domingo, 31 de julho de 2011

PÉROLAS DO ESTÊNIO


FRASE DO DIA
"Meu Deus! Me tira daqui. Eles (repórteres) já estão me cercando".
Paulo Sérgio Passos, ministro dos Transportes, sexta-feira, na reunião de balanço do PAC

Enviado por Mary Zaidan - Política

Política técnica

Toda vez que dirigentes públicos são 


flagrados na boca da botija lambendo o mel que não lhes pertence, insiste-se na falácia da opção por quadros técnicos em detrimento dos políticos. Quando agem como gafanhotos famintos então, o tecnicismo vira solução única. Uma enganação conhecida que a presidente Dilma Rousseff repete para tentar prolongar os aplausos que tem recebido desde que iniciou a tal faxina no Ministério dos Transportes.

Faxina que até agora se limitou às demissões. Nenhum processo, nenhuma nova investigação, nenhuma prisão. Bate-se o tapete sujo na soleira da porta e tudo resolvido. Ninguém responde por nada, não há qualquer punição. (Aliás, por onde anda o ex-ministro Antonio Palocci?)

Tudo fica como dantes no quartel de Abrantes, que, a partir de agora, está limpo e garantido porque não serão os políticos – essa corja – que ocuparão o Dnit.

Além de deseducador, já que amplia a sensação de que não há conserto, todo político é ladrão e pronto, afastando ainda mais os cidadãos de bem da política, o truque joga sobre todos a culpa de alguns. Cria-se a falsa noção de que os cargos de livre nomeação não são políticos e de que técnicos são menos vulneráveis à corrupção.

De quebra, beneficia-se diretamente a presidente, que chegou ao posto número 1 do país como se técnica fosse, e do tipo que tem aversão à política.

Mentira pura.

Dilma fez política a vida inteira. Desde os idos da juventude revolucionária. Pode até não gostar da lida diária da política partidária, trabalhosa, chata. Até porque, em sua personalidade sobressai o viés autoritário, o bater na mesa, dar ordens, governar no grito. Prática muito distante dos afagos tão cultivados por seu padrinho e antecessor.

Chega a ser curioso ver os chamados técnicos vendidos como mágicos que saneiam as bandidagens dos políticos. A intenção de nomeá-los ganha destaque na mídia, como se eles resolvessem todas as mazelas.

Desconsidera-se que não existe nomeação técnica. Ainda que existisse, por detrás de um técnico sempre está um político, aquele que o indicou. Estão as cotas partidárias ou pessoais. O Dnit é a prova cabal disso. Eram técnicos e não políticos as duas dezenas de demitidos.

Nesta semana devem ser anunciados os novos diretores do Dnit. Todos com perfil técnico, como determinou a presidente Dilma em mais uma grande encenação.

Na verdade, a discussão inútil sobre perfis técnico ou político esconde o essencial: o que não pode é roubar. E isso deveria valer para todos.



Mary Zaidan é jornalista, trabalhou nos jornais O Globo e O Estado de S. Paulo, em Brasília. Foi assessora de imprensa do governador Mario Covas em duas campanhas e ao longo de todo o seu período no Palácio dos Bandeirantes. Há cinco anos coordena o atendimento da área pública da agência 'Lu Fernandes Comunicação e Imprensa, @maryzaidan

 

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Quase nada pronto para a Copa

