segunda-feira, 15 de agosto de 2011

PÉROLAS DO ESTÊNIO


Vomitar na autoridade

Sebastião Nery
Bosco Braga, advogado, bravo suplente do senador Humberto Lucena, do PMDB da Paraíba, foi a Campina Grande, fez comício:
- Ofereceram salários, os retirantes foram para as frentes de trabalho, deram duro e até hoje o 

governo não pagou. São uns caloteiros. Quem diz que paga e não paga, o que é que é? Os retirantes gritavam: – Xexeiro!
A Polícia Federal não gostou, prendeu Bosco Braga e levou para João Pessoa. No caminho, os policiais puxaram conversa, Bosco Braga não abriu a boca. Em João Pessoa, na Superintendência, a mesma coisa. O delegado interrogava, nada. Oferecia água, nada. Mandou buscar o almoço, nada. E Bosco Braga já com dois dias em greve de palavra e de fome.
A notícia chegou a Brasília, Humberto Lucena procurou Tancredo Neves, que procurou o ministro da Justiça, o mineiro Abi Ackel, que tomou providências e, afinal, Bosco Braga foi solto, sem abrir a boca.
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BOSCO BRAGA
O advogado João Bosco Tenório, colega de faculdade, vereador cassado de Recife, foi visitá-lo:
- Braga, por que é que você fez greve de fome e não falou nada?
- Não fiz greve nenhuma. Eu não podia era abrir a boca. Nunca bebi. Em Campina Grande, depois do comício, fui a uma buchada, deram-me cachaça, bebi, passei mal. Quando a Federal chegou de manhã, eu estava arrebentado. Fiquei com medo de abrir a boca e vomitar na autoridade.
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PELOURINHO
Durante décadas, os governos federal, estadual e municipal, o IPHAN (Patrimônio Histórico), universidades e sobretudo artistas e empreendedores culturais investiram para salvar o Pelourinho, o Centro Histórico de Salvador. E o pais é testemunha do ressurgimento que houve.
De repente, ganha as eleições o Jaques Wagner, uma anta cultural, com seu PT que só cuida de negócios, comissões, boquinhas e dossiês. Durante quatro anos não fincaram um prego. O Pelourinho voltou a desmoronar. No ano passado, na véspera da eleição, apareceu lá o Lula para “lançar” (sic) um “Plano de Recuperação do Centro Antigo de Salvador”
Ferreira Gullar tem razão. Sãos uns “farsantes”.
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“AFUNHANHAR”

Não adiantou tentar esconder. Lula nunca explicou por que,  humilhando e desrespeitando o PT, fez de Dilma sua candidata. Perguntado, sempre despistava. Depois, a Dilma acabou confessando. Lula a escolheu porque acha que ela é a mais capaz de “afunhanhar” (sic!) o pais.
E que palavrão é esse? Perguntem a ela. Ela é a dona do palavrão.
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SARNEY
Sarney anda muito azarado. Deve ser castigo do céu. Vocês viram de que cidade é, onde nasceu, o “Monstro do Maranhão”, que teve filhos com a filha e netas? Pois é de Pinheiro, também terra de Sarney. Te esconjuro! Desse jeito, todos acabam vomitando em autoridade.

 

 

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Capitalismo social é um novo paradigma, um novo Contrato Social. Ninguém está proibido de ser rico e ninguém será obrigado a amargar a pobreza.

