De acordo com o promotor de Justiça da Procuradoria de Crimes Contra a Administração Pública (Procap) do MPE, Eloilson Landim, os detalhes sobre os caminhos que o processo deve tomar a partir de agora só poderão ser divulgados após o encontro entre os promotores.
De antemão, ele discorda da libertação de Martins, alegando que o caso requer a defesa do patrimônio público. Há denúncia de que, durante o período em que esteve detido, na Delegacia de Capturas e Polínter (Decap), em Fortaleza, o prefeito Marcos Alberto tenha telefonado para o presidente da Câmara Municipal de Nova Russas, o vereador Sérgio Brito (PT), propondo que os parlamentares amenizassem a investigação que corre na Casa desde o dia 2 de maio a respeito do suposto desvio.
Segundo o próprio vereador, Martins não sugestionou nenhuma contrapartida direta para a negociação, mas levantou a possibilidade de o município passar a ser chefiado permanentemente pelo vice-prefeito, Paulo César Evangelista (DEM), adversário de ambos no cenário político local. Procurado por O Povo, o advogado do prefeito afastado, Vicente Aquino, disse que acompanhou a soltura de Martins no domingo, mas não sabia se ontem ele se encontrava em Nova Russas nem se permaneceria na cidade pelos próximos dias. Aquino atribui a denúncia do telefonema a interesses eleitorais.
“Isso chama-se fuxico. Qualquer um pode inventar um fato. Mas tem que apurar, baseado no contraditório. Não há prova nenhuma. A prova que há é que o prefeito disponibilizou todos os documentos e não está obstruindo nada”.
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