindo e reformulando o mundo íntimo, na disciplina das emoções. E continuam a nos amar.
A mudança de estado vibratório não os furta aos sentimentos doces, cultivados na etapa terrena.
São pais e mães queridos, arrebatados pelo inesperado da desencarnação. Filhos, irmãos, esposos - seres amados. O vazio da saudade alugou as dependências de nosso coração e a angústia transferiu residência para as vizinhanças de nossa alma.
É hora de nos curvar à majestade da Lei Divina e orar.
A prece é perfume de flor que se eleva e funde abraços e beijos, a saudade e o amor.
Para os nossos afetos que partiram para o mundo espiritual, a melhor conduta é a lembrança das suas virtudes, dos seus atos bons, dos momentos de alegria juntos vividos. A prece que lhes refrigera a alma e lhes fala dos nossos sentimentos.
Não há necessidade de se ter dinheiro para honrar com fervor cristão os nossos mortos. Nem absoluta necessidade de nossas presenças ao lado das suas tumbas. Eles não estão lá.
Espíritos libertos vivem no mundo espiritual tanto quanto estão ao nosso lado, muitas vezes, nos dizendo da sua igual saudade e de seu amor.
Publicado no Jornal Mundo Espírita, de novembro de 1997.
Extraído de http://www.espirito.org.br, por Estênio Negreiros.
Vereadores estão muito generosos
Publicado em 1 de novembro de 2011 no Diário do Nordeste (Política)
Na atual Legislatura, a Câmara Municipal de Fortaleza já recebeu mais de 100 projetos de decretos,
concedendo título de cidadania para personalidades dos mais diversos segmentos sociais e localidades brasileiras. No entanto, apesar de o Regimento Interno da Casa destacar um máximo de até duas solicitações por vereador a cada mandato legislativo, muitos parlamentares se aproveitam da falta de fiscalização e alguns deles já conseguiram aprovar até seis concessões de honrarias.
Outra exigência do Regimento, em seu Art. 208 é a relevância dos contemplados para com o Município de Fortaleza, em que o texto diz que deverá estar acompanhada de justificativa escrita, "com dados biográficos suficientes para que se evidencie o mérito do homenageado". O que vem se percebendo, porém, são os mais variados motivos para que determinada pessoa receba tal título, o que, na maioria das vezes não se justifica.
Recentemente o vereador Antônio Henrique (PTN) aprovou na Câmara Municipal, com o aval de outros parlamentares, o título de cidadania ao senhor Henrique Venâncio da Silva, que, conforme justificativa, teve como maior contribuição para a cidade de Fortaleza "os filhos, netos e bisnetos. Homens e mulheres que têm ajudado a construir uma sociedade melhor". O vereador afirma ainda que Henrique Venâncio, seu pai, foi quem o ensinou a ter gosto pela Política, e este seria o seu maior legado para a cidade.
Candidatos
Outros títulos também merecem destaque, como os solicitados e aprovados para tornar cidadãos fortalezenses a ex-senadora Marina Silva, o ex-governador de São Paulo, José Serra, e a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, quando ela ainda era candidata à presidência.
O parlamentar campeão de entrega de títulos de cidadania, mesmo que isso vá de encontro ao Regimento da Casa, é o vereador José do Carmo (PSL), que até o momento já conseguiu aprovar na Câmara seis dos oito projetos de decreto legislativo outorgando o título de cidadão a personalidades. Em sua maioria, os homenageados por José do Carmo são pessoas ligadas às forças armadas.
Logo em seguida, está o líder do PT na Câmara, Guilherme Sampaio, que contrariando as normas regimentais, já aprovou cinco títulos de cidadania e teve um arquivado por ele próprio. Em um de seus decretos, o petista concede a honraria ao músico francês Mano Chao e justifica o pedido afirmando que o artista "tem forte relação afetiva com o Brasil, com a música brasileira e especialmente com o Ceará, onde esteve por várias vezes".
De acordo com o Regimento Interno do Legislativo Municipal, em seu artigo 208, a concessão de título de cidadão e demais honrarias devem obedecer a Lei Orgânica do Município e ao Regimento, que diz: "para a concessão de título de cidadania observar-se-á o limite de 2 (dois) para cada Vereador por legislatura" e "deverá estar acompanhada de justificativa escrita, com dados biográficos suficientes para que se evidencie o mérito homenageado".