Martim Berto Fuchs 
Há o mundo espiritual e o mundo físico. O ser humano é espírito. Nós precisamos saber desta realidade, que não pode mais ser escamoteada  pelo Estado e pelas proprias religiões. Da reencarnação já se sabe há mais de 5 mil anos. Cabala, rosa-cruzes, maçons, budistas, essênios… e os seguidores de Jesus, espírito de muita luz.
Quem distorceu essa realidade aqui no mundo ocidental foi o Imperador Romano Constantino, ao sentir a crescente influência dos seguidores  da Boa Nova (Evangelho) de Jesus. Criaram e mantiveram sob seu domínio a Igreja Universal (Católica) Apostólica Romana, enquanto Império Romano.
Juntaram os livros escritos pelos seguidores de Jesus num só (Bíblia), obviamente selecionando-os e interpretando-os a seu modo. No tempo de Jesus, o povo da Palestina comunicava-se em aramaico, utilizava o hebraico na leitura e estudos e o grego no comércio.
Todas as religiões ditas cristãs, que consideraram Jesus como filho único, como cristo (o ungido, o messias) baseiam-se nos livros (Bíblia) compilados por ordem de Constantino. Logo, o encobrimento está na raiz. E, aparentemente, não sabem como ou não têm humildade para reconhecê-lo. Ou não se interessam. 
Entre os sistemas sociais, a monarquia absolutista vem desde o antigo Egito, apenas mudando de nome. Foi violentamente enfrentada com a Revolução Francesa, mas novamente mudaram de nome, passando para uma monarquia republicana, aceitando hipoteticamente na Corte os representantes da classe média e os pobres, que até então não faziam parte do butim, e, escolhendo o Rei, guardião da chave do cofre, não mais entre os membros de uma família e sim entre os comensais. 
Já o capitalismo selvagem surgiu naturalmente, com o aparente fim dos feudos e o surgimento dos burgos; a sua evolução foi lenta, impondo-se com o início da industrialização. Os burgueses, após os aristocratas, foram o segundo grupo a usufruir das benesses do Poder da Corte. Até hoje. 
E o comunismo/socialismo, que alguns insistem em comparar com a missão crística desempenhada pelo espírito de luz, aqui na terra chamado de Jesus, esquecem o fundamental. Mesmo nos textos somente escritos após o desencarne dele e traduzidos para o latim na montagem da Bíblia, não se lê a palavra de ordem do comunismo, qual seja, supressão dos contrários. O comunismo tomou emprestado e impôs à coletividade a humildade e a pobreza. Mas não para os dirigentes. Na verdade foi uma involução, pois não passa de modernização do feudalismo. 
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O SER HUMANO COMO OBJETIVO
O capitalismo social tem o capitalismo como sistema econômico e o ser humano como objetivo, com seu livre-arbítrio, evolução constante, acatando as leis humanas por ele aprovadas, conhecedor dos seus direitos e obrigações na coletividade.  
A república democrática, na sua correta aplicação, viria em substituição à nossa monarquia republicana e aos visíveis esforços em prol de um regime totalitário de esquerda, travestido de democrata, onde o social é usado como pretexto. 
O Estado seria do tamanho ideal, nem mínimo nem máximo. A serviço da coletividade e por ela mantido para cumprir seu papel, e não o inverso, onde estamos mantendo um Estado paquidérmico e que aumenta ano a ano, sugando todos os recursos coletados e como um fim em si mesmo. 
Os atuais três poderes precisam ser repensados, para adaptação às necessidades do regime que chamaríamos de capitalismo social, que será um aperfeiçoamento dos sistemas políticos existentes e que já se mostram ultrapassados e ineficientes para países como o Brasil.
Os candidatos a cargos eletivos, por exemplo, deveriam passar por uma seleção de provas de qualificação. Que nenhum diploma escolar seja exigido, mas o candidato precisa comprovar que sabe ler, escrever e interpretar textos que dizem respeito à atividade que pretende exercer. Afinal, está se candidatando para criar ou aprovar leis que regerão os destinos da sociedade, ou para administrar o poder público. Portanto, deve estar apto a fazê-lo.
Também não é possível continuar existindo financiamento de empresários a campanhas eleitorais, distorcendo todo o sistema e tornando desiguais as chances dos candidatos. Só deveria existir financiamento público e comum a todos os candidatos, para que os cidadãos sejam realmente iguais, na forma da lei.
E os direitos sociais também devem ser igualitários, com as mesmas regras regendo os servidores públicos e os trabalhadores da iniciativa privada, inclusive no tocante ao sistema previdenciário, sem privilégios para nenhuma categoria profissional, em nenhuma hipótese, salvo nas atividades que importam em risco de vida ou excessivo desgaste físico ou mental. Por que os magistrados podem ter 60 dias de férias, por exemplo? O que explica ou justifica tal regalia? 
Estas são reflexões e considerações que a meu ver merecem debate, para que haja um efetivo aprimoramento da sociedade contemporânea, que mais de 2 mil anos depois dos ensinamentos de Cristo, com toda certeza ainda deixa muito a desejar.