Socrates 30 de julho de 2011 às 10:29h
Tá bom! Vi alguma coisa dos jogos militares e fiquei em dúvida se todos ali eram ou são militares mesmo. Não estou aqui colocando dúvidas a mais do que aquelas que já as tenho, mas me parece que muitas equipes foram formadas por militares de última hora.
Ou será que muito me engano sobre o País onde nasci e cresci e que culturalmente jamais estimulou, com ênfase, alguém a se tornar militar, a não ser aqueles casos de famílias inteiras de militares. Mas deixa isso para lá, apesar de achar que até a Olimpíada do Rio alguém vai querer comparar a “evolução” no quadro de medalhas dos Jogos Militares com o do outro grande evento, já que dos primeiros jogos em Roma trouxemos uma quantidade irrisória de medalhas e agora tivemos mais de cem.
Para quem não anda muito esperto é um “prato cheio”. Esperto mesmo é, porém, o “dono do Brasil”. Muitos podem ter dó do citado senhor, achando que ele sofre da síndrome do colo irritável, já que joga tanta coisa no ventilador. A despeito da pose de senhorio, ele não tem nem mesmo algum tipo de certidão, se é que ela existe, pois em caso positivo teria de comprar uma das mais graduadas para compensar a sua falta de “modos”, como diria minha avó. Mesmo assim acredito que não adiantaria, pois um lorde ele jamais será, não tem pedigree para isso.
Além do problema com seu trato gastrointestinal duvidoso e de seu cérebro em ruínas, o que mais nos chama a atenção é a tristeza inerente à sua figura. E esse é um bom exemplo para os incautos. Um senhor que passou a vida atrás do dinheiro e do poder, hoje vive escondido de si mesmo. Anda de costas para um futuro imaginário e valoriza quase nada daquilo que possui. Imagino o quão incômodo é para a sua família conviver com esse senhorio e suas falácias, a não ser que seja semelhante, o que seria não só raro com um fato a se tentar entender em profundidade. Conheci alguns seres depressivos, deploráveis e desprezíveis, mas todos têm algo de positivo, algo a se notar. É frustrante quando não o encontramos. E é nessas mãos que apostamos tudo o que nosso país conquistou ou evoluiu nos últimos anos. Temo pelo resultado. Não temos rodovias, ciclovias, portos ou aeroportos para receber o mundo que nos visitará. Tudo está por fazer e a maioria sem tempo hábil para concluir. Pois vejamos nossos portos e aeroportos.
O relatório do Ipea sobre a situação dos aeroportos brasileiros é mais que incisivo: não teremos quase nenhum pronto para a Copa do Mundo, se é que algum chegará a tanto. Algo que não surpreende uma vez que as dificuldades para adequar o País a eventos tão grandiosos já eram esperadas. Quem viaja pelo Brasil e necessita utilizar transporte aéreo sabe a quantas anda a capacidade de nossos aeroportos. Vivem lotados e para piorar, as companhias aéreas possuem pouco compromisso com o consumidor, a ponto de maltratá-los de várias formas.
Outro dia estava em trânsito por Congonhas, em São Paulo-, em direção ao Santos -Dumont, no Rio. Ao desembarcar-, procurei- a companhia aérea para saber se o segundo trecho estava no horário. Fui (des)informado de que não existia nenhuma definição a respeito, mas que em pouco tempo poderia voltar ao guichê para ter a resposta. Fui até o restaurante para um rápido lanche e em meia hora estava de volta, diante da mesma atendente, que reafirmou não ter qualquer certeza. “Tudo bem. Aguardarei na sala de embarque, eu pensei-.” Qual não foi a minha surpresa quando ao passar pelo controle de bagagem escutei aquilo que seria a última chamada para o meu voo. Que maravilha! Quem deveria possuir todas as informações não tinha a mínima ideia do que estava acontecendo. Diante disso, pergunto-me: será que um chinês que estiver no Brasil conseguirá sair de Manaus e ir a Salvador em três dias? Não aposto um centavo nisso.
Agora mesmo um dos principais aeroportos do País permanecerá fechado para pousos e decolagens por um largo tempo somente “para que não haja interferência na transmissão de um evento da Fifa na Marina da Glória”. Marina que ganhou novo “dono” por culpa dos eventos. O Rio de Janeiro, que há muito se encontra em pé de guerra, deve acelerar o processo de militarização de vários dos seus bairros para que não haja incômodos aos “ilustres’ visitantes. Estou para ver as melhorias, na infraestrutura urbana, andarem na velocidade necessária, caso existam. O trem de alta velocidade entre São Paulo e Rio nem mesmo saiu da ideia de poucos. A melhoria na qualidade dos nossos recursos humanos é impraticável em tão pouco tempo.
Enfim, não temos quase nada.

Sócrates

Sócrates é comentarista esportivo, foi jogador de futebol do Corinthians, entre outros clubes, e da seleção brasileira
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Corrupção no Dnit chegou a tal ponto que a Polícia Federal não tem mais condições de investigar as novas denúncias. Já abriu 60 inquéritos e não tem mais pessoal e recursos para disponibilizar.

