segunda-feira, 12 de setembro de 2011

PÉROLAS DO ESTÊNIO

 O Autor e conferencista Leo Buscaglia certa ocasião falou de um concurso em que tinha sido convidado como jurado.
 O objetivo era escolher a criança mais cuidadosa.
  Eis alguns dos vencedores:
 1. Um garoto de 4 anos tinha um vizinho idoso 

ao lado, cuja esposa havia falecido recentemente. Ao vê-lo chorar, o menino foi para o quintal dele, e simplesmente sentou-se em seu colo. 
Quando a mãe perguntou a ele o que havia dito ao velhinho, ele respondeu:
- Nada. Só o ajudei a chorar.


2. Os alunos da professora de primeira série Debbie Moon estavam examinando uma foto de família. Uma das crianças da foto tinha os cabelos de cor bem diferente dos demais. Alguém logo sugeriu que essa criança tivesse sido adotada. Logo uma menina falou:- Sei tudo sobre adoção, porque eu fui adotada. Logo outro aluno perguntou-lhe:- O que significa "ser adotado"?
- Significa - disse a menina - que você cresceu no coração de sua mãe, e não na barriga!


3. Sempre que estou decepcionado com meu lugar na vida, eu paro e penso no pequeno Jamie Scott. Jamie estava disputando um papel na peça da escola. Sua mãe me disse que tinha procurado preparar seu coração, mas ela temia que ele não fosse escolhido.No dia em que os papéis foram escolhidos, eu fui com ela para buscá-lo na escola. Jamie correu para a mãe, com os olhos brilhando de orgulho e emoção:- Adivinha o quê, mãe!E disse aquelas palavras que continuariam a ser uma lição para mim:
- Eu fui escolhido para bater palmas e espalhar a alegria!

4. Conta uma testemunha ocular de Nova York :Num frio dia de dezembro, alguns anos atrás, um rapazinho de cerca de 10 anos, descalço, estava em pé em frente a uma loja de sapatos, olhando a vitrina e tremendo de frio. Uma senhora se aproximou do rapaz e disse:- Você está com pensamento tão profundo, olhando essa vitrina!- Eu estava pedindo a Deus para me dar um par de sapatos - respondeu o garoto...A senhora tomou-o pela mão, entrou na loja e pediu ao atendente para dar meia duzia de pares de meias para o menino. Ela também perguntou se poderia conseguir-lhe uma bacia com água e uma toalha. O balconista rapidamente atendeu-a e ela levou o garoto para a parte detrás da loja e, tirando as luvas, se ajoelhou e lavou seus pés pequenos e secou-os com a toalha. Nesse meio tempo, o empregado havia trazido as meias. Calçando-as nos pés do garoto, ela também comprou-lhe um par de sapatos. Ela amarrou os outros pares de meias e entregou-lhe. Deu um tapinha carinhoso em sua cabeça e disse:- Sem dúvida, vai ser mais confortável agora. Como ela logo se virou para ir, o garoto segurou-lhe a mão, olhou seu rosto diretamente, com lágrimas nos olhos e perguntou:
- Você é a mulher de Deus?

A vida é curta, quebre regras, perdoe rapidamente, beije lentamente, ame de verdade, ria descontrolavelmente, e nunca pare de sorrir, por mais estranho que seja o motivo. E lembre-se que não há prazer sem riscos. A vida pode não ser a festa que esperávamos, mas uma vez que estamos aqui, temos que comemorar!!!


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segunda-feira, 12 de setembro de 2011 | 03:53

