segunda-feira, 21 de novembro de 2011

SELECIONADAS DO ESTÊNIO


A Colunas nos Jornais
21/11/2011 | 00:00

Livre, advogado
de ‘Nem’ também
sabe demais

Muita água ainda vai rolar nos becos da Rocinha até o esclarecimento da prisão do maior traficante da favela, o “Nem”. Um de seus advogados, André Cruz, o falso cônsul do Congo, é o único em liberdade, após 

escapar do crime de corrupção ativa, que ele nega,  por oferecer propina de R$1 milhão aos policiais na “rendição” de “Nem”. Em uma cerimônia, ele e o pai, que está preso, foram prestigiados pelo assessor especial do governador Sérgio Cabral, Jovenal Alcântara.

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21/11/2011 | 00:00

Segredo de Justiça

Diretor jurídico do Conselho Nacional dos Peritos Judiciais até a OAB entrar em cena, André Cruz é acusado de supostos estupro e roubo.

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21/11/2011 | 00:00

Farsa da rendição

O advogado de André Cruz, Luiz Carlos Cavalcanti Azenha, é o mesmo  de “Nem”, e foi preso na farsa de que o bandido se entregaria.

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21/11/2011 | 00:00

Fuga com euros

Subchefe de Polícia Civil do Rio, Fernando Velloso também sustentou a tese, mas omitiu o papel dos advogados de “Nem” na “rendição”.

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21/11/2011 | 00:00

Defesa do trabalhador

André Cruz, que não quis falar com a coluna, é advogado trabalhista e desapareceu do escritório que dividia com o pai, no centro do Rio.

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21/11/2011 | 00:00

Novo Código
acabará com
prisões por pensão

O novo Código de Processo Civil pode pôr fim às prisões por não pagamento de pensão alimentícia. O relator do CPC na Câmara, deputado Sérgio Carneiro (PT-BA), vai incluir emenda no texto em que muda a forma de punição. Em lugar de detenção imediata, o cidadão terá seu nome incluído no Serviço de Proteção ao Crédito e no Serasa. Para limpar o nome, será obrigado a quitar a dívida na Justiça.

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21/11/2011 | 00:00

Só por outros motivos

O devedor só será preso em caso de abuso contra autoridade, por reincidência ou por decisão do juiz sob avaliação especial.

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21/11/2011 | 00:00

PhD em família

Sergio Carneiro é especialista em Direito de Família. Ele priorizará o tema no seu relatório, que tramita nas comissões.

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21/11/2011 | 00:00

Sem promotor

Outro item do relatório do novo Código de Processo Civil trata do fim da obrigatoriedade de promotor em audiências de conflitos de casais.

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21/11/2011 | 00:00

Jogo jogado

Anote no caderninho, como dizia Ibrahim Sued: a americana ArmaLite, representada por empresa de Brasília, vai ganhar a licitação, terça (6), da Polícia Rodoviária Federal, para compra de 300 carabinas calibre 5.56.

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21/11/2011 | 00:00

Salários dobrados

Médicos do governo do DF, que no início da carreira recebem R$ 3.800 por mês, enquanto PMs iniciantes ganham R$ 5 mil, terão os salários triplicados no plano de cargos a ser anunciado nos próximos dias. Com carga horária de 40 horas semanais, receberão R$ 12,5 mil mensais.

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21/11/2011 | 00:00

Sem barbeador

O ex-presidente Lula preferiu política à beneficência, recusando suposta oferta de R$ 1 milhão da Gillette para tirar a barba, mas a lâmina aparece na foto divulgada por sua assessoria.


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21/11/2011 | 00:00

Navio fantasma

O porta-aviões “São Paulo”, que não sai do estaleiro desde que o Brasil o adquiriu da França quando se chamava “Foch”, foi invadido por ratos, cupins e baratas francesinhas.

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21/11/2011 | 00:00

A voz do povo

Com a instalação regular de luz, TV a cabo e gás, cujas contas mensais logo começam a chegar, os moradores da Rocinha descobrirão como é pagar muito caro para ser mal atendidos

O FIM DO MODELO

Por Carlos Chagas
Vale, por um dia, começar além da  política nacional,  arriscando  um mergulho lá fora. O que continua a  acontecer  na Europa e nos Estados Unidos,  onde  multidões estão indo para  as ruas, enfrentando a polícia e protestando contra mais uma malandragem das elites? 
                                   
É preciso  notar que o protesto vem das massas assalariadas, proletárias e da classe média,  também com a participação dos  excluídos,   negros, árabes, turcos e demais  minorias que buscaram no velho e no  novo continente   a saída para a fome, a miséria e  a doença onde viviam, agora  frustrados e  segregados, humilhados e abandonados. 
                                  
