quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

ASSOMBRAÇÕES - ALMAS PENADAS - Zé Matos

           A cultura oriental interpreta a vida na terra como um período de escravidão e a morte natural representa a libertação. Por isso, a morte é comemorada com festa. Não há choro e nem desespero. Há alegria por acreditarem que se encontrarão mais tarde como pessoas livres.
           Aqui no ocidente, mesmo entre pessoas religiosas, ela é vista como o fim, a separação eterna, por isso o desespero, as lamentações, blasfêmias e choros.
          É esse estado de revolta, inconformação e desespero que mantém a alma  próxima de quem não aceita sua partida, provocando-lhe, sem querer, perturbação de toda ordem, desde doenças físicas, mentais ou mesmo falta de vontade de viver. Existem situações que os bons espíritos precisam provocar doença noutro membro da família para tirar o inconformado daquela situação, ao ter que cuidar do outro, e também pelo medo de perde-lo. Estas doenças são chamadas de  " doenças - simulacros ".

         O mundo espiritual é como um outro pais no qual a alma precisa conhecer e se adaptar e isso não é possível se não aceitam a sua partida.

         Se a alma entende que precisa lutar contra esta influência negativa, ela tentará de todas as maneiras criar condições para acordar as pessoas queridas do prejuízo que lhe estão provocando, desde sonhos, barulhos e até mensagens através de mediuns.

        Se a alma era religiosa, poderá " assombrar " pessoas esperando receber orações, missas, cultos e orientações, buscando o próprio equilíbrio. Portanto, almas que assombram não são, em geral, espíritos ruins, são na realidade, almas penadas ou espiritos sofredores.

        Eliseu Rigonati, conta que havia numa fazenda uma " assombração" que estendia  para as pessoas, a mão com um ovo. Então, ele aproximou-se e falou-lhe: é só isso? soprou a mão dela, o ovo desapareceu e a alma foi embora. Na verdade, este espírito era o antigo proprietário da fazenda que havia flagrado um escravo cozinhando um ovo e o obrigou a tirá-lo e segurá-lo na mão, queimando-a  e, depois da morte, num processo de culpa pelo que fêz, passou a ver o ovo na sua mão e queria apenas que alguém o tirasse.

        Todos vão morrer, mas ninguém procura educar-se para a morte e esta falta de educação gera verdadeiros tormentos para muita gente.
 
        Segundo livros da Doutrina Espírita, 70% das pessoas após a morte, nos primeiros tempos, nem percebem que morreram, continuando a viver na outra dimensão, como se encarnados fossem, e muitas vêzes, assombrando e criando problemas para os que ficaram aqui. Quando encostam em alguém, recebem o nome de "encostos" pelos amigos da Umbanda. Se o encosto era viciado, ao encostar, poderá despertar a pessoa para aquele vício ou aumentá-lo. Se está deprimido, poderá provocar o mesmo estado. Se se sente culpado, poderá provocar uma sensação de culpa que o encostado não sabe de quê.

        Bem fêz minha amiga Maria Ester, esposa de Seu Néo, que disse-lhe na hora da morte: " Feche seu olhos pra morrer e fique lá no seu mundo e não venha me atentar aqui".

        Só existe uma moeda no mundo espiritual: O BEM QUE SE FÊZ, E QUEM O ESPALHOU NÃO FICA DESAMPARADO. BOA VIAGEM. RA RA RA RA.


        J                       José Matos - Professor e Conferencista - Brasília - DF - Brasil
       

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