 

 

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Rio, a Chicago de Al Capone, 1929, um império do crime

Pedro do Coutto
O brutal assassinato da juíza Patrícia Acioli, sejam quais forem os culpados pela execução, traição e omissão que levaram ao crime, remete o Rio de Janeiro à densa atmosfera de terror de Chicago, 1929, quando Al Capone imperava determinando a morte de pessoas, a destruição de lojas cujos donos não aceitavam a extorsão, mandando e desmandando. Hoje, em meio ao luto em nosso estado nos deparamos com um gravíssimo retrocesso no espaço e no tempo.
Reportagem excepcional, de grande  importância jornalística, foi a publicada pelo O Globo de sábado, assinada por Ana Cláudia Costa, Atos Moura, Carla Rocha, Elenice Botari, Sérgio Ramalho, Vera Araujo, Chico Otávio e Antonio Werneck. Magnífico trabalho. Envolveu todos os ângulos essenciais da questão. Foram 21 tiros contra a vida humana, contra a Justiça, contra a civilização, contra a sociedade brasileira. Toda população foi simultaneamente ameaçada e atingida.
Um gravíssimo retrocesso no tempo e no espaço com o ressurgimento de métodos semelhantes aos de oitenta anos atrás. Os criminosos selam seu destino, título de antiga coluna de O Globo, e o destino dos outros. No caso  o terrível desfecho de Patrícia Acioli, a mais recente vítima do crime organizado. O estilo é idêntico ao de Alfonse Capone que, de capanga de John Torio, a quem depois assassinou, assumiu o comando do crime e partiu para a extorsão, cobrança por falsa proteção, exploração de atividades ilegais, domínio sobre a comunidade, torturas e assassinatos. Silêncio das testemunhas. Enfim tudo o que se pode reunir de pior no comportamento humano. Execução de magistrados, promotores e policiais honestos.
A Polícia da capital de Illinois estava parcial e sordidamente cooptada. O presidente Herbert Hoover reagiu sem êxito ao império do crime. Mas seu sucessor em 32, Franklin Roosevelt, acionou os federais. Entraram em cena os intocáveis de Elliot Ness, cuja atuação saneadora e decisiva inspirou obras cinematográficas de alto valor artístico e político. Capone terminou sendo preso em 34, cumpriu pena até 1947. Morreu pouco depois. Estou fazendo o cotejo de duas épocas porque possuem conotações idênticas, caráter semelhante, além da falta desta qualidade comum na Chicago de ontem, rotineira em nosso país de hoje. Duas faces no mesmo espelho.
A segurança pública daquela cidade americana fracassou. A do RJ está fracassando. O assassinato da juíza Patrícia Acioli comprova o desastre e diminui, por reflexo político, o êxito das UPPS do governo Sérgio Cabral. Pois deixa claro que elas atuam apenas pontualmente, partindo de uma trégua tática em torno do trafico  de drogas e suas armas, mas longe de resultados estruturais concretos como a população espera e exige. Tem direito a exigir, pois desembolsa impostos para isso e, em vários casos, paga também com a própria vida. O caso de Patrícia constitui um emblema e um exemplo.
Emblema de insegurança, exemplo da absoluta impossibilidade de se negociar – seja lá o que for – com bandidos, traficantes, extorquidores, chantagistas e ladrões. E mesmo com corruptos de várias espécies. Este, inclusive, é o desafio por parte do crime e seus múltiplos aspectos. Não se dirige somente ao governador Sérgio Cabral, dirige-se também a todos os governadores e à presidente Dilma Roussef.
Não importa que os criminosos atuem em faixas sociais diferentes, tanto faz ladrões de casaca, ou facínoras do lúmpen. São, todos eles, violadores da lei, destruidores da civilização e, direta ou indiretamente, da sociedade e da vida humana. Como na pérfida emboscada que roubou a vida de Patrícia Acioli.


