domingo, 17 de outubro de 2010

QUESTÃO SALARIAL ESTÁ SE TORNANDO AUSENTE NA CAMPANHA PRESIDENCIAL - Jorn. Scarcela Jorge

               NOBRES: Vem se tornando ausente nos programas eleitorais de segundo turno dessas eleições presidenciais é a temática da desigualdade social no Brasil e, uma das suas principais causas. Esse processo que deveria ser o foco da campanha foi trocado por temas que fora das repúblicas tecnocratas, como o do Irã não devia receber tanto espaço nos debates políticos, como aborto e casamento gay, tema que se repete em todos os debates, em que segmentos de nossa sociedade; acham, e torna-se enfadonho, rotineiro e de consciência absorta. Na veridicidade, o que devia nos preocupar é o fato de que, no ranking da ONU, o nosso Brasil continua sendo o terceiro pela mais desigual do mundo e na América Latina, o mais desigual do continente, só perdendo para o Haiti e Bolívia. - Perguntamos? Porque os candidatos fogem de temas de grande relevância, produtos graves por excelência, abrigados à nossa nação? Seria “obra dos marqueteiros de campanha? Ficam as nossas indagações... “Pois bem” – esse padrão de desigualdade é simplesmente incompatível com a posição brasileira na economia mundial do século atual – assim como a persistência da escravidão se tornou inconciliável com o mundo na virada do século XIX e nos impôs a industrialização do século XX. Enquanto não conseguirmos equacionar uma perspectiva de solução para este problema, a democracia entre nós estará sempre a beira do colapso. Mas se, pelo contrário, a evolução da política que se espera venha a se sobrepor ao retrocesso que nos ameaça, será possível abrir a perspectiva de uma discussão objetiva, livre de ideologia, preconceitos, demagogias, subterfúgios e até de teorias ultrapassadas. Porque não dão prioridade mais do que necessária, sobre a questão da distribuição de renda impecavelmente no contexto da economia e suas implicações para o desenvolvimento do país. De qualquer forma, ela terá que partir de uma constatação ofuscante: O SALÁRIO MÍNIMO – (apelidado de: PISO NACIONAL). - Salário Mínimo o mais elementar referencial na nivelação socioeconômica do país apresenta os seus dados e os efeitos comparativos desde sua criação até os nossos dias. O valor real do salário mínimo de 2010, mesmo com todos os aumentos recentes, ainda é inferior ao de 1945. Embora “à razão” de todo o crescimento da economia e da produtividade do trabalho desde então. Por este meio, O DIEESE, sempre se manifesta sobre suas estatísticas fazendo de sua principal retórica. Entre essas causas que depois de um século de industrialização, explicam o subdesenvolvimento remanescente da economia brasileira, certamente o rebaixamento histórico do pagamento do trabalho estará entre as principais. Para isto não precisamos ser economista para verificar esses adjetos, só teríamos o cuidado em ter acompanhado os mais diversificados problemas que dão seguimento as ações estruturais do país e, como cidadãos comuns temos o dever de nos estabelecer. Retomando esse questionamento, sabemos que o salário mínimo é o agente eficiente da repartição capital/trabalho e a sua defasagem histórica é o grande fator da desigualdade no país de hoje, o número dos que recebem não é pequeno e, na prática, a correção do “mínimo” influencia os salários superiores. Em síntese o baixo salário mínimo implantado no país, considerado entre seus “desleixes” como um país que deriva como rico e ao mesmo tempo, pobre, dizem ser, que a massa trabalhadora tem baixa qualificação. Entre vários fatores inseridos neste contexto, aparece a educação, que também faz se rogar pela generalização prévia de educação de qualidade, encontrando diversos aspectos nos setores ativos da nação. Nas nossas considerações complementares sobre estas questões que passam a largo, da face dos promotores da campanha presidencial de 2010, que seria de bom alvitre, para que todos nós, encarar isso de frente, porém, se os dois candidatos quisessem, ir além da “INTUIÇÃO DISTRIBUITIVA” do governo Lula, poderiam ter trazido a discussão alguma proposta do gênero, mas não, preferiram até agora, discutir aborto e casamento gay e, o povo vai na “onda”. Ainda há tempo para promover debates inserindo temas são de necessária atenção e que aguarda um futuro de incertezas para o desenvolvimento estrutural de nossa nação.
Antônio Scarcela Jorge


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