Até o momento foram 102 pedidos de títulos de cidadania fortalezense feitos no Legislativo Municipal, 18 a mais do que o limite, caso se respeitasse o Regimento Interno da Câmara, quando só é permitido dois por vereador em cada Legislatura. Em 2009 foram 37 solicitações, em 2010 somou 26, e agora, em 2011, ainda faltando dois meses para o fim do ano, 39.
COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
- 01/11/2011 | 00:00
Efeito Orlando
A União Nacional dos Estudantes e PCdoB abriram o cofre para tentar reeleger sua turma no DCE da Universidade de Brasília. Perderam feio. E o reitor, o Zé do MST, terá dificuldades na disputa da reeleição.
- 01/11/2011 | 00:00
Conta outra
O cocaleiro Evo Morales promete devolver em até três meses os quase 2 mil carros roubados no Brasil e “legalizados” depois. Terá que combinar com o tráfico, que criou negócio paralelo com a roubalheira.
- 01/11/2011 | 00:00
Dia das Bruxas
Piada nas redes sociais, ontem, 31: “Parabéns pelo seu aniversário, ministra Iriny Lopes (Mulheres). Mês passado ela perdeu processo no Conar para proibir anúncio “ofensivo” de Gisele Bündchen.
- 01/11/2011 | 00:00
Pergunta no Enem
Quando vão anular o ministro da Educação?
31/10/2011 | 15:19
SUS
Se o ex-presidente fizesse seu tratamento pelo SUS, certamente o governo aplicaria grandes somas de recursos no sistema de saúde brasileiro. Assim, beneficiaria o povão com considerável melhora em equipamentos, hospitais, leitos e pessoal especializado como médicos e enfermeiros. Indiretamente, o ex-presidente melhoraria e muito a assistência à saúde do povo brasileiro tornando o SUS confiável e eficiente. Mas ...
Roberto Freitas
Brasília - DF
PROPAGANDA DESMEDIDA (Trecho da Coluna do Carlos Chagas, de 1º-11-11)De uns meses para cá estamos sendo atingidos por imensa propaganda de automóveis de todos os tipos, tamanhos e preços. Jamais se viu em nossa imprensa blitz de tal intensidade. Jornais, revistas, rádio e televisão abrem páginas, espaço e tempo para todo tipo de viaturas, das coreanas às japonesas e chinesas. As americanas e européias não ficam atrás, entupindo nossos olhos e ouvidos. Tudo bem, é do capitalismo essa disputa desenfreada pelo consumidor, mesmo quando tentam enganá-lo com os tais “999,00” em cada promessa. Pensam que o comprador é bobo e não percebe que com mais um real a desembolsar, o preço sobe para o patamar seguinte.
Qual a causa dessa publicidade olímpica que deve estar fazendo a felicidade dos proprietários dos meios de comunicação?
Só pode ser a retração do mercado. A cautela que o cidadão demonstra para trocar de carro. É sinal de que outras preocupações de gastos o atingem.
terça-feira, 1 de novembro de 2011
Esperava-se uma comoção nacional.
Não há notícias de romeiros chegando a São Bernardo do Campo. Não espoucaram novenas nas missas dominicais e nem romarias aos santuários populares. Nem mesmo a tag "Força Lula" decolou no twitter, mesmo disseminada por políticos de primeira grandeza e por jornalistas e blogueiros chapa-branca. Nem mesmo o papa mandou uma carta, mas apenas um recado educado de pleno restabelecimento através do embaixador. Ao contrário: a exigência nas redes sociais que não podem ser censuradas por uma imprensa cínica foi que Lula seja tratado como um comum mortal, agora ainda mais mortal, recebendo o seu tratamento em algum hospital do SUS, onde, segundo ele, "a saúde é quase perfeita" ou em alguma UPA tão fantástica que "até da vontade de ficar doente para usar". O clamor foi tão grande que a imprensa reagiu, tratando o fato como covardia, desumanidade, insanidade, creditando tais manifestações aos instintos mais selvagens de uma minoria de trogloditas virtuais. Censurou as manifestações e deu espaço apenas para a análises comportamentais equivocadas. A verdade tirada do episódio é que Lula não é a unanimidade que pregam. Também é verdade que Lula está pagando o preço da sua gabolice e arrogância ao fazer afirmações mentirosas sobre a Saúde no Brasil, verbalizadas na forma de tiradas de efeito para obter dividendos políticos e eleitorais. Mais verdade ainda é que a imprensa e a militância petista esperavam e desejavam uma comoção nacional. Ela não houve e talvez a maioria silenciosa até concorde com os que se manifestam pelo tratamento de Lula no SUS, sintetizando nesta