A INFLAÇÃO E OS INFLATÓRIOS

          Em 15 de novembro último em matéria intitulada "O MONSTRO ESTÁ DE VOLTA"  já alertávamos AQUI para a volta da inflação. Àquela altura não se falava do assunto na grande mídia, talvez porque, como sempre acontece com uma imprensa comprometida, ainda não tinham recebido "licença" para noticiar.

          Em outra matéria de 29 de janeiro "NÃO ADIANTA CONTROLAR SÓ O MÍNIMO" chamamos atenção AQUI para a necessidade de cortar gastos como única solução para o problema.

           A máxima popular diz que "tudo de mais é veneno" e o que nós vimos nos últimos dias em toda a imprensa do país, com estardalhaço, foi o anúncio do corte de 50 bi nos gastos deste ano. Segundo alguns economistas é impossível fazer um corte deste tamanho sem parar o país, portanto o anúncio não passaria de uma choque de água fria para amainar o fogo, não  do dragão, mas do mercado. Se isto é verdade, mais uma vez estão empurrando com a barriga um problema tão sério e que requer medidas efetivas.

          É inegável o impacto do aumento do salário mínimo na economia e, principalmente, nas contas públicas, mas apertá-lo não é o único caminho. Salários, conforme matéria supracitada, são responsáveis direta e indiretamente pelo aumento da inflação quando são distribuidos de forma tão diferenciada entre as diversas categorias, onde uns ganham demais em detrimento dos que ganham quase nada.

          Outra medida de impacto anunciada pelo governo foi a suspensão de concursos e contratação de funcionários já aprovados. A meu ver o caminho certo seria desaparelhar o Estado, hoje repleto de "indicados" com salários altíssimos, tanto no governo como nas estatais, cedendo lugar àqueles que se prepararam para realmente trabalhar no serviço público.

          De qualquer forma, considero positivo o fato de o governo reconhecer a gravidade da situação que se encontra nosso país, diferentemente do governo anterior que "empurrou com a barriga" os problemas até às mãos de sua sucessora.

.