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Hoje Lula lança oficialmente o Instituto Lula. Deve ter levado para lá a prateleira de projetos de que tanto falava e que ainda não apareceram. Mais aquele crucifixo que ele botou no caminhão de mudanças, no dia em que foi embora. Mas uma coisa é certa: Antônio Palocci, ex-ministro dele e de Dilma, terá assento no Conselho. Vai orientar Lula a como multiplicar o patrimônio por vinte, da noite para o dia. Vai nada. Vai mais é aprender com Lula, que é um mestre em finanças, como tem provado nos últimos meses, faturando mais de R$ 5 milhões dando palestras para fornecedores do seu governo, para multinacionais beneficiadas por ele com mudanças de lei e para outros doadores de suas campanhas. Palocci, o porquinho burrinho, vai tomar um banho de loja no Instituto Lula.
Nos últimos finais de semana, os ministérios corruptos do governo Dilma não fazem outra coisa a não ser emitir notas oficiais quando as principais revistas chegam às bancas. No sábado, saiu nota oficial do Ministério da Agricultura sobre os ronaldinhos do Wagner Rossi e a sua estupenda mansão. Leia aqui. O Ministério do Turismo também teve que dar explicações sobre convênios suspeitos que envolvem diretamente o ministro que paga suruba em motel com dinheiro público.Leia aqui. Mas a melhor de todas é a da Polícia Federal. Se você ainda não leu, clique aqui.




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Líderes avisam que liberar emendas não acaba a crise
Nem mesmo o líder do PT, deputado Paulo Teixeira (SP), acredita que a crise entre o governo Dilma e o Congresso será resolvida com a liberação das emendas parlamentares, prometida para esta segunda-feira pela ministra Ideli Salvatti
(Relações Institucionais) e confirmada pelo secretário-geral Gilberto Carvalho. O líder do PR, Lincoln Portela (MG), diz que o problema não é dinheiro. É a falta de respeito.
   
15/08/2011 | 00:00
Fogo amigo
“O PT não precisa de emendas, os outros sim”, provoca Paulo Teixeira. Partido aliado, o PMDB continua a obstruir a pauta na Câmara.
   
15/08/2011 | 00:00
Interpretações...
Portela, líder do PR, citou a “hermenêutica” para reclamar. “O problema não é só a Dilma. Os ministros não atendem bem aos parlamentares”.
   
15/08/2011 | 00:00
Pequeno grande homem
Corre em Brasília piada de que a PF não prendeu o ministro Pedro Novais (Turismo) porque ele não estava à altura dos investigados.

   
15/08/2011 | 00:00
Exemplo
Cinco meses depois do tsunami, autoridades do Japão anunciam conclusão da reconstrução. Já na região serrana do Rio...
15/08/2011 | 00:00
Em pé de guerra
O governador Cid Gomes (CE) e a prefeita Luizianne Lins (Fortaleza) estão à beira de um rompimento. De novo.
15/08/2011 | 00:00
Lista dos turistas
Técnicos do Tribunal de Contas da União avaliam que a relação de lista de emendas parlamentares sob suspeita de fraudes pode levar mais de cem deputados federais a ficarem sob investigação.