Não dá  mais para dizer que essa monumental  revolta é outra solerte manobra do comunismo ateu e malvado. O comunismo acabou. Saiu pelo ralo.  A causa do que vai ocorrendo repousa  precisamente no extremo   oposto: trata-se do resultado do neoliberalismo. Da consequência de um pérfido  modelo econômico e político que privilegia as elites e os ricos, países e pessoas, relegando  os demais ao desespero e à barbárie. Porque sempre que se registra uma crise econômica nas nações neoliberais, a receita é a mesma: medidas de contenção anunciadas para reduzir salários, cortar gastos e investimentos sociais,   demitir nas repartições e nas fábricas, aumentar impostos e taxas e entregar patrimônio público a grupos privilegiados, claro que com dinheiro público. 
                                  
Fica evidente não se poder concordar com a violência.   Jamais justificá-la.  Mas explicá-la, é possível.  Povos e nações largados ao embuste da livre concorrência, explorados pelos mais fortes,   tiveram como primeira opção emigrar para os países ricos. Encontrar emprego, trabalho ou  meio de sobrevivência. Invadiram a Europa como  os Estados Unidos, onde o número de latino-americanos cresce a ponto de os candidatos a postos eletivos obrigarem-se a falar espanhol,  sob pena de derrota nas urnas.
                                 
Preparem-se os  neoliberais. Os protestos  atingem agora as   nações   ricas.   Depois, atingirão os ricos das nações  pobres. Dar ricas. O que fica impossível é empurrar por mais tempo com a barriga a  divisão do planeta entre inferno e paraíso, entre  cidadãos de primeira e de segunda classe. Segunda?   Última classe, diria o bom senso.
                              
Como refrear a  multidão  de jovens sem esperança, também  de homens feitos e até de idosos,  relegados à situação  de  trogloditas em pleno século XXI?  Estabelecendo a ditadura, corolário mais do que certo do  neoliberalismo em agonia? Ou aumentando as tenazes do modelo cruel de acumulação da riqueza em mãos dos ricos? Não   vai dar, à   medida em que a miséria se multiplica e a riqueza se acumula.  Explodirá tudo.
                              
Fica difícil não trazer esse raciocínio para o Brasil. Hoje, apesar da propaganda, 40  milhões de brasileiros vivem abaixo da linha da pobreza, sobrevivendo com a metade desse  obsceno salário  mínimo.   Os bancos lucram bilhões a cada trimestre, enquanto cai o poder aquisitivo dos salários. Isso para quem consegue mantê-los, porque, apesar da publicidade  oficial, o desemprego continua presente.   São 15 milhões de desempregados em todo  o  país, ou seja, gente que já  trabalhou com dignidade e hoje vive de biscates, ou, no reverso da medalha,  jovens que todos os anos gostariam de entrar  no mercado sem nunca  ter trabalhado.
                                             
Alguns ingênuos imaginam que o bolsa-família e sucedâneos resolveram a questão, mas o assistencialismo só faz aumentar as diferenças de classe. É crueldade afirmar que a livre competição resolverá tudo, que um determinado cidadão era pobre e agora ficou rico. São exemplos da exceção,  jamais justificando a regra de que, para cada um que obtém sucesso, milhões  continuam na miséria. 
                                
Seria bom o governo Dilma  olhar para a Europa. E os Estados Unidos.  O rastilho pegou e não será a polícia que vai  apagá-lo. Ainda que consiga,   reacenderá   maior   e mais forte pouco depois. Por que não  entre nós?   
                                        
A globalização  tem, pelo  menos, esse mérito: informa em tempo real ao  mundo que a saída deixada às massas encontra-se na rebelião. Os que nada tem a perder já eram maioria, só que agora estão  adquirindo  consciência, não só de suas perdas, mas da capacidade de recuperá-las através do grito de "basta", "chega", "não dá mais para continuar".
                                  Não devemos descrer da possibilidade de reconstrução.  O passado não está aí para que o  neguemos, senão para que o integremos. O passado é o nosso maior tesouro, na medida em que   não  nos dirá o que fazer,  mas precisamente o contrário. O passado  nos dirá sempre o que evitar.
                                 
Evitar,   por exemplo, salvadores da pátria que de tempos em tempos aparecem como detentores das verdades absolutas, donos de todas a soluções e proprietários de todas as promessas.