Carlos Newton
Parece brincadeira. Mas a corrupção do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura dos Transportes) é tão ampla e disseminada que a direção da Polícia Federal decidiu não abrir inquéritos específicos para apurar as novas denúncias, por não ter condições de conduzir tamanho número de investigações simultâneas.
A Polícia Federal tem em curso hoje mais de 60 inquéritos abertos para apurar denúncias de desvios de dinheiro público em obras rodoviárias controladas pelo Dnit. As investigações estão centradas em dirigentes estaduais, mas algumas delas poderão atingir ex-diretores nacionais, afastados dos cargos nas últimas semanas por ordem da presidente Dilma Rousseff, e políticos com foro privilegiado.
A série de denúncias já resultou na queda do ex-ministro Alfredo Nascimento e de mais 19 dirigentes do setor. O pedido de abertura de novos inquéritos foi feito à Procuradoria-Geral da República e ao Ministério da Justiça por parlamentares da oposição. Para eles, não basta a demissão dos envolvidos, e a polícia tem de investigar a fundo todas as acusações.
Mas a Polícia Federal não tem mais equipes nem recursos para disponibilizar. E justifica a suspensão de novas investigações, argumentando que todas as acusações publicadas ao longo da crise no Ministério dos Transportes já estão sendo apuradas nos inquéritos em curso em praticamente todas as superintendências. Não há dúvida, é uma maneira educada, sutil e eficiente de a Polícia Fereal declarar que não tem condições de abrir mais inqueritos

 

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Tetas, netas e mutretas.


Lurian, a filha, já foi bancada em Paris pela família Andrade Gutierrez, onde morou seis meses em apartamento da família. Depois a construtora foi a maior patrocinadora na campanha de Lula em 2006. O filho de Lula viabilizou a Gamecorp com um imenso patrocínio da mesma empreiteira, da ordem de R$ 15 milhões. E agora a neta de Lula, filha de Lurian, terá a sua estréia no teatro patrocinada pela mesma empresa. A Andrade Gutierrez é uma das donas da Oi, a mega operadora que surgiu quando Lula rasgou a legislação para permitir que ela comprasse a Brasil Telecom. O valor para a neta, cerca de R$ 300 mil, é pequeno perto do tanto que a familia Silva já embolsou em apoios. Em 2010, as empresas ligadas ao grupo receberam mais de R$ 800 milhões dos cofres públicos. Não é de hoje que dá um bom retorno patrocinar os Silva. É desde os tempos de São Bernardo do Campo, quando surgiu o maior pelego da história deste País.




Melancias.


 
O comandante do Exército, general Enzo Martins Peri( foto adaptada ), e sete generais são investigados pela Procuradoria Geral de Justiça Militar sob suspeita de participar de fraudes em obras do Exército.Os oficiais comandaram o DEC ( Departamento de Engenharia e Construção ) e o IME ( Instituto Militar de Engenharia ) entre 2004 e 2009, período em que o Exército fez convênios com o Dnit ( Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes ) para obras em rodovias.O general Enzo chefiou o DEC entre 2003 e 2007. Ele deixou o cargo para assumir o comando do Exército no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e foi mantido no posto pela presidente Dilma Rousseff.

O grupo investigado inclui cinco generais que comandaram o IME e dois que chefiaram o DEC depois do general Enzo: os generais Marius Teixeira Neto, na reserva desde março, e Ítalo Fortes Avena, hoje consultor militar da missão do Brasil na ONU. A investigação foi aberta em maio pela procuradora Geral de Justiça Militar, Cláudia Luz, para apurar se o general Enzo e os outros que comandavam áreas envolvidas sabiam das irregularidades. A apuração foi um desdobramento de inquérito anterior que identificou indícios de fraude em 88 licitações do Exército para fazer obras do Ministério dos Transportes e apontou desvios de recursos públicos de R$ 11 milhões.

