sábado, 4 de dezembro de 2010

NOVA RUSSAS SEM PATRIMÔNIO HISTÓRICO E POLÍTICO -Jorn. Scarcela Jorge

               NOBRES: volto a me reportar sobre a minha terra natal sintetizando seus primeiros passos para uma urbe evidenciada desde sua proclamação a Distrito de Ipueiras, no ano de 1902, Lei de autoria do Vereador Gregório Euclides Martins. (segundo prefeito de Nova-Russas  ... Clique em Mais informações


após sua elevação a município em 11 de novembro de 1922.) Por esta razão, se estabeleceu naturalmente seu desenvolvimento em face de sua assunção primitiva ao setor industrial do município de Nova-Russas dando afirmação a economia nos primórdios do século XX., devidamente detalhado em um dos meus comentários anteriores. Esta fonte de desenvolvimento foi sempre agregada ao transporte ferroviário em que seus trilhos se “aportaram aqui” por volta do mês de novembro de 1910 exatamente há cem anos passados. Por uma destas causas concluímos que Nova Russas não têm padrão histórico: essa triste constatação torna-se irrefragável pelo fato desalentador, ao nos vê passar pela centenária ESTAÇÃO FERROVIÁRIA parcialmente deteriorada, por isso, ceifando a nossa história. Vai desaparecendo um prédio centenário que marcou as primeiras atividades da nossa urbe: É de cortar o coração de nossa gente, os novarrussenses. A Estação, não só é uma questão de patrimônio, refaz a história de nossa terra e da nossa gente; está enraizada no nosso íntimo. Todos nós fazemos parte das nossas vidas. Alguns de nós temos uma estória a contar algo de nossa existência agregada a nossa ESTAÇÃO. Somadas as diversas alusões, também, talvez, as nossas conquistas amorosas em sua maioria se integram a ela. Portanto não vamos deixá-la perecer. A nossa sociedade precisa se mobilizar em função da sobrevivência desse empreendimento. Por onde estiver o novarrussense, em lugares longínquos, tem-se na memória aquela estação, que um dia, foi mistificado pelo renomado jornalista brasileiro, o novarrussense Mário Pontes (cognominamos de Acadêmico do Saber, por ter sua formação escolar apenas o Curso Primário, é Professor de jornalismo da Universidade Federal do Rio de Janeiro) Em uma de suas edições lançadas e traduzidas em diversos idiomas para que os países europeus e asiáticos tivessem conhecimento da estaçãozinha de uma cidade fincada neste rincão do Brasil. Quem sabe, as “letras” sejam eternas para um patrimônio que está prestes a sucumbir. Chamamos aos filhos da terra, aqueles que tenham maior projeção política se mobilizem em busca de se reintegrar ao nosso acervo patrimonial, um prédio de grande valor histórico e cultural. Integrada as nossas raízes patrimoniais e culturais, sua restauração é de valor ínfimo para importância da nossa história. Por outro lado, Nova-Russas vem passando pela mais grave crise política de sua história, graças a insensibilidade dos nossos cidadãos que entregaram o seu comando político à pessoas que não tem nenhuma identidade com a nossa cidade (este é um dos maiores atravanques) e por via de conseqüência estão descompromissados com a nossa terra, não poderia dar outra coisa. Assim a cidade vai marchando mesmo “capenga” para reencontrar com os seus filhos, só assim retomaremos a linha de desenvolvimento conceitual e progressista da Ribeira do Rio Curtume, cantada em prosa e versos pelo imortal Padre Leitão que diante de seu túmulo talvez venha tremular diante dos acontecimentos que deploram nossa cidade. A hospitalidade de nossa terra terá que ser revista no sentido de devolver o caráter conservador exprimindo a moralidade do filho desta terra e também por aqueles de que se adotaram por conferencia, distinção e amor.

Antônio Scarcela Jorge

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