Enviado por Ricardo Noblat -
21.11.2011
| 8h02m
Comentário

Faxina suspensa

Bem que poderia pedir algum tipo de reparação o único senador cassado até hoje, Luiz Estevão de Oliveira. Acusado de ter desviado dinheiro da construção do Fórum da Justiça do Trabalho, em São Paulo, ele jurou inocência. Foi o que bastou.
Perdeu o mandato. Não porque tivesse roubado ou deixado de roubar, mas por ter mentido aos seus pares.
Os julgamentos no Congresso são políticos. Cabe à Justiça julgar de acordo com as leis.
A saída encontrada para subtrair o mandato de Luiz Estevão foi declarar que ele mentira diante de representantes do povo, o que é considerado um grave crime nas democracias. Richard Nixon renunciou à presidência dos Estados Unidos depois de mentir no episódio conhecido como o Caso Watergate.
A ideia de reparação para Luiz Estevão é só uma pilhéria para falar da impunidade de Carlos Lupi, Ministro do Trabalho, garantida até aqui por Dilma Rousseff.
Há 15 dias, ao depor na Câmara dos Deputados e no Senado sobre uma viagem ao Maranhão em 2009, Lupi mentiu descaradamente. Na semana passada, voltou a depor no Senado.
E aí? Aí retificou tudo que dissera antes. Atribuiu suas mentiras a uma ocasional falha de memória. Recusou o apelo de dois senadores do seu partido para que se demitisse. Alegou não ter compromisso com cargos, mas com “causas”. E anunciou que continuaria no ministério a pedido de Dilma, “a faxineira ética”.
Da primeira vez que foi ao Congresso, Lupi afirmou que jamais voara em avião King Air arranjado pelo empresário Adair Meira. Por sinal, não conhecia Adair. Voara, isto sim, num modesto Sêneca fretado pelo PDT maranhense. Não era homem de viajar à custa de empresários. Nunca fora.
Da segunda vez, Lupi reconheceu que voara no King Air providenciado por Adair. Lembrou-se de que não só conhecia Adair como até jantara uma vez na casa dele em Goiânia. Cobriu-o de elogios – e às ONGs de Adair.
O PDT do Maranhão admitiu que o Sêneca posto a serviço de Lupi fora cedido de graça por um generoso empresário.
Que deu no ministro? Foi vítima de uma crise de consciência? Claro que não. Foi apenas pilantra outra vez.
Deu o dito de há 15 dias pelo não dito por que nesse meio tempo apareceram fotografias e vídeos que o desmascararam. As imagens mostram Lupi no interior do Maranhão desembarcando do King Air e acompanhado por Adair.
Perguntem a Luiz Estevão se ele não sente inveja de Lupi. Deveria sentir. Não só por que Lupi mentiu ao Congresso e nada lhe aconteceu, mas também porque mentiu à presidente da República e nada lhe aconteceu.
Lupi antecipou para Dilma todas as mentiras que diria no Congresso. Enganada, a tigresa de língua afiada calou-se.
Auxiliares de Dilma juram que ela segurou Lupi para não dar à imprensa o gosto de dizer que derrubou seis ministros em menos de 11 meses. Entre demitir quem errou e demonstrar quem manda como se houvesse dúvida, Dilma teria escolhido a segunda alternativa.
Pura bobagem! Ou é bobagem ou Dilma é uma tola.
Pesquisas nacionais de opinião encomendadas pelo governo atestam que Dilma vai muito bem, obrigado. Em São Paulo, por exemplo, sua avaliação positiva é superior à do governador Geraldo Alckmin.
A imagem dela é de uma administradora aplicada, rápida no gatilho e intolerante com desmandos. Como o que vale é a imagem...
A tenra fatia dos brasileiros ligada no noticiário político imagina que se Dilma ainda não demitiu Lupi é por que o fará em breve. Pouco se lixa para o que possa representar a prorrogação da presença no governo de um mitômano envolvido em tantos rolos.
Dilma joga com o alheamento geral para fazer o que lhe parece mais confortável.
Quem pratica malfeito é o quê?
Lupi transformou o Ministério do Trabalho num aparelho do PDT. Beneficiou ONGs de correligionários com dinheiro oficial. E firmou convênios irregulares. Dele, pois, se poderá dizer que é um malfeitor.
O que dizer de quem pode se livrar de um malfeitor e não o faz? Que é conivente? Pusilânime? Fraco?

segunda-feira, 21 de novembro de 2011



PSDB morre à míngua no Ceará.

Tasso Jereissatti, que perdeu o cargo de senador para Lula o cargo, agora vê o PSDB sumindo no Ceará pela ação de Ciro Gomes. No entanto, ele continua presidindo a poderosa Fundação Teotônio Vilela, ditando os rumos estratégicos do partido. 

