quinta-feira, 25 de agosto de 2011

SEGMENTO DA SOCIEDADE IMPASSÍVEL- Jornalista Scarcela Jorge


NOBRES: Ao tomar conhecimento dos dados da transparência internacional que indicam que o Brasil pode responder por mais de 40% de todo o dinheiro movimentado pela corrupção do mundo. Fator deveras ser muito grave para o “quadro” que ora se desenha. Com certeza, grande parte desse dinheiro é surrupiar por políticos corruptos dos cofres públicos. Talvez por isso muitos cidadãos estejam deixando de

 acreditar na política. Assim, a atividade política passa a ser vista pejorativamente. É contraditório. No momento em que mais de pode participar da política, mais desconfiança ela desperta. Há pouco mais de duas décadas a democracia foi apresentada como a solução para os males do país., mas hoje impera frustrações. A principal delas é que a democracia – isto é, o governo da maioria do povo. – está entregue as elites. Pior: parte dessa elite está na política só para locupletar-se dos bens públicos. Com efeito, em qualquer sondagem aos brasileiros sobre que eles pensam a respeito da política, provavelmente dirão que é um lucrativo meio de sobrevivência. Basta vê, aqui, nos noticiosos locais algumas pessoas, figuras manjadas na política que nada produziram  de fundamental para sociedade, prova essa que jamais conseguiram ter sucesso em suas candidaturas nos pleitos anteriores, usam claramente o meio de defesa de seus “patronos” com elogios fartos sobre suas ações, tão somente eles estejam transparentemente, resguardando os seus interesses, mas o povo não é besta, e essas pessoas nunca tiveram a credibilidade da população. Por esta lógica razão, se completa com a visão de quem quer “entrar” e ou permanecer para política para “se dar bem” faz parte do imaginário popular. Por outro lado, fica mais claro pelo tom irônico que a maioria das discussões sobre a política assume. Na mídia, por exemplo, geralmente predomina o debate sensacionalista sobre até os casos de corrupção. A corrupção é a verdadeira face política brasileira? Os políticos profissionais teimam em dizer que não. É difícil acreditar, pois o que se vê por todos os lados políticos brigando por poder, cargos, recursos públicos. Assim, nas composições dos governos pouco de pensa em construir condições de governança, mas sobram artimanhas para acomodar os interesses das tidas lideranças políticas. Será que este quadro não muda? A ganância por benesses públicas que move alguns políticos e que são eles, os que mancham a política. Talvez tais políticos não sejam a maioria; contudo, é o tipo de postura deles que retrata a política. Por isso, muitos se afastam da política, principalmente os cidadãos honestos. O que muitos cidadãos não sabem é que essa aversão à política abre brechas para os corruptos. Vale refletir: será que a política está infestada de corruptos por que os bons cidadãos abandonaram? Hoje a moda dizer que não se importa com a política na verdade os “politicamente corretos” não querem nem saber do que se passa no cenário político. A corrupção na política pode ter causas culturais, estruturais, morais. Não convém delongar aqui sobre isso. Só vale dizer: a corrupção se origina em sociedades onde o povo se priva da vida pública e se enclausura numa moralidade hedonista. A vida privada, com seus inúmeros afazeres, consumos e preocupações, é motor dos indivíduos de hoje. Não resta tempo para discutir temas públicos. Há muita gente preocupada com o emprego mais rentável, com o desfecho da telenovela das nove. Mas se pergunta em quem votou na última eleição, ninguém lembra. Preocupar-se com as coisas da vida não é ruim, o problema é que esse interesse exclusivo e frenético pela “própria vida” está gerando cidadãos alienados. Como é maravilhoso para os corruptos saberem que os cidadãos estão ocupados demais com suas próprias vidinhas. Temos que exercitar a própria cidadania como seguiu nesta cidade, o portal de resistência da corrupção que imperou no nosso município, em que pessoas de nossa sociedade partiram em frente e não deixaram os corruptos imperarem, como tudo fazia acreditar, no inicio, foram poucos a tremular a bandeira de cidadania. Não vou nominá-los para não incorrer em injustiça para os demais, foram representações da sociedade de todas as categorias, que foi exemplo para todo o Brasil. Com esta lição não podemos por hipótese nenhuma é jamais desprezar a política. Vamos levantar a questão mais bem adiante, nas esferas estaduais e nacionais, não desprezar como cidadãos pela política que os corruptos se fiam. Afinal, por pior que seja o escândalo de corrupção, eles confiam que os cidadãos vão esquecer e já tem gente bem aqui, que apostam nisso. Vêm aí às eleições municipais de 2012 será um pleito em que a sociedade eleitoral deverá concentrar outros modos para os destinos da municipalidade. Em sentido globalizado alertamos para os cidadãos que viram as costas à corrupção na política e a questão pública fica um recado. Cedo ou tarde vocês vão precisar de emprego, de segurança pública que está cambaleante por força estrutural, também, de hospital de escola de aposentadoria, de estradas, mas não encontraram prontamente. Aí perguntamos: onde foram para nossos impostos? Cadê o dinheiro público? Corrupto - ou corruptos desfalcaram! - Aí a ficha vai cair, mais cedo ou mais tarde, temos certeza disso. Estamos apenas no começo.
Antônio Scarcela Jorge

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