NOBRES: O assistencialismo tipificado pelo “BOLSA FAMÍLIA,” intocável pelo alto teor da irracionalidade de seus promotores, não é o melhor caminho para resolver os problemas dos mais necessitados, porém requer força estrutural para que venha estabelecer de forma consciente e se possa exercitar o exercício de cidadania. Longe do nosso conceito está contra um programa social de grande magnitude que veio tirar uma expressiva concentração de pessoas que sobreviviam além da faixa de pobreza absoluta. Porém fazemos uma avaliação sintética do programa que vem atingir setores e não só os beneficiados, mas os segmentos econômicos da nossa nação. O programa tem seus qualificativos sociais por quase excelência, contudo seus efeitos conduzem na prática o mero assistencialismo, sim, é uma referência que merece louvor – porém é protecionista e o protecionismo é, sobretudo diligentes em ações de governo. É deveras desalentador que sobrepõe este programa de natural popularidade e de difícil entendimento para pessoas que participam das suas benesses. Estes alentados pelos seus eleitos no afã de distorcer altercações ganham a simpatia e o ardor popular, atacando as pessoas que tem elementos concisos e substanciais para se estabelecer. Citamos um exemplo, transparente é que se faz notar naturalmente em quase todo o território rural, mais precisamente dentre as camadas pobres deste Brasil. Empresas voltadas a absorver mão-de-obra produtiva para pessoas que tenham a oportunidade do emprego, com carteira assinada, se sentem com a enorme dificuldade de ocupar uma rede ociosa de desempregados, tivemos a oportunidade de vivenciar o que está ocorrendo com a mão de obra em vários setores da economia em função desse programa. No início de uma determinada semana, foram contratados tudo legalmente em torno de cinqüenta trabalhadores para o serviço de complementação de uma rodovia estadual para pintura de sinalização. O serviço é tão somente o uso da vassouras e mangueiras de jato de pressão para limpar o leito da rodovia. Para a surpresa dos contratantes na medida em que ia se passando os dias, o número de pessoas contratadas diminuía. Então foram as suas residências para ver o que estava ocorrendo, muitos não se encontravam em seus lares. Encontramos em um “bar”, alguns jogando sinuca, jogando “cartas” e tomando cachaça, o que nos surpreendeu ainda mais, o fato se transcorreu num dia útil na semana. A resposta foi direta, o pessoal alegou que o serviço era muito pesado e que era preferível ficar em “casa” recebendo o FOME ZERO. Incrível, pois a única ferramenta pesada era uma vassoura!!! Noutra questão é a enorme dificuldade do trabalho de arrumação da terra para plantio agrícola, alegam sempre o mesmo motivo. Em função do ocorrido verifica-se esse idêntico problema como tônica generalizada em quase por não dizer: em todos os Estados da Federação, sendo que ele é mais critico naqueles da Região Nordeste. Para que se tenha uma idéia da “bola de neve” que se tornou o Bolsa Família. Valho–me das estatísticas proferidas pelo próprio governo em relação aos extensos aplicados no programa. Em 2003, início do governo petista havia três milhões e meio de famílias beneficiadas, em 2008 já eram 11 milhões e até agosto de 2010 havia 12 milhões 645 mil de famílias. Encontramos acesso junto ao Ministério de Desenvolvimento Social e Combate a Fome. (Fonte: www.mds.gov.br), ou seja, em sete anos, o número de inscritos aumentou 261% quando o lógico seria que esse número baixasse. Afinal, esse programa deveria ser de transição e não permanente. No que se refere os pagamentos, começou R$ 5.553.000.000,00 ano em 2.004, ano da homologação da Lei 10.836 de 09 de janeiro de 2004 e até agosto de 2010 foram repassados um total de R$ 9.500.000.000,00 (nove e meio bilhões de reais) Para o ano de 2011 estima-se um total de 11 bilhões de reais, conforme fontes do MDSCF, oferecido a qualquer cidadão se caso queira consultá-los. Por este demonstrativo realístico das ações do programa, não obstante toda esta quantidade de recursos, fica latente que a BOLSA FAMÍLIA, não resolveu os problemas estruturais dos mais necessitados, o que prova que o assistencialismo para a população nacional não é o mais viável. Apesar da injeção de bilhões de reais na economia, a miséria social da população especialmente do nordeste permanece, pois o programa não tem compromisso com a qualificação e a formação de quadros produtivos. O que vemos são milhões de adultos acomodados e, por conseguinte, a permanência das mazelas socioeconômicas de antanho. A realidade é uma só: quanto mais se “perpetua” a alienação, a pobreza e a baixa instrução, mais fácil sacramentar esse status quo de dependência dos mais necessitados, tornando-se instrumentos dos “coronéis” para eternizar no poder. Ou seja o BOLSA FAMÍLIA na aparência é, um programa de assistência social, mas, no fundo, mas não deixa de ser uma camuflada maneira de cooptar os votos dos “grotões”. Diante dessa questão, existe solução, basta que o governo federal deixe de distribuir assistencialismo e passe a direcionar os fabulosos recursos do BOLSA FAMÍLIA para investimentos produtivos, faça implementar mais o PRONAF, cuja capacidade de investimento faz o homem produzir e, a cerca disso tem um alto índice de inadimplentes da região por caracteres, falta consciência e responsabilidade, e que sejam aplicados em outros programas, os quais gerariam emprego e renda e fixaria as famílias no seu habitat evitando que elas migrassem para as grandes metrópoles já saturadas. Assim, teríamos o fim do círculo vicioso da carência e exclusão social. Ademais diante desta “brincadeira” com o dinheiro dos nossos impostos que a classe média por excelência, paga uma enorme carga tributária, terá fôlego para “sustentar” essa população improdutiva que aumenta a cada dia.
Antônio Scarcela Jorge
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