A volta ao velho domicílio eleitoral foi a senha da gana com que o ex-deputado Ciro Gomes (PSB) retomaria a ação política no Ceará. Arrependido da transferência do título de eleitor para São Paulo, em 2009, a pedido do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Ciro deflagrou uma ofensiva para ampliar interior afora a base de apoio do irmão, o governador Cid Gomes (PSB). E quem pagou a conta da operação foi o agora desafeto Tasso Jereissati, ex-senador do PSDB. As andanças de Ciro já custaram ao PSDB no Ceará a exata metade do cacife de Tasso no interior: 26 dos 52 prefeitos tucanos deixaram a legenda. A bancada federal - que já ostentou o título de maior do Brasil, quando tinha 14 deputados - hoje tem apenas um representante. E também há baixas na Assembleia Legislativa: dos oito estaduais eleitos pelo PSDB, sobraram apenas os dois dos quais Ciro fez questão de desdenhar publicamente.

Ao participar de um seminário sobre o desenvolvimento do sertão cearense, no início de outubro, Ciro disse que o ex-padrinho político 'não merecia' passar pela situação que amarga hoje, 'depois de tudo o que fez pelo Ceará'. Mas arrematou, em tom ácido: 'Não merecia ficar com dois deputados estaduais: um porque é parente e outro porque é doido e ninguém quer'. João Jaime, o 'parente' citado por Ciro, não protestou, mas o deputado estadual Fernando Hugo fez questão de rebater as declarações. Em nota, defendeu Tasso e lembrou que está no sexto mandato consecutivo na Assembleia. 'Tasso Jereissati foi traiçoeiramente apunhalado pelas costas pelos Judas Escariotes (sic) que estão no poder', escreveu Hugo, que devolveu a provocação. Além de lembrar que o 'mundo da honestidade é dos doidos', disse que nunca se prestou a 'lamber botas' de Lula, transferindo o título eleitoral como 'um capacho e serviçal'. (Do Estadão)




Vamos “beltramizar”?

O neologismo começa a ser usado no sentido de limpar, punir, dedetizar os ratos e as baratas da política

RUTH DE AQUINO
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RUTH DE AQUINO  é colunista de ÉPOCA raquino@edglobo.com.br (Foto: ÉPOCA)
Na linguagem comum, verbo é a palavra que exprime uma ação. Beltrame, secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, começa a ser conjugado por brasileiros comuns como verbo, no sentido de limpar, punir, dedetizar ratos e baratas da política. O neologismo não é meu, mas de uma leitora de Manaus, que me mandou um comentário após a ocupação da Rocinha e do Vidigal: “Tirar traficantes de morros é fácil. Quero ver a sociedade beltramizar os bandidos de Brasília”.
Procurei saber quem era a leitora inspirada. Elaine Giselle Cristina da Costa Haddad, de 41 anos, é solteira e tem uma filha de 21 anos. Formada em pedagogia. Consultora de cooperativas. “Seria excelente”, me disse Giselle, “se passássemos a conjugar o verbo em todos os tempos de nossa história.” No presente, eu beltramizo, tu beltramizas. Será que Dilma beltramiza ou contemporiza? Conseguirá a presidente adiar até a reforma de janeiro a saída de Carlos Lupi, o ministro desmemoriado do Trabalho que esquece até os amigos que oferecem jato e jantar para ele em casa, como o coitado do Adair? O mais incrível é que o tom da fala de Lupi agradou ao Planalto. Só porque ele deixou as bravatas em casa.
Toda vez que me refiro aqui aos bandidos de Brasília, os brasilienses do bem reagem indignados como se o alvo fosse a população. Que fique claro: não é quem vive na capital do Brasil que está sob suspeição, mas o que o Distrito Federal representa, como abrigo de malfeitores eleitos e nomeados. Muitos não são de lá. São forasteiros que aproveitam a impunidade histórica no país para desviar dinheiro público. Pode ser a compra de uma simples tapioca, uma festa picante em motel ou o uso irregular de jatos particulares. E daí se passa às grandes rapinagens de verba da Saúde, do Esporte e da Educação. Fora de Brasília, prefeitos roubam até quem tudo perdeu, como os desabrigados de enchentes em Teresópolis, que até hoje moram de favor na casa de amigos e parentes ou voltaram para a beira dos abismos.
“Se todos nós beltramizássemos nossos políticos”, diz a leitora Giselle, “não ficaríamos assistindo passivamente à farra de desvios, corrupção e políticas nada voltadas para a sociedade. Dia a dia, somos entupidos de notícias de que a saúde pública não assiste o povo, nossa educação é fraca e os riquinhos fraudam o Enem, a violência está aumentando na zona rural e interiorana. Vemos tudo isso e ficamos quietos, reclamando sozinhos, falando solitariamente, quando poderíamos estar beltramizando os bandidos de colarinhos.”
Ela não vê nada de mais na postura de Beltrame, por entender que “ser honesto e trabalhar em benefício do povo é um dever de quem faz parte de qualquer órgão público”. Giselle se chateia porque, enquanto elogiamos a ação de Beltrame na segurança, “não nos revoltamos na mesma medida contra os que fomentam o pior para a sociedade”.
O neologismo começa a ser usado no sentido de limpar, punir, dedetizar os ratos e as baratas da política 
Giselle é uma indignada do bem e tenta fazer sua parte nesta democracia virtual que às vezes peca pelo exagero, destempero e preconceito. No saldo final, o debate é muito positivo para todos, jornalistas ou não, que querem conhecer a voz das ruas. A sociedade aprende quando escuta anônimos. Esse radar popular ligado 24 horas por dia tem sido usado como termômetro pelos Poderes da República.
Quem tem acompanhado as revoltas dos indignados na Europa e nos Estados Unidos deve se perguntar se somos um povo excessivamente passivo, conformado ou, quem sabe, um povo apenas pacífico e alegre, sem vocação para levar pancada de cassetete ou chorar com bomba de gás lacrimogêneo. O que leva às ruas os jovens de um mundo desenvolvido, bem menos desigual? É a noção de que protestar contra o desemprego e a falta de representatividade política é legítimo. No Brasil, a economia vai bem. Mas protestos são vistos como ameaça à democracia, e o movimento contra a corrupção fica restrito à internet.
No campo ético, a pergunta é: vamos ou não beltramizar? O verbo também significa agir com transparência e não ser corporativista. Logo após a tumultuada prisão do Nem da Rocinha, em que todas as polícias pareciam disputar o mérito pela captura do bandido mais procurado do Rio, Beltrame solicitou à Corregedoria-Geral da União que investigue os procedimentos de delegados e policiais. Em vez de minimizar suspeitas e se gabar da impressionante reconquista sem tiros da Rocinha e do Vidigal, o secretário de Segurança pretende cobrar até o fim uma resposta à sociedade. A Polícia Federal investiga acusações de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro por policiais civis e advogados peritos, todos na cena da prisão.
É difícil ver a mesma postura entre políticos e juízes.