A capital do livro

Sebastião Nery
PARIS – O espírito sempre foi mais forte do que a matéria. Não adianta a máquina imaginar que matou o livro. Quando Gutenberg inventou a imprensa, a impressão,  também se pensou que o livro estava morto. E os velhos e sábios monges medievais provaram que o livro é eterno como a Bíblia, que em grego quer dizer ‘O Livro’.
Neste momento, no mundo inteiro, 4 mil pessoas exercem uma profissão como se fosse um sacerdócio: a encadernação e restauração artística de livros. E exatamente hoje, 13 de setembro, aqui na França, mais de 1000 deles se reúnem numa Bienal Mundial em reverência ao livro.
Em 1992, no país Basco, na Espanha,  realizou-se a primeira  “Bienal Mundial de Encadernação de Arte”. A partir de 2004 ela se transferiu para a França nas “Biennales Mondiales de la Reliure d’Art , realizadas na encantadora  Saint Remy les Chevreuse, nos arredores de Paris.
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BIENAL MUNDIAL
De dois em dois anos, é proposta aos encadernadores profissionais e amadores, a edição de uma obra da literatura francesa, com tiragem limitada e numerada de 1000 exemplares. Cada concorrente tem, portanto, dois anos para imaginar, criar, realizar e enviar seu livro com capa e confecção de sua escolha, para um júri internacional que distribui 15 mil euros em 10 prêmios. Todos os livros são expostos, premiados ou não.
Dois anos atrás, 2009, o livro escolhido foi ‘Le Mariage de Figaro’, de Beaumarchais. O deste ano é ‘Fables Choisis’, de La Fontaine.
Um salão de fornecedores permitirá aos amantes da encadernação, da cartonagem, da emolduração, encontrar todos os materiais necessários ao exercício de sua mais do que profissão, paixão.
A revista francesa internacional  ‘Art et Métier du Livre’ divulga todas as fases da Bienal Mundial, que este ano já é a 11ª.
Não por acaso, Paris é reconhecida no mundo inteiro como ‘a cidade do livro’ e a brilhante escritora Betty Milan, em ‘Paris Não Acaba Nunca’ (Editora Record, Rio) lembra muito bem que ‘todo escritor é parisiense, ‘parhisiense’ por sua relação com a palavra, pois ‘parrhisia’ em grego significa ‘a liberdade de falar’.
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ESCRITORES
1 –  ‘Paris perpetua a memória dos escritores, consagrando-lhes museus, dando seus nomes as ruas, esculpindo-as, indicando com placas suas residências e os enterrando no Pantheon, como Rousseau, Voltaire, Victor Hugo, Emile Zola e Jaures’.    
2 – ‘A casa que foi de Balzac, de 1840 a 1847, é hoje o Museu Balzac. O apartamento da Place de Vosges onde Victor Hugo escreveu ‘Os Miseráveis’ foi transformada em museu. Há museus e ruas a eles consagrados, como Rue Corneille, Rue Racine, Rue Moliere, Boulevard Diderot, Quais Voltaire.
3 -  Na frente da Soborne, Montaigne esculpido em bronze, sentado de braços e pernas cruzados, um livro fechado nas mãos, e o olhar de quem medita, perpetuou na base de sua estátua a declaração de amor a Paris: - ‘Só sou francês por causa desta grande cidade’.
4 – ‘No museu Rodin, Paris reverencia Balzac, e o número 17 da Rue Visconti lembra que ele ali estabeleceu a sua gráfica. Como o número 30 da Rue du Dragon diz que Victor Hugo morou ali em 1921. Na Rue de Beaux- Arts  viveu Oscar Wilde. E Robert Desnos, o poeta francês preso pela Gestapo e deportado para o campo de concentração ‘morreu por amar a liberdade, o progresso e a justiça’ como está gravado na Rue Mazarine’.
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BEATRIZ
Em 2009, na 10ª Bienal, pela primeira vez um brasileiro, no caso uma brasileira, a carioca Beatriz Rabello, foi premiada: recebeu o quinto prêmio, único do Brasil e da América Latina.
Este ano, pela segunda vez, Beatriz Rabello foi premiada, com o quinto premio  agora na companhia de outro  brasileiro,  o encadernador Marco Antonio Pedrosa, os dois únicos do Brasil e da América Latina.
Dia 17, sábado, em Saint Remy les Chevreuse, os dois , já aqui em Paris , receberão os prêmios da União Européia. Eu vim também para o champanhe porque, por acaso, ela é minha mulher.

