Durante o debate de ontem a candidata Dilma afirmou que não costuma escolher seus assessores entre os amigos. Não é o que mostram os últimos escândalos envolvendo justamente seus auxiliares mais próximos, divulgadas nos últimos dias pela imprensa de todo país.
Depois do escândalo conhecido como Erenicegate surge o caso Cardeal. Assim como Erenice, Cardeal também é um dos protegidos da candidata, conhecido como "o homem da Dilma". Sua ligação com a candidata vem desde o governo Alceu Collares no Rio Grande do Sul (1991-1995).
Desembarcado no governo federal por obra da Dilma, onde ocupa o cargo de Diretor de Planejamento e Engenharia da Eletrobrás e Presidente do Conselho de Administração da CGTEE-Companha de Geração Térmica de Energia Elétrica, subsidiária da Eletrobrás, Cardeal está envolvido num escândalo de l57 milhões destinados a financiamento de sete usinas de biomassas de geração de energia no Rio Grande do Sul e Paraná. Durante o debate a candidata disse que seu pupilo não tinha nada a ver com o o caso de vez que a falta de pagamento não é de sua responsabilidade.
O problema não é a falta de pagamento em si, mas o fornecimento de uma garantia de forma irregular visto que a empresa CGTEE não poderia ser fiadora do negócio por conta da Lei de Responsabilidade Fiscal criada no governo FHC que visa proteger empresas estatais de risco ao seu patrimônio, entre outros fins.
Na mesma linha do seu patrocinador Dilma diz não ter nada a ver com o caso, seguido do seu afilhado que também diz não ter conhecimento de tal garantia. O fato é que ela existe e que os dois participaram de todo o processo de negociação com o banco alemão que afirma que Dilma teria participado de seminário em Frankfurt onde o assunto foi tratado.
Fato é que o assunto foi objeto de operação da Polícia Federal chamada Operação Curto-Circuito que constatou a fraude na emissão da garantia e o desvio dos recursos, tendo ainda indiciado nove pessoas. Incompetência ou má fé? Como uma Ministra das Minas e Energias e seu principal assessor não sabiam que a estatal não poderia oferecer esta garantia?
Por Areton.
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