"O PR saiu do céu, mas não vai para o inferno. Pagará os seus pecados no purgatório."Senador Blairo Maggi (PR-MT
Enviado por Ricardo Noblat -
15.8.2011
| 8h02m
Comentário

Um dos donatários do Poder, ocupante de amplo e luxuoso imóvel numa das áreas mais nobres de Brasília, registra com letra miúda em um caderno de capa preta dura os relatos que lhe chegam regularmente sobre memoráveis reprimendas aplicadas por Dilma Rousseff em seus auxiliares desde que tomou posse há oito meses como presidente da República.
Não. Não peçam que eu revele o nome do (a) aplicado (a) cronista da Corte. Ele (a) cumpre sua missão com gosto, paciência e de olho na posteridade.
Adianto apenas que é partidário (a) de Dilma. E que a ajuda vez por outra. Jamais foi alvo de uma descompostura presidencial. Não teria cabimento.
E pronto. Mais não digo.
O “Caderno das Reprimendas de Dilma Rousseff”, inaugurado em fevereiro último, reúne 16 histórias até agora. Acompanha cada uma delas uma espécie de ficha técnica com data, hora, local e personagens.
Três histórias seguem contadas aqui de forma resumida, suprimidos ou trocados alguns dos seus termos menos elegantes.
Dilma despacha com Maria do Rosário, ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. Em discussão, a Comissão da Verdade a ser criada pelo Congresso para esclarecer casos de violação de direitos humanos durante a ditadura militar (1964-1985).
Diante de algo que a ministra diz, Dilma perde a paciência:
- Cale sua boca. Você não entende disso. Só fala besteira.
Dilma despacha com Ideli Salvatti no dia seguinte à sua nomeação para o ministério das Relações Institucionais. Leitora atenta de jornais, ela sabia o que Ideli dissera na véspera aos jornalistas. E não gostara.
Queixou-se: “Na primeira coletiva que você dá vai logo dizendo bobagem... Imagine nas próximas".
Dilma despacha com Antonio Patriota, ministro das Relações Exteriores. Quer saber em que pé andam as discussões na ONU sobre países fornecedores de insumos nucleares.
Lá pelas tantas, irritada, interrompe Patriota e o adverte: “Ou você e sua turma dão um jeito nisso ou então demito toda aquela itamarateca".
Sarney foi um presidente de fino trato. Assim como FH. Collor era formal. Contrariado, ficava pálido. Mas não estourava com seus auxiliares.
Lula estourava, sim. Não o constrangia destratar Gilberto Carvalho, seu assessor mais próximo, em meio a uma reunião ministerial. Depois pedia desculpas.
Por ora, não há registro de pedido de desculpas feito por Dilma. Nem mesmo ao ministro Cezar Peluso, presidente do Supremo Tribunal Federal.
Outro dia, Peluso telefonou duas vezes para Dilma. Que não lhe deu retorno. Devia estar muito ocupada, suponho. Ou sua assessoria falhou.
O estilo Dilma tensiona o governo e assusta os políticos em geral. A maioria deles está convencida de que ela enveredou por um caminho perigoso. Qual?
O de posar de guardiã do interesse público em oposição a uma classe política que só pretende dilapidá-lo. O governo é bom. O Congresso está repleto de vilões.
De mãos postas, o ex-ministro José Dirceu nega a autoria de uma previsão que circulou em Brasília na semana passada: “Se Dilma continuar assim, correrá o risco de não concluir o mandato”.
Mas a frase que ele não disse está na boca de políticos de partidos que apoiam o governo. Eles só não têm coragem de repeti-la em voz alta.
Estão acuados por uma presidente que não disfarça seu desprezo por eles, que os mantém à distância, que resiste a atender aos seus pedidos por cargos e dinheiro para pequenas obras, e que, por último, parece gostar de se exibir fantasiada de “faxineira ética”.
É verdade que a faxina estancou às portas dos redutos do PMDB...
Os partidos que apoiam o governo não querem briga com Dilma. Querem o que tiveram em todos os governos: fatias do poder, respeito e afagos.
Dispensam beijo na boca.
Se não forem capazes de se entender com Dilma mesmo assim não a abandonarão. Não têm para onde ir.
De resto, 2014 é logo ali. E Lula... Ah, Lula, suspiram os partidos da base aliada! Que falta você faz!

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