quinta-feira, 21 de julho de 2011

REUNIÃO NO INFERNO - ataque às famílias e religiosos (Zé Matos)

                  Diante da entrada dos comandantes do mal supremo, os participantes da assembléia imediatamente se postaram de joelhos, com cabeça baixa, em demonstração de submissão e respeito. Os dois chefes se posicionaram em local de destaque ( ... ) O silêncio era absoluto. Polifemo deu início à reunião:

                 - Hoje, temos uma oportunidade ímpar, 

com a visita de nosso comandante Érebo que conduzirá a reunião e trará importantes lições de aprendizado, pois tem largo espaço de tempo no conhecimento do mal que cada ser humano agasalha em seu íntimo por meio do egoísmo, do rancor, da inveja, da maledicência, do ódio e da vingança. A palavra é dele:
              
                 - Sabemos que a fé de muitas criaturas é fraca, falou Èrebo; em outros, é cega; e existem aqueles que não resistem a uma tribulação mais forte, a uma perda prematura de um ente querido, à dificuldade financeira e à doença incurável. Aqueles que têm fé fraca são um alvo fácil, basta criar um fator de complicação em sua vida que desanimam e se tornam descrentes de tudo, presas fáceis em nossas mãos. Compreenderam? bradou mais uma vez, para em seguida prosseguir:

                " - Sexo! Ah! O sexo, vocês sabem, é um dos pontos de maior fraqueza do ser humano. A tentação do sexo fora do casamento, o sexo promíscuo, o sexo na mente de pessoas pervertidas, a atuação mais forte para criar a dependência e a compulsão sexual que tira o raciocínio lógico da criatura que apenas deseja o prazer, custe o que custar. Vocês sabem que poucos resistem a uma boa investida e a uma tentação bem articulada. Posso dizer isso porque conheço a natureza humana e não é de hoje. Não aceitarei, em hipótese alguma, fracassos.

                  - Uma sociedade como um todo começa a desmoronar quando o lar perde a importância em seu contexto geral ( ... ) O veículo que hoje atinge a sociedade é a televisão. O resultado tem sido magnífico. Programas com fachadas de populares foram criados, exaltando valores superfluos, a liberalidade sexual, a importância do sucesso material a qualquer custo, o despropósito da castidade e dos bons princípios, a esperteza para sempre levar vantagens e o enaltecimento das futilidades e dos falsos heróis. Os pais não se incomodam quando seus filhos saem para baladas e não têm hora para voltar. A bebida, as drogas, o sexo descompromissado e a liberação dos sentidos primitivos são um prato cheio para que nosso pessoal possa agir a vontade! O respeito aos mais velhos é motivo de sarcasmo, os educados devem ser ridicularizados e os que buscam seriedade e estudo são chamados de nerds, os quais devem ser motivos de chacotas.

                  - Por trás de qualquer comunidade sempre existe uma instituição religiosa que busca dificultar nosso trabalho, arrebanhando fiéis para suas fileiras. Se for igreja católica, aproximem-se do padre, de um modo geral, em seu íntimo existe algum mal escondido. Explorem as fraquezas inconfessáveis. O mesmo se aplica aos pastores evangélicos. Vejam o que pregam e depois verifiquem como agem no dia a dia, inclusive em seus lares, como pais e esposos. Alguns são verdadeiros poços de vaidade e orgulho. Não há núcleo evangélico que resista ao egoismo, à vaidade e a desarmonia, e quanto aos espíritas, explorar suas fraquezas, enaltecer suas qualidades, para aflorar a soberba e suas vaidades. Os espíritas gostam de elogios e precisamos faze-los crer que são o máximo, fazendo ouvidos surdos às críticas, irritando-se com as contrariedades, mas sorrindo para os elogios, que devemos explorar. A maioria deles não perdeu o antigo gosto pelo poder que apenas a humildade pode destruir. Devemos explorar ao máximo a vaidade. Vaidade e inveja formam uma dupla de dar inveja. Gostam de elogios, dos holofotes e de estar em evidência, demonstrando arrogância disfarçada de sabedoria e conhecimento. Devemos envolver os frequentadores nas futilidades, no falatório e na maledicência; os trabalhadores, nos melindres e fofocas; os dirigentes na vaidade e soberba, sem esquecer o sexo desvirtuado. 

             José Matos, extraído do livro O SÉTIMO SELO, de Antonio Demarchi/Irmão Virgílio. 20.07.2011  

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