metáfora a revolta contra o político e também contra o homem que sempre usou a aura de pobrezinho para tornar-se um dos mais ricos homens públicos do Brasil. A verdade, a grande e inquestionável verdade, é que Lula está tendo um caríssimo tratamento pago pelos contribuintes cancerosos anônimos que esperam mais de 70 dias por quimioterapia e mais de 120 dias por radioterapia nas filas do SUS. Sabe o que é revoltante? É ver uma imensa junta médica dizendo que Lula vai se salvar porque houve um rápido diagnóstico e o tratamento começou imediatamente. É contra isso que as pessoas estão revoltadas, por ver o pretenso pai dos pobres ser tratado como um imperador. Esperava-se uma comoção nacional. Há motivos para que ela não tenha ocorrido, por mais que colunistas, blogueiros e jornalistas não aceitem investigar com isenção e sem preconceitos os motivos que despertaram este sentimento de justiça e de igualdade expresso por boa parte da população brasileira. É mais fácil censurar e ficar perplexo ante a "maldade" de certas pessoas do que investigar o que existe por detrás deste desejo de que Lula tenha um tratamento isonômico para o seu câncer, igual ao de um Silva qualquer. As pessoas não estão sendo más. Elas estão sendo apenas justas nesta país cada vez mais injusto.
(...) Um dos e-mails mais enviados reproduz discurso do ex-presidente ao inaugurar uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), em 2010. "Vou ser muito breve, porque estou com a garganta não muito boa e não quero ser o primeiro paciente desta UPA. (...) Ela está tão bem organizada, ela está tão bem estruturada, que dá até vontade de a gente ficar doente para ser atendido aqui", diz ele.
(...) Um dos e-mails mais enviados reproduz discurso do ex-presidente ao inaugurar uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), em 2010. "Vou ser muito breve, porque estou com a garganta não muito boa e não quero ser o primeiro paciente desta UPA. (...) Ela está tão bem organizada, ela está tão bem estruturada, que dá até vontade de a gente ficar doente para ser atendido aqui", diz ele.
Aldo Rebelo vai ter muito trabalho para manter a sua biografia.
Os escândalos não param de surgir e o novo ministro terá que cortar a própria carne partidária se quiser manter a sua biografia.
Dois dirigentes do PC do B receberam recursos públicos por meio de uma empresa de consultoria, a Casa de Taipa Comunicação Integrada. A empresa foi criada para atuar em projetos ligados ao Ministério do Esporte, a pasta que é comandado pelo partido. Um dos donos da empresa é Júlio César Filgueira, ex-secretário do ministério e filiado ao PC do B. Seu sócio, Oswaldo Napoleão Alves, é também do partido e coordenador do núcleo de ensino e pesquisa da Escola Nacional da legenda comunista. Em agosto passado, a consultoria dos dois comunistas recebeu R$ 825 mil da Confederação Brasileira de Desporto Universitário (CBDU). Júlio Filgueira deixou o ministério em outubro de 2009. Em dezembro criou a Casa de Taipa com Oswaldo Napoleão. Em agosto deste ano a empresa foi contemplada com o contrato.
A Casa de Taipa pôs a mão nesse dinheiro ao ser contratada sem licitação para cuidar de um projeto do governador do Distrito Federal, o ex-PC do B e agora petista Agnelo Queiroz. O projeto, com total apoio do Ministério do Esporte, cuida da promoção da candidatura de Brasília para sediar a Universíade de 2017, que são os Jogos Mundiais Universitários - a última edição foi em Pequim, em agosto passado. Leia mais aqui.
Especulador compra 30% da Carta Capital.
A história de Rocha Azevedo, chamado de "Coxa" pelos amigos, se confunde com a das bolsas de valores no Brasil. Nos anos 80, ele e o investidor Naji Nahas foram protagonistas de um dos maiores escândalos já ocorridos no mercado nacional. Em 1989, quando Nahas já havia transferido suas operações para o Rio de Janeiro, uma mudança nas regras de liquidação dos papéis, decidida por Rocha Azevedo, causou a quebra não apenas do seu rival como da própria bolsa do Rio. Há pouco tempo, vendeu a sua corretora para uma multinacional e foi trabalhar na FACAMP, uma faculdade de Campinas onde é sócio de Luiz Gonzaga Belluzzo, o petralha amigo de Lula. "Coxa" acaba de comprar 30% da revista Carta Capital, que nem mesmo se vendendo semanalmente ao governo estava quebrando.