À Folha, o Centro de Comunicação do Exército diz que não tem conhecimento da investigação e que "não cabe à Força e nem aos militares citados emitir qualquer tipo de posicionamento".Criados para atender necessidades de militares, os batalhões de engenharia do Exército são convocados com frequência para acelerar obras. Somente do Dnit, que nas últimas semanas teve quase toda a diretoria afastada por ordem de Dilma, o Exército recebeu R$ 104 milhões nos últimos cinco anos. As investigações mostram que um grupo liderado por dois oficiais que coordenavam os convênios no IME, o coronel Paulo Roberto Dias Morales e o major Washington Luiz de Paula, criou seis empresas para entrar em concorrências do IME com dinheiro do Dnit. O major Paula teria movimentado mais R$ 1 milhão em sua conta em um ano e feito 14 viagens aos EUA no período em que trabalhou com o Dnit. Seis militares estão sendo processados na Justiça Militar. Se condenados, poderão ser presos e expulsos da corporação. Peças do processo foram encaminhadas à Justiça Federal para que eles sejam processados ali também. (Folha de São Paulo)

sábado, 30 de julho de 2011


Começou oficialmente a Copa da Roubalheira.


Foram duas horas de um espetáculo chocho e sem graça, a não ser pela bela Fernanda Lima. O palco brega, na forma de uma bola de futebol giratória, representou uma economia e tanto para a Rede Globo, que ganhou R$ 30 milhões de Sérgio Cabral, governador do Rio, para promover o espetáculo.Nada lembrou nem mesmo a criatividade dos carnavalescos cariocas, muito menos uma entrega de Oscar. Um evento simbólico, que bem representa a roubalheira que acontecerá na Copa do Mundo no Brasil.

O Ministério do Turismo estima em 600.000 turistas a vistação ao país durante a Copa 2014. Já a respeitada FGV afirma que a média de gastos de cada visitante será de R$ 11,4 mil. Assim temos o bolo da Copa: R$ 6,8 bilhões. Jogando uma carga tributária de 40% sobre o valor, o governo federal, estadual e municipal arrecadarão R$ 2,7 bilhões. Este é o retorno efetivo que o evento deixará para o caixa do estado brasileiro, para os cofres públicos que pagam a conta. Porque é assim que governos devem avaliar investimentos, no retorno efetivo que trazem para a sociedade.

Hoje uma matéria publicada pelo Estadão afirma que a Copa do Mundo abrirá extraordinárias oportunidades em negócios para as empresas. Entre aspas!Em vermelho! Em negrito! "Daqui até julho de 2014, os preparativos para receber os jogos e o fluxo de turistas no País renderão à economia brasileira R$ 142,39 bilhões." O estudo é da mesma respeitável FGV, feito a pedido do Sebrae.

Acontece que a FGV é suspeitíssima para fazer este tipo de estudo, pois está faturando alto com a Copa 2014. Só por um contrato para prestação de serviço de apoio técnico e pedagógico, gestão, monitoramento e avaliação "Programa Bem Receber Copa" está recebendo R$ 3.600.000,00. Já para prestação de serviços de monitoramento de projetos para a realização da Copa das Confederações de 2013 e da Copa do Mundo FIFA de 2014, está recebendo mais R$ 10.000.000,00. E para prestação de serviços de planejamento, orçamentação, seleção e acompanhamento da execução de estudos voltados para implantação do Sistema Nacional de Controle de Acesso e Monitoramento de Torcedores em Estádios de Futebol integrantes do Projeto Torcida Legal está recebendo outros R$ 4 milhões. Toda a vez que você ouvir falar em FGV e em estudos sobre a Copa do Mundo, releve e desconsidere. Ela não tem isenção para validar qualquer dado.Ela está sendo paga exatamente para isso.

Na verdade, temos uma conta que não fecha. O que a descarada FGV está afirmando é que  para cada R$ 1 que o turista vai gastar no Brasil, estamos investindo R$ 20 em ações as mais diversas para recebê-lo. É o que dá dividir R$ 142,4 bilhões por R$ 6,8 bilhões. Estamos ou não estamos diante de um grande chute, o maior chute da história, utilizando a mesma expressão batida e safada que a nossa presidente usou na cerimônia de hoje?

O revoltante é que em apenas estádios de futebol, completamente desnecessários,serão enterrados R$ 5,7 bilhões. À base de BNDES, isenções e futuros calotes, configurando-se em dinheiro público, com toda a certeza. Outros R$ 11,4 bilhões estão destinados para obras de mobilidade urbana, que poderiam ser muito melhor aplicados se fossem para atender trabalhador que demora duas horas para ir ou voltar para a casa, todos os dias, em vez de dar comodidade para turista eventual. 