Enviado por Ricardo Noblat -
20.11.2011
| 7h36m
Política

Deu bode na festa

O ministro das Cidades usa o cargo e arranca patrocínio estatal para evento no interior da Bahia que promoveu os interesses políticos de sua família
Isabel Clemente, ÉPOCA
As festas do bode fazem parte da tradição do interior nordestino. Em muitas cidades, as comemorações misturam exposições dos caprinos com muita comida, música e concursos entre vaqueiros a pé laçando os animais soltos no mato.
A realização de uma dessas festas na semana passada em Paulo Afonso, município no norte da Bahia, mereceu a atenção de um ilustre representante da região, o ministro das Cidades, Mário Negromonte.
Os cartazes da 11ª Festa do Bode espalhados pelas ruas destacaram o nome e o cargo de Negromonte e do filho, o deputado estadual Mário Filho, ao lado dos logotipos de sete órgãos públicos apresentados como patrocinadores.
A exibição do nome dos dois políticos no cartaz de divulgação de uma festa paga, pelo menos em parte, com verbas oficiais, materializa uma situação delicada para um ministro ou um deputado. A legislação brasileira proíbe a promoção pessoal no exercício de cargos públicos. Veda também qualquer ato que possa ser caracterizado como campanha eleitoral antecipada.
Para entender o exato envolvimento do ministro das Cidades com o bode de Paulo Afonso, é importante reconstituir os antecedentes da festança. O assunto foi tratado publicamente por Negromonte na manhã do dia 22 de outubro, durante a inauguração de uma estação de piscicultura em Paulo Afonso, obra realizada com verbas do Ministério da Pesca e do governo da Bahia.
Acompanhado por Mário Filho, pela mulher, Ena Vilma, prefeita de Glória, município a 10 quilômetros de Paulo Afonso, e por vários outros aliados, Negromonte soube na ocasião que seu correligionário Delmiro do Bode, ex-vereador do PP, tinha dificuldades para obter patrocínio para a festa.
Delmiro é cabo eleitoral de Negromonte e responsável pela Coomab, cooperativa que fez a festa. Nos dias anteriores à inauguração da estação de piscicultura, tentava sem sucesso arrancar verbas de órgãos como a BR Distribuidora, o Banco do Nordeste e a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), uma estatal do grupo Eletrobras.
Na frente de várias pessoas, Negromonte deu um telefonema para a Chesf e falou com um interlocutor sobre os problemas da festa. À noite, o ministro e Delmiro do Bode estiveram juntos num encontro do PSL em Paulo Afonso. Ele estava acompanhado, mais uma vez, de Mário Filho.
Poucos dias depois, a Chesf autorizou a liberação de R$ 70 mil para o evento de Delmiro do Bode.