No momento mais próximo de um mea-culpa, o novo ministro disse que o PC do B não está imune a falhas, mas que trabalha para "corrigir qualquer deformidade ou desvio próprio das relações humanas". Apesar da rápida autocrítica, a tônica da cerimônia foi de desagravo a Orlando Silva. A presidente Dilma destacou o "excepcional trabalho" realizado pelo ex-ministro e se disse triste com sua saída. "Esta cerimônia não estava nos meus planos, nos planos do governo. Muitas vezes somos conduzidos a situações que temos de enfrentar, com tristeza, mas com coragem e determinação", disse a presidente, que trocou o sobrenome do seu novo ministro de "Rebelo" por "Rabelo".
O ex-ministro também falou em tom de desafronta. "Fico feliz de, depois de atravessar essa turbulência, olhar nos olhos da minha mãe, da minha mulher e da senhora [Dilma], e dizer 'eu sou inocente.'" Ao falar isso, Orlando foi aplaudido de pé. O novo titular da pasta aproveitou a deixa para dizer que a "luta política" derrubou seu antecessor. "Talvez, mais do que inocente, o senhor seja vítima", afirmou Aldo Rebelo. Mais tarde, em outra cerimônia, desta vez no Ministério do Esporte, o presidente do PC do B, Renato Rabelo, discursou durante nove minutos exaltando as qualidades do partido, que, segundo ele, foi vítima de uma "campanha sórdida". Nesse segundo evento, Orlando foi homenageado por servidores do ministério.
Escolhida para representar os colegas, Valdete Pessoa, a mais antiga funcionária da pasta, chamou Orlando de "filho" e de um "cidadão maravilhoso e espetacular". O ex-ministro ganhou rosas amarelas e uma caixa de chocolate. Sua mulher, Ana Petta, presente à cerimônia ao lado da mãe do ex-ministro, ganhou uma orquídea. Integrantes da cúpula do ministério, que também chancelaram convênios considerados suspeitos, estiveram presentes às duas cerimônias. Aldo Rebelo disse que somente a partir de hoje decidirá e anunciará as mudanças que pretende fazer na estrutura da pasta. Já Orlando anunciou que pretende ser candidato nas eleições de 2012. Segundo ele, o tema foi tratado em conversa com o ex-presidente Lula.(Da Folha de São Paulo)
A vergonhosa saída honrosa de Orlando Silva.
Na cerimônia que marcou ontem, no Palácio do Planalto, a transmissão de cargo no Ministério do Esporte, a presidente Dilma Rousseff lamentou a perda de mais um ministro, mas celebrou a manutenção do apoio do PC do B ao governo. "Perco um colaborador, mas preservo o apoio de um partido cuja presença no meu governo considero fundamental", disse. A sigla, aliada do PT em todas as disputas à Presidência, havia indicado o ex-titular e também emplacou o substituto. O evento marcou a posse de Aldo Rebelo em substituição a Orlando Silva, que estava no cargo desde 2006 e caiu após acusações de envolvimento em supostas irregularidades em programas de responsabilidade da pasta, como o Segundo Tempo. O ex-ministro é investigado pela Procuradoria-Geral da República.
No momento mais próximo de um mea-culpa, o novo ministro disse que o PC do B não está imune a falhas, mas que trabalha para "corrigir qualquer deformidade ou desvio próprio das relações humanas". Apesar da rápida autocrítica, a tônica da cerimônia foi de desagravo a Orlando Silva. A presidente Dilma destacou o "excepcional trabalho" realizado pelo ex-ministro e se disse triste com sua saída. "Esta cerimônia não estava nos meus planos, nos planos do governo. Muitas vezes somos conduzidos a situações que temos de enfrentar, com tristeza, mas com coragem e determinação", disse a presidente, que trocou o sobrenome do seu novo ministro de "Rebelo" por "Rabelo".
