quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

É ISTO QUE CHAMAM DE DEMOCRACIA?

Senador do PDT admite ter sido ameaçado para votar com o governo projeto do salário mínimo

Plantão | Publicada em 23/02/2011 às 21h55m
Adriana Vasconcelos e Cristiane Jungblut
BRASÍLIA - O governo acaba de sofrer um duro golpe com o pronunciamento feito da tribuna pelo senador Pedro Taques (PDT-MT). Após passar o dia desta quarta-feira sob pressão para que votasse a favor do projeto do salário mínimo, o senador admitiu que teria sofrido ameaças por considerar inconstitucional o artigo terceiro do texto, que autoriza que a presidente Dilma Rousseff fixe os novos valores do mínimo por decreto. Como integrante do Ministério Público, Taques disse que não poderia votar a favor da matéria.

_ O artigo terceiro ofende o texto da Constituição, subtraindo o direito um direito do Legislativo. Me disseram que se eu fizesse isso, que eu poderia ser retirado da Comissão de Constituição e Justiça, que eu não teria minhas emendas ao Orçamento liberadas e teria retirado dos cargos de segundo e terceiro escalões indicados para o governo. Mas não serão palavras desta ordem que mudarão minha convicção _ disparou Taques, sob o silêncio do plenário.
A revelação feita por Pedro Taques não surprendeu seu colega Jarbas Vasconcelos.

_ É o jogo sujo e baixo do governo. Eu mesmo já fui expurgado da Comissão de Constituição e Justiça pelo PMDB por discordar do governo _ observou o senador pernambucano.

Um comentário:

  1. Enquanto alguns blogueiros esquerdistas pegam no pé da Presidenta Dilma por ela ter participado da festinha dos 90 anos da Folha, - e olhe que Lula compareceu na bancada do Jornal Nacional com toda a pompa no primeiro mandato, mesmo tendo o JN um histórico de manipulação de debates e afrontas ao presidente - me divirto com o pega-pra-capar dentro da oposição demotucana.

    É pena voando pra todo lado, inclusive dentro da própria imprensa tucanada.

    Começando pela senadora motosserra de ouro, Kátia Abreu (DEM-TO), que deixou os DEMOS raivosos por não acompanhar a orientação do partido durante a votação da lei de valorização do salário mínimo na noite de ontem. Kátia Abreu, pasmem, votou com o governo. Ou talvez, tenha votado por pressão dos “companheiros” da Confederação Nacional da Agricultura (CNA).

    Já o senador Aécio Neves (PSDB) não correspondeu às expectativas dos seus aliados. Fez um discurso medíocre, insosso, decepcionante pela fama de bom orador que a imprensa tucana costuma lhe atribuir. Foi tão vago o discurso de Aécio que a jornalista tucana do Estadão, Dora Kramer, chegou a decretar a falência do PSDB, incluindo Serra, seu amigo, na falência partidária.

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