Leia a íntegra em Deu bode na festa



COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO, 20/11/2011 | 00:00


19/11/2011 | 09:35
ONG de deputado defensor de Lupi
ganhou R$ 4 milhões do seu ministério
O ministro Carlos Lupi (Trabalho) fez um convênio de R$ 4,09 milhões com a ONG Fedecma (Federação de Desenvolvimento das Organizações do Terceiro Setor do Maranhão), registrada em nome da mãe do deputado federal Weverton Rocha (PDT-MA), que era secretário da Juventude e dos Esportes do governador pedetista Jackson Lago, próximo de Lupi. O deputado é o principal defensor de Lupi, flagrado em várias mentiras. A informação é da Folha de S. Paulo. Segundo o cartório onde a ONG está registrada, a mãe do deputado continua responsável pela instituição e tem mandato de presidente até 2012. Segundo o portal da Transparência, do governo federal, dos R$ 4,09 milhões previstos, foram repassados R$ 3,179 milhões


Copa: Manaus
e Cuiabá têm
estádios mais caros

Os estádios construídos ou reformados com dinheiro público, para a Copa de 2014, são os mais caros, considerando-se o custo por cadeira. O de Manaus, com 43 mil lugares numa obra de R$ 533 milhões, cada cadeira custará R$ 12 mil. A arena do Pantanal, em Cuiabá, cada lugar custará R$ 11,8 mil (43 mil lugares por R$ 518 milhões). Quando o estádio é privado, o valor cai 90%: em Porto Alegre, sairá a R$ 4,8 mil cada uma das 60 mil cadeiras; o estádio, R$ 290 milhões.

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20/11/2011 | 00:00

No alambrado

O Itaquerão, do Corinthians, é particular, mas recebe dinheiro público, inclusive por renúncia fiscal: ali, o custo por cadeira sobe a R$ 13,8 mil.

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20/11/2011 | 00:00

Caminho das pedras

Em obras públicas, “termos aditivos” podem aumentar o custo em 25%, se for nova, e 50%, se for reforma. A maioria opta por reforma, sempre.

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20/11/2011 | 00:00

Duas pontas

No início da obra, em média, o custo da cadeira em estádio reformado (R$ 8,6 mil) é menor que no novo (R$ 11,3 mil), mas no final se inverte.

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20/11/2011 | 00:00

Listão

Entre os estádios reformados, o Maracanã é o mais caro, considerando o custo de cada lugar: R$ 11,5 mil; o de Curitiba (particular), R$ 5,5 mil.
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20/11/2011 | 00:00

Procura-se emprego

Com Carlos Lupi cambaleando e possível reforma ministerial à vista, Ciro Gomes aparece com boca solta e venenosa. Ainda no PSB e afastado da cúpula, agora está de olho em cargo no ministério.

20/11/2011 | 00:00

Os donos do Brasil

A pesquisa do IBGE mostrando que metade dos brasileiros tem renda per capita de até R$ 375 derruba o slogan do governo “País rico é país sem miséria”. Deveria mudar para “País rico é país com banqueiros”.

19/11/2011 | 11:40
Governo possui 23.579 cargos de confiança, aponta levantamento
Segundo levantamento do Ministério do Planejamento, requisitado pelo deputado José Antônio Reguffe (PDT-DF), existe 23.579 cargos de confiança no governo federal. É quase três vezes o total de postos equivalentes nos Estados Unidos.  E quase oitenta vezes o número da Inglaterra. O levantamento aponta que 2.157 dos 23.579 postos estão vagos - o que equivale a 9%. A informação é daRevista Veja.

domingo, 20 de novembro de 2011


Transferência de pepino tipicamente tucana.

"Estou muito à vontade com essa questão porque nem eu como governador fiz a licitação nem assinei o contrato, eu peguei já andando. Sérgio Avelleda nem funcionário do Metrô era."

Governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP), tirando o corpo fora da ação judicial contra as obras da Linha 5 do Metrô, paralisada por decisão judicial. Mostra muito bem o quanto os tucanos estão unidos em São Paulo.O contrato foi assinado por Alberto Goldman (ex-vice-governador de José Serra).


Chega de chororô e trololó: vá trabalhar, Dilma.