O ex-ministro também falou em tom de desafronta. "Fico feliz de, depois de atravessar essa turbulência, olhar nos olhos da minha mãe, da minha mulher e da senhora [Dilma], e dizer 'eu sou inocente.'" Ao falar isso, Orlando foi aplaudido de pé. O novo titular da pasta aproveitou a deixa para dizer que a "luta política" derrubou seu antecessor. "Talvez, mais do que inocente, o senhor seja vítima", afirmou Aldo Rebelo. Mais tarde, em outra cerimônia, desta vez no Ministério do Esporte, o presidente do PC do B, Renato Rabelo, discursou durante nove minutos exaltando as qualidades do partido, que, segundo ele, foi vítima de uma "campanha sórdida". Nesse segundo evento, Orlando foi homenageado por servidores do ministério.
BLOG DO NOBLAT
FRASE DO DIA
"O nosso partido sai engrandecido desses ultimos acontecimentos."
Renato Rabelo, presidente do PC do B, partido do ex-ministro Orlando Silva, do Esporte
Portugueses criam cerveja 100% natural que faz bem à saúdeBebida possui levedura própria e contém sais minerais, vitaminas e compostos para a regulação do organismo | ||||||
| ||||||
De acordo com Pereira, a cerveja não é filtrada, ou seja, ela traz a própria levedura que contém sais minerais, vitaminas e compostos para a regulação do organismo humano. Além disso, o líquido não tem produtos químicos nem conservantes, tornando-o, assim, um benefício para a saúde. "É um conceito inovador em Portugal, que acreditamos ter viabilidade. No próprio restaurante teremos uma mini-fábrica de cerveja 100% natural, feita exclusivamente a partir de cereais de produção biológica. E é essa mesma cerveja que será servida ao cliente", afirma um dos pesquisadores. Pereira e Macieira abriram uma empresa que tem capacidade de produzir cerca de 300 litros de cerveja por mês. De acordo com os dois pesquisadores, o produto é escoado em poucos dias, e tem tido uma grande aceitação do público. A cerveja é servida em garrafas de 0,75 litros com rolhas de cortiça - semelhantes às do champanhe -, ao preço de 3,5 euros (cerca de R$ 10). Até o momento, os pesquisadores já desenvolveram cinco tipos de cerveja, entre elas a cerveja de trigo chamada "belgian ale" que, com 10% de álcool, é a mais forte e preferida do público. Já a "pilsner", de origem checa, é a mais leve de todas. |
TRIBUNA DA INTERNET, terça-feira, 01 de novembro de 2011 | 02:28
Sebastião Nery
Teotônio Vilela, nordestino de aço, largou a doença maligna entre os lençóis dos hospitais de São Paulo, pegou o avião, desceu em Maceió e entrou, como o peregrino da resistência democrática naqueles anos, na convenção do PMDB de Alagoas, para escolher o deputado José Costa candidato da oposição ao governo do Estado.
Fez um discurso magnífico, emocionado pela força do que dizia e, sobretudo, pela força da lição de luta que dava. No dia seguinte, Ulisses Guimarães, José Costa, candidato ao governo, José Moura, candidato ao Senado, Gerardo Melo Mourão, ex-deputado, eu, fomos todos a Arapiraca para um grande comício no segundo maior colégio eleitoral de Alagoas.
***
TEOTONIO
TEOTONIO
Na volta, no aeroporto de Maceió, encontramos o senador Luís Cavalcanti, do PDS, “o major” como carinhosamente o chamavam os alagoanos desde que foi governador. Luís Cavalcanti, conversando com a comitiva do PMDB, deu um depoimento para a História:
- Não sei se vocês sabem. O fim dos atos institucionais começou na entrevista de Teotônio Vilela com o então presidente Geisel, quando Teotônio comunicou a Geisel que, embora senador da Arena, ia sair pelo País a fora pregando o fim dos atos institucionais, o fim da ditadura, o começo da distensão, para a abertura democrática. Geisel ficou muito impressionado com a decisão e os argumentos de Teotônio. Por isso é que, sempre que eu encontro o Teotônio, eu digo a ele:
- Teotônio, você é um “Aicida”.
***
A VACA
A VACA
Teotônio não era apenas o apóstolo da redemocratização. Era um aplicado discípulo do Cristo. Como Ele, gostava de falar por parábolas. No Clube dos Repórteres Políticos do Rio, eu lhe perguntei por que o governo e a Arena tinham tanto medo das eleições diretas. Ele sorriu e contou:
- A vaca do compadre pobre apareceu no pasto do compadre rico. O compadre pobre pediu ao compadre rico uma corda para tirar a vaca de lá. O compadre rico desconversou:
- Agora, eu vou à missa.
