domingo, 9 de outubro de 2011

“O HOMEM DA VASSOURA A SENHORA DA FAXINA” MEIO SÉCULO DE COMBATE A CORRUPÇÃO - Jorn. Scarcela Jorge


NOBRES: Faço questão de me alongar e de enfadar aos nossos leitores no sentido de tecer os nossos comentários que faz parte permanente do contexto materializado ao longo dos anos. Ainda criança por volta de 1960, ouvia através do rádio na nossa casa através de um potente receptor adquirido por meu pai Joaquim Scarcela Portela para deleite da nossa família. Dentro do emaranhado programático de diversas “estações de rádio” se evidenciava o quadro

político, com destaque, as propagandas eleitorais, às eleições presidenciais daquele ano. O que nos despertou as atenções – para mim não foi só o conteúdo, (conceito sano de infante) - e sim, por “-achar bonita a melodia! -” em que se colocavam como carro-chefe da campanha de Janio Quadros, um dos candidatos à presidência da República. – “O homem da vassoura vem aí”. ‘Por força natural não poderia fazer ciência do estado que transcorria naquela década’. - Inaugurando o momento que as ações corruptas estavam se evidenciando adquirindo forças agregadas aos Poderes Eletivos. Decorridos cinqüenta e um anos a corrupção se potencializou, encontrou herdeiros e formalizou um poder paralelo entre os poderes constituídos do Estado brasileiro. Essa alusão, até podemos dizer de instinto de sentimentalismo e se instar em fatos concretos pousados no presente contexto político corrupto da nação.  Essa alusão coincide com os fatos elevados na campanha eleitoral de Janio elemento em que alçou a sua vitória as urnas eleitorais de 60 para a presidência da República. – a bem da verdade - ao assumir Janio desconsiderou totalmente “uma promessa” que deveria ser de sua estima e de vez, e como é de regra, ignorou a sociedade naquela época. Faço referência “as coisas da política” no país, os seus conceitos se tornaram imutáveis. O fluxo da razão é que a presidente Dilma Rousseff se apresentou assertiva quando “rejeitou” a qualificação de faxina e preferiu a vassourada. São fatos comuns, mas se delimitam de um tema de campanha daqueles idos, a ação de que tem a força de poder – de Presidente da República -. A Presidente com “faxina ou vassourada” demitiu de seu ministério os titulares remanescentes da primeira fornada ética. No modo presidencial de ver o momento brasileiro, “faxina tem hora para começar, porém, suficiente para apanhar ninguém com a mão na grana. Faxina é uma atividade essencialmente da “rotina” domestica. Obrigação. Meter a mão também virou rotina. A enfadada oposição ainda não entendeu e se contrasta com a opinião pública. Parece ter entendido pelo avesso em que se vê. Na opinião da Presidenta Dilma, a diferença entre faxina e limpeza é que esta é permanente. A circunstância deve ser levada em consideração e ela prefere o efeito detergente das denuncias para chegar a corrupção e atacar o cupim da República. Dá para entender a razão pela qual a presidenta não embarcou na “canoa” de investir no “bullying” do petismo para instalar no controle social da mídia. Basta apenas o controle de “censurar” apenas pelo diretores (donos) dos meios de comunicação tupiniquim, que sempre agem de acordo com suas negociatas. Por se tratar de um conteúdo interno dessas “empresas” ela não requer espécie. Deve ter sido por aí que a vitória eleitoral trincou a unidade subjetiva que fazia transparecer que ela e o ex-presidente Lula eram gêmeos”. Hoje a diferença começou a prevalecer nas palavras entre ela e Lula e ainda por encaminhar ações e posições antagônicas. Além da aparência, pouco nos une, e muito no fundo, já os separa. Ela defende a moralidade pública, ele defende acima de tudo o “entendimento” mesmo que seja imoral. Está aí o resultado: a desmoralização da política pelos próprios políticos. Seja por omissão ou por meterem a mão. Estabelece a mesma razão de ser; por exemplo: vem de encontro a proliferação de partidos, essa é uma questão essencialmente implícita para formação de uma base de sustentação no Congresso implantada no regime misto de presidencialismo e de parlamentarismo que jamais dará certo. Em virtude disso, quanto mais partidos, está demonstrado, melhor para confundir as aparências, aí não se faz distinções para esses “feitos”. A confusão foi plantada nos espíritos, e a política já se destina a enriquecer primeiro, os que a fazem: - Para os eleitores o que sobrar dos orçamentos e os escândalos -. Um mandato presidencial já é pouco para pagar em prestações, o apoio ao governo eleito na mesma safra dos votos; aí também se destina a seus entes federalizados. (estados e municípios) é uma triste constatação. Entretanto na hora de escolher, entre meia dúzia de pretendentes aos cargos de ministros e os de aparente conteúdo técnico, os partidos oferecem os nomes, e o (ou a,) a presidenta não tem como escolher melhor, porque todos se nivelam por baixo. Tanta coincidência! ‘é tomada pelos seus entes governamentais – governador e prefeito’ “exceções a parte” formalizam suas nomeações principalmente em “obediência” ao ultimo critério. Por final a sociedade tem que se contentar com o menos ruim, (com pedido de desculpa pelo desrespeito gramatical) e se dê por felizardo se consegue um que salve as aparências. Por razões explícitas se vislumbra uma cultura política onde valores éticos são ainda comprometedores.
Antônio Scarcela Jorge                 

Nenhum comentário:

Postar um comentário