De uns tempos para cá, a "presidenta fortona" é um choro só. Às vezes real, como ao lançar sei lá qual programa com os olhos marejados na semana que passou ou na festa afrodescente quando declarou que a crise não pode reduzir os programas sociais. Mas é óbvio que não. É exatamente o contário. Em tempos de crise, é necessário proteger ainda mais os que mais necessitam. Para isso, basta cortar os cargos de confiança, estancar a corrupção que já derrubou sete ministros (um ainda respira por aparelhos), acabar com obras suntuosas como o trem-bala e fazer uma Copa do Mundo sem roubalheira. Além disso, a "presidenta fortona" deveria falar a verdade em vez de dizer que ""nós ficamos 20 anos no Brasil aceitando, de uma triste forma, que as conquistas sociais fossem paralisadas pela necessidade de reciclagem das dívidas soberanas da América Latina" (*). Neste período, foram criados todos os programas sociais que, depois, o PT unificou em torno da Bolsa Família. Isto tudo em plena recessão global e não durante as marolinhas que ela e o Lula enfrentaram. A "presidenta fortona" está antecipando a crise e não sabe direito o que fazer. Então corre a dizer que não vai cortar os programas sociais. Isto é conversa mole para ganhar a DRU. É hora do Congresso cobrar caro a arrrogância petista, que só derruba ministros de outros partidos. É hora de mandar a Dilma parar de chorar, de distorcer os fatos históricos e ir trabalhar.

(*) A frase da Dilma é um tapa na cara do banana do FHC. Toma pra aprender a ser oposição!


IMPLICANTE

Grampearam o Zé! Gravações mostram como Dirceu opera no meio empresarial, político e até artistico

Apontado pela Procuradoria Geral da República como o artífice do Mensalão, José Dirceu tenta se eximir de participação no esquema alegando ter influência reduzida junto ao governo petista. A tese defendida pelo ex-ministro fica cada vez mais distante da realidade a medida que surgem novas evidências que mostram Dirceu agindo com desenvoltura nos subterrâneos do poder.
Gravações feitas com autorização da justiça mostram a influência que o ex-ministro exerce sobre políticos, empresários e até artistas. Leiam o que informa o jornalista Mino Pedrosa do portal Quid Novi. Logo abaixo publicamos três diálogos que revelam como opera esse que é tido como o “chefe da quadrilha” do Mensalão de acordo com a Procuradoria Geral da República:
No início de 2012 será colocado em pauta no STF – Supremo Tribunal Federal o julgamento do maior escândalo de corrupção comprovado na política brasileira: o Mensalão do PT. O governo petista trabalhou fortemente na dança das cadeiras do Supremo e conta com o voto da maioria dos ministros para o arquivamento do processo. Mas não vai ser bem assim. O líder da organização criminosa seria o ex-ministro chefe da Casa Civil de Lula, José Dirceu, segundo o procurador geral da República Roberto Gurgel, que pediu a condenação dos 36 réus da ação penal 470 pelos crimes cometidos durante o Mensalão do PT.
“- As provas coligidas no curso do inquérito e da instrução criminal comprovaram, que, sem sombra de dúvida, José Dirceu agiu sempre no comando das ações dos demais integrantes dos núcleos político e operacional do grupo criminoso. Era enfim o chefe da quadrilha.” Palavras do procurador chefe do Ministério Público Federal.
O MPF não parou as investigações até a data de hoje. Em segredo, no Centro de Inteligência da Polícia Federal, tem horas de grampos telefônicos que mostram como José Dirceu age na condução estratégica do PT e junto aos grandes empresários que atendem as contas do Governo.
Enquanto isso, o governado de Brasília Agnelo Queiroz enfrenta uma enxurrada de denúncias que trouxe na bagagem política até chegar ao Buriti. Em menos de um ano, existem seis pedidos de impeachment na Câmara Legislativa.
No dia de seu aniversário, Agnelo foi a São Paulo e pediu a ajuda do todo poderoso do PT, José Dirceu. A base local do PT/DF trabalha fortemente pela derrocada do governador. O PT nacional precisava sinalizar que apoiava Agnelo mesmo nas horas difíceis. Zé Dirceu organizou um grupo de apoio e veio a Brasília prestigiar o Governador Agnelo, mas apresentou logo a fatura: emplacou na presidência do BRB Jacques Pena, ex-presidente da Fundação Banco do Banco do Brasil, e apadrinhado do deputado de Chico Vigilante e Erika Kokay.
No jantar promovido por Agnelo, Zé Dirceu e o presidente nacional do PT Rui Falcão marcaram presença, mas foram cautelosos. O BRB sofre uma intervenção velada, conforme noticiado com exclusividade pelo Quidnovi, está agora sob o comando do PT nacional.
Zé Dirceu ainda tem poder de ministro da Casa Civil e conta com a sua “mão esquerda” Ideli Salvaty, ministra das Relações Institucionais. Como “consultor empresarial” Zé Dirceu faz sucesso no exterior e recebe pagamentos milionários pelos seus serviços.
Tudo isso, está sob segredo no MPF. Nas vésperas do julgamento do Mensalão os maus feitos do guerrilheiro do passado virão à tona o que pode influenciar nas eleições de 2014.
Com certeza, nas eleições municipais do ano que vem o PT sofrerá baixas. O presidente Lula, em tratamento de saúde, acompanha passo a passo a faxina de Dilma e tem informações de como Zé Dirceu está operando nos bastidores da política. O que não se sabe é se Lula está de acordo não.
Zé Dirceu usou, esta semana, os mesmos métodos de Collor, estampando em camiseta dizeres contra a mídia tentando mostrar sua inocência. Foi assim que Collor se despediu do Planalto, na década de 90, com Zé Dirceu liderando a oposição.
Íntegra aqui.
Abaixo reproduzimos três áudios feitos com autorização judicial, e que serão anexados aos autos do processo que corre no STF:
O contrato de US$ 40 milhões:
As “boas relações” de Dirceu com a TV Record: 
Agradecimento pelas “graças alcançadas”:
É provável que novas gravações sejam divulgadas nos próximos dias. Nós do Implicante acompanharemos de perto os desdobramentos do caso.