- Mas, compadre, o que é que tem minha vaca com a sua missa?
- Compadre, quando a gente não quer, qualquer desculpa serve.
***
ALDO
ALDO
Teotonio era usineiro e fazendeiro em Viçosa, Alagoas. Entendia de pasto e de vaca. Mas na fazenda dele vivia alguém que entendia mais de vaca e de pasto do que ele. Era o vaqueiro José Figueiredo, que tinha um punhado de filhos e cuidava da fazenda de Teotônio.
Um dos filhos do vaqueiro José Figueiredo, José Aldo Rebelo Figueiredo, nascido em 1956, gostava de montar nos cavalos e sair pelas roças e pastos. Mas aprendeu a ler e gostava mais ainda de ler. Foi estudar no Colégio Agrícola Floriano Peixoto, de Alagoas, tornou-se jornalista. No meio do curso de Direito, transferiu-se para São Paulo, onde em 1980 se elegeu presidente da UNE (União Nacional dos Estudantes).
Correu mundos. Um dia, em 89, nos encontramos na Líbia de Kadafi. Em 88 tinha sido eleito vereador por São Paulo, na legenda do PCdoB, de cuja direção nacional era membro. Em 90, elegeu-se deputado federal e até hoje se reelege, tendo sido presidente da Câmara de 2005 a 2007.
Candidato a vice-prefeito de São Paulo na chapa de Marta Suplicy em 2008, foi derrotado com ela, perdendo para o múltiplo Gilberto Kassab.
***
MANDIOCA
MANDIOCA
Aldo é autor na Câmara de alguns projetos polêmicos, tanto mais polêmicos quanto mais necessários, como o que restringe o uso de palavras estrangeiras em documentos ou obras públicas nacionais, para conter um pouco essa cretina, suburbana e colonizada mania de dar nomes estrangeiros a edifícios, lojas, salões de cabeleireiros, termas e puteiros.
Outro projeto que mobilizou contra ele poderosos grupos externos e internos foi a adição de 10% de raspa de mandioca na farinha de trigo destinada à fabricação do “pão francês” (o pãozinho de sal), consagrado estudo da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisas Agrícolas) de Cruz das Almas, na Bahia. O Brasil é o maior produtor mundial de mandioca.
O projeto continua enfiado em alguma gaveta da Câmara, escondido pelos conhecidos faturadores de interesses inconfessáveis contra o pais.
***
MINISTRO
MINISTRO
Quando vi o filho do vaqueiro, Aldo, relator do Código Florestal, sabia que mais uma vez ele iria enfrentar dificuldades. Mas também sabia que pouca gente, no Congresso, entende de roça e campo quanto ele.
Agora, Aldo foi convocado pela presidente Dilma para pôr um fim na intolerável rapinagem das ONGs partidárias no ministério dos Esportes.
Se o governo fizer como Teotônio e lhe der cavalo e pasto, Aldo vai longe.
s 17:51 \ Direto ao Ponto
A tropa que agrediu Mário Covas não tem nada a ensinar sobre política e câncer
Em junho de 2000, professores em greve seguiram a ordem de José Dirceu e agrediram fisicamente o governador Mário Covas. Veja na seção História em Imagens o vídeo e o texto que documentam a infame selvageria. O ataque a um democrata exemplar debilitado pelo câncer desqualifica a tropa do PT para gaguejar lições sobre política e doença. Não se pode fazer com ninguém, sobretudo com adversários políticos enfermos, o que os milicianos de Lula fizeram com Mário Covas.
Numa análise irretocável, o jornalista Reinaldo Azevedo liquidou a falsa questão criada pelo câncer de Lula. Não se deve festejar o sofrimento alheio, nem usá-lo para decretar canonizações malandras. Nenhuma doença é capaz de transformar em estadista um campeão do oportunismo. A verdade jamais estará subordinada ao conteúdo de um boletim médico ou a entrevistas de porta de hospital.
O resto é conversa fiada.
Estênio Negreiros
Fortaleza,CE"As leis são como as teias de aranha; os pequenos insetos prendem-se nelas, e os grandes rasgam-nas sem custo”. (Anacaris, sábio grego, da Antiguidade)
Nenhum comentário:
Postar um comentário