terça-feira, 28 de junho de 2011

SEM A EDUCAÇÃO DE QUALIDADE - Jornalista Scarcela Jorge


Diletos Amigos: Como é trivial “estarrecedor” adjetivando pleonasmo no nosso cotidiano! - A  sociedade sentiu mais um “choque” ao tomar conhecimento do numeral estatístico de analfabetos, hoje, existentes no Brasil; quinze milhões de pessoas sequer “pisaram” em uma escola, ou por outra forma, não quiseram aprender a ler e escrever. É mais uma prova cabal essencialmente conflitante para um segmento da

sociedade; mais ainda de responsabilidade social a quem se pode adotar uma política de educação de qualidade, torna-se concentrado por fatores controvertidos, um dos quais por ação dos políticos que fazem desconhecer preceito que a muito já deveria ter sido abolido do nosso meio. – O DIREITO DO VOTO DO ANALFABETO - Por outro lado, instamos que a universalização da educação é fenômeno relativamente recente, que veio ganhando espaço no mundo. Isso, porém, não cabe como justificativa para que o Brasil comporte, hoje, em plena era da informação, mais de 15 milhões de analfabetos absolutos. Analfabeto que vota não se sabe como utiliza a “leitura” na urna eletrônica, mesmo assim, existe defesa para manter-se com esse direito, até por segmentos tidos como “intelectuais” esses mesmos são defensores do analfabetismo o importante é dar atenção as ações de seus interesses plurais. Situando objetivamente no trato desta questão, mais um processo institucional não surtiu efeitos na formatação constitucional promulgada em 1988 a qual previa a erradicação do analbetismo em 2.000, a diminuição da parcela de brasileiros que não sabem ler ou escrever tem sido de tal forma lenta que contemplamos dentro do nosso país que se sequer sabe assinar o nome. A situação é ainda mais inaceitável num tempo em que os avanços tecnológicos, superando todas as nossas expectativas, conectam o planeta numa grande rede de comunicação e expansão do conhecimento, onde se pode graduar-se e o licenciar-se em cursos universitários em escolas preparadas para informática no país e ou no exterior.  Nesta concepção eminentemente contraditória no país, sequer podemos prever o quanto a tecnologia terá evoluído e transformadas as nossas vidas daqui a duas décadas, mas já sabemos que o Brasil analfabeto chegará lá, caso a democratização do acesso ao ensino fundamental, não seja acompanhada por um amplo projeto de educação para adultos e jovens que, com mais de 15 anos de idade, nunca entraram em sala de aula. É o caso da morosidade e ineficácia continue caracterizando os programas de alfabetização. Outro fator é o político, sempre atento as questões que são de sua prioridade no sentido de deixar o homem ignorante, um caixa para sua ação de interesse eleitoral. O analfabetismo é contagioso. Quem vive numa comunidade de analfabetos tende a se incomodar com a ignorância; filhos de famílias analfabetas, ou com baixa escolaridade, costumam abandonar cedo os estudos e engordar a lista de outros tipos de analfabetos, os funcionais, como são chamados os que não passaram da quarta série do ensino fundamental. Nessa categoria, estão alguns milhões de brasileiros que, ou terminarão a vida desempregados ou ganhando não mais do que um mísero salário mínimo. Impossível calcular o prejuízo causado ao crescimento de um país quando milhões de pessoas tem seu crescimento individual prejudicado. Neste bolo incluem-se os analfabetos funcionais que, embora capazes de ler, não conseguem aprender o sentido do texto, os que os torna inaptos até para trabalhos simples. Mais cruel, porém, é o fato de tantos indivíduos passarem a vida sem acesso a informações., sem uma compreensão global do mundo e sem meios de defender seus direitos, já que a pior conseqüência do analfabetismo é a imobilidade, que gera o principal fator é a ação do político aproveitador em sua maioria, tende a manutenção das oligarquias direcionando o seu poder de manipular os votos usando a transferência de sufrágio em termos práticos em que as eleições se sucederam quando se “consagrou” o voto do analfabeto em nome da democracia plena dos direitos – como sabemos a essência da plenitude democrática é favorecer os conhecimentos do cidadão – alfabetizando e conscientizando-os para que dê caminho pelos seus direitos e deveres.
                            Antônio Scarcela Jorge   

Um comentário:

  1. Prezado Scarcela,

    Cumprimento-lhe pela excelência (em todos os sentidos) do seu texto, mormente por tocar num tema que deveria ser uma constante na chamada Grande Imprensa - p'ra não dizer Imprensa Amestrada que, interesseira e propositadamente, se omite de publicar matérias que denunciem as mais sérias mazelas do País e que endeusa para beneficiar políticos e governos mendazes, farofeiros e velhacos.

    Cordialmente.

    José Estênio Gomes Negreiros
    Fortaleza,CE.

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