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FRASE DO DIA
"Governo que chama conchavo político de 'governabilidade' e corrupção de 'malfeito' autoriza ministro a chamar mentira de 'lapso de memória'."
Regina Passarelli, leitora de O Globo

Enviado por Mary Zaidan -
20.11.2011
| 12h03m
Política

Moeda podre

Nem os países da zona do euro, nem o baque de 38% na geração de emprego formal. Nada, mas nada está tão em baixa quanto a cotação da moral, forçada pela alta acelerada dos índices de sem-vergonhice e da cara-de-pau.
E os personagens desse mercado nefasto - que têm como praxe realizar lucros taxando de criminoso o denunciante e não quem prevarica -, se superam dia após dia. Apóiam-se em regras que só valem para uns, no status dos menos iguais, certos de que os chamados “malfeitos”, quando punidos, só o são da boca para fora.
Esquizofrênico como o mercado financeiro em meio às crises, as ações do governo só fazem reforçar danos.
Com o ministro do Trabalho, a presidente Dilma Rousseff fez a cotação da mentira bater nos píncaros. Ela, a Câmara dos Deputados, o Senado, e, de resto, todo o país, ouviram mentiras, mais mentiras e outras mentiras de Carlos Lupi. Depois, as desmentiras. Ainda assim ou por isso mesmo, deu-se, sabe-se lá por que, sobrevida ao ministro.
Quase imbatível nesse mercado, o ex-ministro José Dirceu - réu do mensalão, apontado pela Procuradoria Geral da República como chefe da quadrilha -, carimbou a moralidade como praga daninha que gera lideranças funestas, ao discursar no 2º Congresso da Juventude do PT. “Lutas moralistas” teriam embalado Jânio Quadros e Collor de Mello, esse último cassado exatamente por um levante popular contra a corrupção. Mas isso, é claro, Dirceu não disse.
Na mesma balada, o presidente da Juventude do PT, Valdemir Pascoal, qualificou as denúncias de corrupção como “golpe das elites”. E, mais uma vez, a grande imprensa, a danada da mídia, materializou-se ali como um capeta a ser exorcizado.
Não por obra do acaso, na mesma semana, a idéia fixa da regulação da mídia voltou à tona em palestra do ex-ministro de Comunicação, Franklin Martins, no Congresso de Metalúrgicos de São Bernardo do Campo. E Dirceu, sempre ele, elegeu a imprensa como “partido da mídia”.
Nas contas dos marqueteiros do governo, com a falação em torno da faxina ética Dilma já capitalizou o máximo que podia. Nessa seara, a ordem é continuar alimentando a idéia de conspiração contra o governo. No mais, é não perturbar aliados, garantir a aprovação de matérias-chaves, como a DRU, a lei da Copa, o orçamento. E quando tiver de mexer em alguma coisa, continuar trocando seis por meia dúzia.
Mas regras de mercado costumam ser draconianas. As ações lastreadas em valores morais podem estar em baixa, mas, como metais nobres, são resistentes e jamais perdem o valor de face. As de ocasião são voláteis. Delas nascem as bolhas que estouram.

Mary Zaidan é jornalista, trabalhou nos jornais O Globo e O Estado de S. Paulo, em Brasília. Foi assessora de imprensa do governador Mario Covas em duas campanhas e ao longo de todo o seu período no Palácio dos Bandeirantes. Há cinco anos coordena o atendimento da área pública da agência 'Lu Fernandes Comunicação e Imprensa, @maryzaidan

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Estênio Negreiros
Fortaleza,CE
Quando você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é recompensada e a honestidade se converte em auto-sacrifício, então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada.” (Ayn Rand - 1905-1982)





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