 

 

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R$ 27.852.989,08

O POVO dá as cifras do desfalque nas verbas que (não) iam para obras do Dnit-CE. O caso completou um ano e a fase de depoimentos de testemunhas à Justiça já começou. A partir de hoje, numa série especial, você terá noção de como foi desviado, segundo a CGU, o dinheiro público que deveria manter nossas estradas
12.09.2011| 01:30
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Até então, era segredo o tamanho do rombo que engolia milhões de reais do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) por fraudes nas obras das BRs cearenses. Não havia se falado das cifras com exatidão. O escândalo estourou em agosto de 2010, quando a Polícia Federal anunciou a chamada Operação Mão Dupla. Prendeu empreiteiros e mais 11 servidores, num esquema de corrupção que percorria diversos contratos do órgão. Agora, um ano depois, aparecem as medidas oficiais da cratera deixada nos cofres públicos.

O desfalque, calculado pela Controladoria Geral da União por pagamento de serviços não comprovados e danos ao erário, chegou a R$ 27.852.989,08 (vinte e sete milhões, oitocentos e cinquenta e dois mil, novecentos e oitenta e nove reais e nove centavos). Ou, no mínimo, esse valor todo. Ainda há investigações em andamento na própria CGU, Polícia Federal e Ministério Público Federal. Nesse fosso, a CGU diz que R$ 13.056.626,96 sumiram em trabalhos não executados e outros R$ 14.796.362,12 deveriam ter sido cobrados em impostos às construtoras e aos personagens da história.

A Controladoria chegou ao número dissecando 17 contratos do Dnit postos em suspeição. Os relatórios foram trabalhados a partir de julho de 2010 e concluídos em fevereiro deste ano. Os R$ 27,8 milhões dados como desviados, representam 9,78% do total desses contratos, que somados chegavam a R$ 284.788.136,73. Os serviços, os mais diversos, foram, seriam ou estavam sendo executados nas BRs 222, 226, 020, 116, 304 e na ponte que liga a Praia do Futuro à Sabiaguaba. Os contratos não haviam sido pagos integralmente. Tão logo a Operação Mão Dupla foi anunciada, a Justiça Federal reteve repasses pendentes.

O POVO obteve, com exclusividade, relatórios da CGU que dimensionam a rede de propinas e rotinas ilícitas que teriam sido praticadas diariamente entre construtoras, fiscais e engenheiros do Dnit, e que envolviam inclusive a própria cúpula do órgão federal. São descrições das investigações policiais e dos documentos da Controladoria. Os documentos são de fevereiro último e assinados por Alexandre Landim Filho, chefe substituto da Controladoria Regional da União no Ceará.

Pelo que dizem CGU e PF, havia um dia-a-dia de relação estreita entre as partes denunciadas, para além do que estava nos contratos públicos: construtoras que supostamente se locupletavam e presenteavam a contento pelo menos oito servidores, suas mulheres, filhos(as) e até amores clandestinos. São 22 pessoas e mais nove empresas processadas, em uma ação cível (de improbidade administrativa) e outra penal. Tramitam, respectivamente, na 1ª e 11ª Varas da Justiça Federal. Mas as duas histórias se entrelaçam o tempo inteiro.

Presentes e amantes
A investigação sustentou que firmas contratadas bancavam o aluguel e abastecimento de veículos para quem fosse importante ao esquema dentro do Dnit. Havia despesa regular nas construtoras para isso, anotada em cadernos e agendas de secretárias. Os empreiteiros também custeavam hotéis e passagens aéreas, para fiscais, supervisores, seus familiares ou amadas clandestinas, ou mesmo almoços de cortesia. Tudo entrou na contabilidade do escândalo, segundo a CGU. As provas também aparecem em vasto material apreendido nas residências dos acusados, em escritórios das construtoras e em interceptações telefônicas autorizadas judicialmente.

Entre as constatações na inspeção da CGU, os relatórios apontam: “medição de serviços não executados, beneficiando a empresa (...) com o valor de R$ 2.629.386,10”; “evolução patrimonial incompatível...”; “superfaturamento”; “venda de placas de sinalização a empresas contratadas pelo Dnit-CE, por intermédio de empresa aberta em nome do filho do fiscal do contrato”; “direcionamento de resultado de processo licitatório”. No total, foram 93 irregularidades listadas nos 17 contratos. Só um dos contratos teve 11 ilicitudes apontadas.