A oposição é covarde. Se uma porra de um destes institutos Teotônio Vilela ou Tancredo Neves que comem 40% da verba partidária tivesse feito uma pesquisa para saber o que o povo pensa da Copa do Mundo no Brasil, teria transformado uma campanha de esclarecimento séria, honesta e decente em um grande trunfo para vencer as eleições em 2014. No entanto, Kassab e Alckmin preferiram dar isenção e botar dinheiro no estádio do Corinthians, dirigido por um mafioso corrupto. Mais adiante pagarão um sério preço por isto. Quer dizer: eles não perderão nada mais do que uma eleição. Quem pagará a conta, somos nós




 

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Irmão de Romero Jucá denuncia corrupção no Ministério da Agricultura

Em VEJA desta semana, Oscar Jucá Neto diz a pasta de Wagner Rossi foi loteada por PMDB e PTB com o objetivo de arrecadar dinheiro ilegal
Veja
A edição de VEJA que chega às bancas neste sábado levanta indícios de que mais um esquema de desvio de recursos e dilapidação do patrimônio público corroi o Planalto. Desta vez, os escândalos envolvem o Ministério da Agricultura, tendo a Companhia Nacional de Abastecimento, a Conab, como posto avançado, e o ministro Wagner Rossi, do PMDB, como virtual comandante do esquema.
O esquema de corrupção foi denunciado por Oscar Jucá Neto, o Jucazinho, irmão do senador Romero Jucá, líder do governo no Senado. Jucazinho foi exonerado na semana passada do cargo de diretor financeiro da Conab. A demissão aconteceu depois de VEJA revelar que ele havia autorizado um pagamento de 8 milhões de reais a uma empresa-fantasma que já foi ligada à sua família e que hoje tem como “sócios” um pedreiro e um vendedor de carros - laranjas dos verdadeiros donos, evidentemente.
Jucazinho decidiu contar o que sabe porque atribuiu sua saída a uma armação de peemedebistas contra seu irmão - e também porque se sentiu humilhado com a exoneração. O caso azedou as relações entre o senador Jucá e o vice-presidente, Michel Temer, padrinho do ministro Wagner Rossi. Os dois trocaram ameaças e xingamentos por telefone.
Em entrevista a VEJA, Jucazinho contou que existe um consórcio entre o PMDB e o PTB para controlar a estrutura do Ministério da Agricultura com o objetivo de arrecadar dinheiro. Suas informações incluem dois casos concretos de negócios nebulosos envolvendo a Conab.
Em um deles, a estatal estaria protelando o repasse de 14,9 milhões de reais à gigante do mercado agrícola Caramuru Alimentos. O pagamento foi determinado pela Justiça e se refere a dívidas contratuais reclamadas há quase vinte anos. O motivo da demora: representantes da Conab negociam um “acerto” para aumentar o montante a ser pago para 20 milhões de reais. Desse total, 5 milhões seriam repassados por fora a autoridades do ministério.
O segundo caso envolve a venda, em janeiro deste ano, de um terreno da Conab numa das regiões mais valorizadas de Brasília, distante menos de 2 quilômetros do Congresso e do Palácio do Planalto. Apesar de ser uma área cobiçada, uma pequena empresa da cidade apareceu no leilão e adquiriu o imóvel pelo preço mínimo: 8 milhões de reais – um quarto do valor estimado de mercado. O comprador, Hanna Massouh, é amigo e vizinho do senador Gim Argello do PTB, mandachuva do partido e influente na Conab.
Nas mais de seis horas de entrevista, Oscar Jucá Neto não poupa seus antigos companheiros de ministério. Diz que o ministro Wagner Rossi lhe ofereceu dinheiro quando sua situação ficou insustentável. “Era para eu ficar quieto”, afirma. “Ali só tem bandido.”
 Aqui, nota do ministro da Agricultura negando todas as denúncias de Jucazinho
Recordar é viver: Um lobista conta a ÉPOCA que buscava dinheiro vivo com doleiros para negócios suspeitos, que era usado para ocultar o nome de Romero Jucá em empresas e que uma empreiteira deu um imóvel ao senador

Estênio Negreiros

Fortaleza,CE
"As leis são como as teias de aranha; os pequenos insetos prendem-se nelas, e os grandes rasgam-nas sem custo”. (Anacaris, sábio grego, da Antiguidade)

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