sexta-feira, 24 de junho de 2011

SAUDADE DE MULHER, MULHER - Zé Matos

              Se os poetas Manoel Bandeira e Raul Seixas estivessem vivos, certamente fariam suas famosas poesias de formas diferentes. Eles não conheceram as mulheres de hoje, que usam cuecas, calças jeans com fundo sujo, falam palavrões, bebem cachaça, briga com homens nas ruas, e algumas têm até caras de homens, aliás, algumas são tão másculas e grossas que até a voz é de homem. Certamente Manoel Bandeira  pediria para ir para a Pasárgada mais cedo, e Raul Seixas, também mais cedo, gritaria para parar o mundo para ele descer.

               A luta da mulher por direitos está acabando com a feminilidade. Estão confundindo igualdade de direitos com sexos iguais. A cada dia fico mais encantado quando converso com mulher com voz de mulher. Pelo andar da carruagem, com o tempo, esqueceremos como é  voz de mulher.

               É preciso um movimento pela preservação da figura feminina. Estou falando de feminilidade. Não estou falando de submissão, inferioridade ou ausência de direitos do passado.

               A mulher pode até ser dura, quando necessário, mas sem esquecer a ternura, como pedia Che Guevara ou até ser dura como o diamante, mas sem deixar de ser sensível como a flor do pessegueiro, como pedia Gandhi.

               A dureza e masculinidade da mulher estão acabando com o casamento. Como diz a sabedoria popular dos nossos dias: "o casamento acaba quando o homem, de tanto engolir sapos, deixa de comer a "perereca".

                                  José Matos - Brasília - DF - 23.06.2011

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