A quantia milionária e as constatações exuberantes da fraude sinalizam o porquê de tantos buracos nas BRs cearenses, à época em que o caso veio à tona. Há cerca de quatro meses, o próprio governador Cid Gomes, comprou briga com o então ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento. Reclamou publicamente que as estradas federais do Nordeste só apareciam ruins no território cearense. A presidente Dilma Rousseff, já após dispensar o ministro, deu razão a Cid.


O QUÊ

ENTENDA A NOTÍCIA
Há um ano, servidores do Dnit-CE e pessoas ligadas a construtoras foram presas na Operação Mão Dupla. À época, a PF agiu em sete Estados, executou 52 mandados de busca e apreensão, 26 de prisão temporária e uma de prisão preventiva. Naqueles dias, as “provas robustas” ainda apontavam desvio de R$ 5 milhões, cinco vezes e meia menor que o cálculo do desfalque, feito pela CGU.

 

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Sua roupa foi feita na Ásia? Cuidado!

Publicado em 12/09/2011 - 5:24 por Egídio Serpa | Comentar

Aos cearenses que compram confecções importadas da Ásia, principalmente da China:
Elas têm um tingimento que faz mal à saúde.
É a advertência do Sindicato da Indústria Têxtil do Ceará
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segunda-feira, 12 de setembro de 2011

PT que já tem financiamento de estatal é contra PT que quer a Petrobras, Banco do Brasil, Caixa financiando campanhas.

Vejam só quem está reclamando: um senador da Bahia. Sabem onde o José Gabrielli, presidente da Petrobras, enterra mais dinheiro em patrocínios e eventos? Ganha uma fitinha do Senhor do Bomfim quem adivinhar primeiro.

Setores do PT trabalham para que empresas estatais possam financiar campanhas eleitorais. A ideia é criar um fundo constituído com recursos governamentais e por doações de empresas privadas e de pessoas físicas para bancar campanhas para presidente, governadores, prefeitos, deputados e vereadores.Prevista no relatório do deputado Henrique Fontana (PT-RS), relator da reforma política na Câmara, a criação do Fundo de Financiamento de Campanhas Eleitorais (FFCE) é tão polêmica que desperta reações nos partidos aliados do governo Dilma Rousseff e até no PT. 'Não é por vias transversas, como as estatais, que vamos ter o financiamento público', diz o senador Wellington Dias (PT-PI). 'Não dá para pôr empresa estatal no fundo. Não acredito que o financiamento público seja aprovado no Congresso', opina o senador Walter Pinheiro (PT-BA). Leia mais aqui.



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Da Coluna do Cláudio Humberto

12/09/2011 | 00:00
Lupi deve cair
sob suspeição ou
por inutilidade
No governo, a queda do ministro Carlos Lupi (Trabalho) é considerada iminente. Se resistir às denúncias sobre negócios com a Fundação Pró-Cerrado, até porque a “faxina ética” está suspensa, Lupi cairá por inutilidade: “cada dia menor”, como definiu um dirigente do PDT a esta coluna, Lupi na prática já foi substituído pelo ministro Gilberto Carvalho nos assuntos do setor, envolvendo centrais sindicais ou o Congresso.

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12/09/2011 | 00:00
Faz-de-conta
A única atividade de Carlos Lupi como ministro é divulgar os índices mensais de emprego. Ele acha que a geração de empregos é obra sua.

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12/09/2011 | 00:00
Paralisação
O Ministério do Trabalho está paralisado desde que o próprio governo começou a averiguar graves suspeitas de irregularidades.

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12/09/2011 | 00:00
Nem te conheço
Indagada pelo Planalto, a Força Sindical do deputado Paulinho (PDT-SP) lavou as mãos: nem sequer tem cargos no Ministério do Trabalho.

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12/09/2011 | 00:00
A PF vem aí
A Polícia Federal deve investigar suspeita de corrupção envolvendo Marcelo Panella, ex-chefe de gabinete de Carlos Lupi.

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12/09/2011 | 00:00
Atas de fundação
do PSD têm mesmo assinaturas falsas
Ao menos duas assinaturas de fundadores do PSD são falsas, segundo atestou o perito Ricardo Molina, confirmando suspeitas sobre a lisura do registro. Ele encontrou claras diferenças entre as assinaturas de Marcos Cintra e Cláudio Lembo nas atas de adesão e fundação do partido, atesta relatório em poder da coluna. “É certo que não foi o mesmo punho que produziu as duas assinaturas”, diz o documento.

