segunda-feira, 15 de novembro de 2010

O MONSTRO ESTÁ DE VOLTA

          Não sei se pela expectativa do aumento do salário mínimo, pela ameaça da volta da CPMF com o nome de CSS - como tudo deste governo que só muda de nome - ou por outros fatores que tentarei explicar, mas o certo é que já podemos sentir a inflação, no bolso.
          Fato concreto é que ao chegar ao caixa do supermercado com uma porção de castanha que costumo comprar e pagar R$ 2,00 fui surpreendido ao entregar uma cédula e ouvir da funcionária que faltavam R$ 0,40, ou seja 20% .  Da mesma forma aumentou a carne, o óleo, o feijão, o gás  de cozinha e outros produtos de primeira necessidade.
          Como já dito, não sei o real motivo desta súbita volta do pior inimigo do pobre, mas uma coisa já vínhamos ouvindo dos especialistas há bastante tempo: A inflação está sendo mantida sob controle através de mecanismo ortodoxo chamado taxas de juros altas.
          Seria então a disposição da Presidenta eleita de acompanhar pessoalmente o controle das taxas de juros, para isto descartando até a permanência  do atual Presidente do Banco Central, mesmo com a recomendação do Lula para mantê-lo no cargo? Até aí concordamos plenamente com ela visto que as taxas altas aumentam a já impagável dívida publica de 1,6 trilhão que consomem 170 bilhões só de juros anuais e retira a capacidade do Estado de investir na infraestrutura e na melhoria da qualidade dos serviços públicos como saúde, educação e segurança, áreas essenciais e cada dia mais carentes de recursos.
          Em consequência o governo lança mão de outro recursos igualmente perversos e inócuo que é o aumento da carga tributária para financiar os gastos abusivos da própria máquina governamental e atividades que orbitam o governo e lhe dão sustentação como o MST, a classe sindical e outros movimentos, além dos sucessivos escândalos como o último envolvendo o Banco Panamericano onde a Caixa adquiriu 49% das ações com direito a voto por 700 milhões, no ano passado e hoje descobriu-se que o banco estava quebrado.
          Finalizo transcrevendo texto do economista Fernando Angra:
"Isso mostra que é inócuo querer combater inflação de custos com juros altos. Esta deve ser combatida com ampliação da capacidade produtiva do País e desoneração da carga tributária. Nossos tributos são tão altos e, com isso, os preços das nossas mercadorias são elevados. E pior, o leitor pode ficar revoltados pois pagamos muitos tributos e a saúde, educação, segurança, entre outros serviços públicos ainda precisam melhorar muito. E pior ainda é verificar as regalias da classe política e seus esquemas de corrupção. E olha que a famigerada CPMF pode voltar das profundezas do mal para assombrar nossas transações financeiras.
Vade retro imposto dos infernos!" 
 
 Por Areton



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