sábado, 29 de outubro de 2011

POLITIZAÇÃO SETORIAL - Jornalista Scarcela Jorge


NOBRES: Sempre coloco em evidência fatos em discussão situando igualmente distinguidos no plano nacional. Muitos gostam que se coloquem em pauta os variáveis assuntos da terrinha, como se fosse estes os únicos a serem abordados isentando questões de ordem no país. Também seriamos incoerentes abdicar de nossas questões, porém, trazemos a lume quando haja comportamento. Deixando essas “considerações” implícitas vamos aos reportando de

uma temática que magnificamente a todos interessa. - O estado democrático que evidenciamos-. Na visão de muitos historiadores coincide teoricamente que democracia é uma suposta universal em que os Estados não abrem mão da forma de dominação e exploração, tanto interna como externa. A idéia de que democracia é a garantia do exercício da lei e de vários direitos, da liberdade civil e de políticos eleitos pelo sufrágio universal e por maioria numérica, em eleições regulares. São conceitos filosóficos e que na prática é bem diferente. A democracia sofreu uma transformação no seu curso. Para que se efetive de fato é necessária a manutenção dos mecanismos de controle exercidos por movimentos e mobilizações coletivas. Urge a necessária “participação” da imprensa por meio de “conduzir a opinião pública. A imprensa tem poder de mobilizar em sentido generativo milhões de pessoas, em levar à tona aquilo que muitos governos gostariam esconder. Ela também pode colocar em relevo que está encoberto ou escuso. Por outro lado a imprensa também pode ser nociva, quando detém o monopólio da informação, se coloca de forma parcial diante de um fato distorce ou camufla pontos de vistas e legitima programas, projetos ou governos em favor dos interesses de uma elite minoritária ou legisla em causa própria. No plano nacional tivemos a “Era do sensacionalismo” constituía-se desta forma na manipulação e na condução em prol de um projeto ou programa que certo meio de comunicação julga melhor para toda sociedade. Exemplo disto, na história passadas poucas décadas, foi à criação de “heróis” que caçavam “marajás” – e que se diga, acabou se perdendo na primeira caçada. Porque era apenas um espectro projetado por veículos monocráticos. Apesar dos deslizes na apresentação da verdade, a democracia resiste, mesmo com alcance limitado. Ainda sobrevive cambaleante. Sabemos que, em política, não “mocinhos” e nem “bandidos”. Existem políticos. – Em uma campanha política, especialmente nas eleições de 2012 – voltamos a velha retórica -: escolha maior não está no mais bonito ou bem preparado, e nem está, no que ocupou mais ou menos cargos eletivos. Está no projeto de sociedade que cada um carrega com maior ou menor afinidade com a maioria de uma sociedade sofrida e negligenciada. É aí que reside a “amarração democrática” nem sempre uma eleição vai ser a garantia de que a saúde e a educação vão melhorar, porque muitos políticos teimam em “gerenciar” e não “governar”. Por tudo isso, é uma visão um tanto mesquinha e simplista do que seja a educação, como se pudéssemos resumi-la à empregabilidade. A educação é condição fundamental ao desenvolvimento social e intelectual de um povo. A educação, refém do mercado faz o cidadão também refém da opinião pública, muitas vezes contrária ao interesse da sociedade. A educação deve ser libertadora. A cidadania deve ser aquela de participação, do poder de decisão, de fazer escolhas sociais e políticas e não somente econômicas. Uma boa formação proporciona aos sujeitos autonomia e poder de decisão. Dá esperança e poder de discernimento, reforça os laços democráticos e, de quebra, enfraquece ações mercantilistas ao mesmo tempo fortalecendo a democracia.
Antônio Scarcela Jorge

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