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12/09/2011 | 00:00
Sobram mãos
Renomado perito, Ricardo Molina diz terem sido encontradas nas duas assinaturas “divergências significativas no confronto”.

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12/09/2011 | 00:00
Indícios no papel
Na ata de adesão, patrocinada por Gilberto Kassab, “o traçado é irregular” e há “indícios consistentes de não autenticidade”, diz Molina.



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Enviado por Mary Zaidan -
11.9.2011
| 15h02m
Política
Descrição: http://oglobo.globo.com/blogs/arquivos_upload/2011/09/129_318-129-1452-129-1940-Zaidan.jpgAté o fim deste mês a Câmara dos Deputados deve votar a vinculação de recursos para a saúde, a PEC 29, defendida nos palanques eleitorais do governo e da oposição. Agora, perto da decisão, a emenda virou batata quente. Parlamentares, mesmo da base aliada, nem pensam em rejeitá-la. Muito menos a presidente Dilma Rousseff. Ainda que ameace vetá-la e invoque a responsabilidade orçamentária caso não se criem novas fontes de financiamento.
Seria elogiável se não fosse falácia.
O governo Dilma só trabalha com a hipótese da ressurreição da CPMF, travestida de CSS (Contribuição Social para a Saúde). Deixa a criatividade correr solta. De alíquotas maiores para bebidas alcoólicas e cigarros até recursos de um pré-sal que está muito longe de sair do fundo do mar. Mas joga pesado em prol da reabilitação do imposto do cheque.
Quer porque quer de volta os R$ 40 bilhões ao ano que Lula viu escorrer pelos dedos quando, em 2007, o Senado se negou a revalidar a CPMF. Perder esse quinhão às vésperas do ano eleitoral magoou profundamente o ex-presidente.
A conta do fim da CPMF foi compensada pelos sucessivos recordes de recolhimento de impostos. Já em 2008, não fazia mais falta. Agora, em 2011, é quase absurdo falar em reforço externo de caixa para a saúde quando a alta real da arrecadação federal foi de 13,98% nos seis primeiros meses do ano, descontada a inflação medida pelo IPCA. O caixa no semestre engordou mais de R$ 56 bilhões, número muito superior ao reivindicado como adicional para a saúde.
Isso sem contar os estimados R$ 40 bilhões que descem pelo ralo da corrupção e o gigantismo do Estado, com 38 ministérios, perto de criar o 39º, alguns deles moldados apenas para abrigar companheiros.
O da Pesca, por exemplo, gasta R$ 7,2 milhões por ano só na locação de um prédio em Brasília onde quase mil funcionários dão expediente sem conseguir vender o peixe. E os resultados do pescado nacional só pioram. Neste ano, a exportação está na casa de R$ 40 milhões e a importação supera os R$ 540 milhões. Mas a pasta foi utilíssima para acarinhar Ideli Salvatti (PT-SC) depois da derrota eleitoral e para acomodar o ex-ministro das Relações Institucionais, Luiz Sérgio, no inédito troca-troca com a mesma Ideli.
Criado como IPMF em 1993, reeditado em 1997 como CPMF, o tributo pouco ou quase nada fez pela saúde. Nem no governo FHC, nem no governo Lula.
O Brasil tem a 14ª maior carga tributária do mundo. Arrecada-se muito, cada vez mais. Gasta-se muito e mal. Novos impostos não consertam a má gestão, mas podem acabar de vez com a saúde de quem paga a conta.

Mary Zaidan é jornalista, trabalhou nos jornais O Globo e O Estado de S. Paulo, em Brasília. Foi assessora de imprensa do governador Mario Covas em duas campanhas e ao longo de todo o seu período no Palácio dos Bandeirantes. Há cinco anos coordena o atendimento da área pública da agência 'Lu Fernandes Comunicação e Imprensa, @maryzaidan

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Estênio Negreiros
Fortaleza,CE


"As leis são como as teias de aranha; os pequenos insetos prendem-se nelas, e os grandes rasgam-nas sem custo”. (Anacaris, sábio grego, da Antiguidade
)


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