NOBRES: Faço questão de me alongar
e de enfadar aos nossos leitores no sentido de tecer os nossos comentários que
faz parte permanente do contexto materializado ao longo dos anos. Ainda criança
por volta de 1960, ouvia através do rádio na nossa casa através de um potente
receptor adquirido por meu pai Joaquim Scarcela Portela para deleite da nossa
família. Dentro do emaranhado programático de diversas “estações de rádio” se
evidenciava o quadro
político, com destaque, as propagandas eleitorais, às eleições presidenciais daquele ano. O que nos despertou as atenções –
para mim não foi só o conteúdo, (conceito sano de infante) - e sim, por “-achar
bonita a melodia! -” em que se colocavam como carro-chefe da campanha de Janio
Quadros, um dos candidatos à presidência da República. – “O homem da
vassoura vem aí”. ‘Por força natural não poderia fazer ciência do estado
que transcorria naquela década’. - Inaugurando o momento que as ações corruptas
estavam se evidenciando adquirindo forças agregadas aos Poderes Eletivos. Decorridos
cinqüenta e um anos a corrupção se potencializou, encontrou herdeiros e
formalizou um poder paralelo entre os poderes constituídos do Estado
brasileiro. Essa alusão, até podemos dizer de instinto de sentimentalismo e se
instar em fatos concretos pousados no presente contexto político corrupto da
nação. Essa alusão coincide com os fatos
elevados na campanha eleitoral de Janio elemento em que alçou a sua vitória as
urnas eleitorais de 60 para a presidência da República. – a bem da verdade - ao
assumir Janio desconsiderou totalmente “uma promessa” que deveria ser de sua
estima e de vez, e como é de regra, ignorou a sociedade naquela época. Faço
referência “as coisas da política” no
país, os seus conceitos se tornaram imutáveis. O fluxo da razão é que a
presidente Dilma Rousseff se apresentou assertiva quando “rejeitou” a
qualificação de faxina e preferiu a vassourada. São fatos comuns, mas se
delimitam de um tema de campanha daqueles idos, a ação de que tem a força de poder
– de Presidente da República -. A Presidente com “faxina ou vassourada” demitiu
de seu ministério os titulares remanescentes da primeira fornada ética. No modo
presidencial de ver o momento brasileiro, “faxina tem hora para começar, porém,
suficiente para apanhar ninguém com a mão na grana. Faxina é uma atividade
essencialmente da “rotina” domestica. Obrigação. Meter a mão também virou
rotina. A enfadada oposição ainda não entendeu e se contrasta com a opinião
pública. Parece ter entendido pelo avesso em que se vê. Na opinião da
Presidenta Dilma, a diferença entre faxina e limpeza é que esta é permanente. A
circunstância deve ser levada em consideração e ela prefere o efeito detergente
das denuncias para chegar a corrupção e atacar o cupim da República. Dá para
entender a razão pela qual a presidenta não embarcou na “canoa” de investir no “bullying”
do petismo para instalar no controle social da mídia. Basta apenas o controle
de “censurar” apenas pelo diretores (donos) dos meios de comunicação tupiniquim,
que sempre agem de acordo com suas negociatas. Por se tratar de um conteúdo
interno dessas “empresas” ela não requer espécie. Deve ter sido por aí que a vitória
eleitoral trincou a unidade subjetiva que fazia transparecer que ela e o
ex-presidente Lula eram gêmeos”. Hoje a diferença começou a prevalecer nas
palavras entre ela e Lula e ainda por encaminhar ações e posições antagônicas. Além
da aparência, pouco nos une, e muito no fundo, já os separa. Ela defende a
moralidade pública, ele defende acima de tudo o “entendimento” mesmo que seja
imoral. Está aí o resultado: a desmoralização da política pelos próprios
políticos. Seja por omissão ou por meterem a mão. Estabelece a mesma razão de
ser; por exemplo: vem de encontro a proliferação de partidos, essa é uma
questão essencialmente implícita para formação de uma base de sustentação no
Congresso implantada no regime misto de presidencialismo e de parlamentarismo
que jamais dará certo. Em virtude disso, quanto mais partidos, está
demonstrado, melhor para confundir as aparências, aí não se faz distinções para
esses “feitos”. A confusão foi plantada nos espíritos, e a política já se
destina a enriquecer primeiro, os que a fazem: - Para os eleitores o que sobrar
dos orçamentos e os escândalos -. Um mandato presidencial já é pouco para pagar
em prestações, o apoio ao governo eleito na mesma safra dos votos; aí também se
destina a seus entes federalizados. (estados e municípios) é uma triste
constatação. Entretanto na hora de escolher, entre meia dúzia de pretendentes
aos cargos de ministros e os de aparente conteúdo técnico, os partidos oferecem
os nomes, e o (ou a,) a presidenta não tem como escolher melhor, porque todos
se nivelam por baixo. Tanta coincidência! ‘é tomada pelos seus entes
governamentais – governador e prefeito’ “exceções a parte” formalizam suas
nomeações principalmente em “obediência” ao ultimo critério. Por final a
sociedade tem que se contentar com o menos ruim, (com pedido de desculpa pelo desrespeito
gramatical) e se dê por felizardo se consegue um que salve as aparências. Por
razões explícitas se vislumbra uma cultura política onde valores éticos são
ainda comprometedores.
Antônio
Scarcela Jorge
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