A  CGU recomendou à ECT o cálculo dos valores pagos indevidamente pagos à  MTA, para efeito de cobrança de ressarcimento ao erário.
Uma  auditoria realizada pela Controladoria-Geral da União (CGU) encontrou  diversas irregularidades em contratos firmados entre a Empresa  Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) e a Master Top Linhas Aéreas. A  informação foi divulgada nesta sexta-feira (28).
Foram justamente  denúncias sobre esses contratos que levaram à renúncia da ministra  Erenice Guerra da Casa Civil, em setembro do ano passado. Conforme  material divulgado pela CGU, os quatro contratos celebrados entre a ECT e  a MTA ao longo de 2010, que somados custam R$ 59,8 milhões,  apresentaram problemas como manipulação de preços, volume transportado e  de fretes aéreos e terrestres. A MTA prestava serviços para a Rede  Postal Aérea Noturna dos Correios.
No período em que esteve à  frente da Casa Civil, Erenice Guerra alçou o coronel Eduardo Artur  Rodrigues Silva à direção de Operações dos Correios. Uma reportagem do  jornal O Estado de S. Paulo mostrou que o mesmo coronel, representante  da MTA no Brasil, acumulava cargos nos Correios e na MTA, que era, por  sua vez, contratada pela ECT. Nesse episódio, Israel Guerra, um dos  filhos de Erenice, foi acusado de cobrar propina para ajudar a MTA no  governo.
Após detectar as irregularidades, a CGU recomendou à ECT  que procedesse na identificação dos causadores dos danos, estabelecesse  responsabilidades e calculasse os valores das multas a serem aplicadas.  Foi ainda sugerido que a ECT calcule os valores pagos indevidamente  pagos à MTA, para efeito de cobrança de ressarcimento ao erário.
Na  última segunda-feira, a ECT publicou no Diário Oficial da União aviso  de penalidade, suspendendo o direito da MTA de licitar e contratar com  os Correios durante cinco anos. A decisão vale para o período entre 21  de janeiro de 2011 e 21 de janeiro de 2016. A CGU também encaminhará os  resultados da auditoria ao Tribunal de Contas da União, ao Ministério  Público Federal e à Polícia Federal.
Fonte: Estadão
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