quarta-feira, 30 de junho de 2010

COMENTÁRIO: PLEITOS ELEITORAIS - Antônio Scarcela Jorge – ACEJI 484


          Iniciado o processo eleitoral em que os Partidos políticos formalizam as convenções para escolha de seus candidatos aos pleitos majoritários e proporcionais se estabelece o abaulado método costumeiro dos pleiteantes em busca do voto onde o imperativo das ações se torna inversa daquilo que seria real. Existem causas e uma destas nos coloca como sendo permanente e imensurável. No limiar do regime republicano e até no dias atuais o que se viu foi a ausência de partidos ideológicos que se possa identificar os filiados e candidatos. A análise contextual é evidente pela falta de conscientização do eleitorado. Por esta natural razão, firma-se aquilo que cognominamos: - “A época da politicagem”. De novo, batemos na tecla da educação. Como escolher? Só a educação transforma consciências. Não adianta falar para analfabetos de corpo e alma. Eles votam pelo cabrestro. Isto é real. Existem várias vertentes que abriga este questionamento. O analfabeto bajulador que vivencia de acordo com a sua conveniência, embora conheça o analfabeto, aí se inclui todo grau de escolaridade que é possuidor, do inicial até o universitário. Esse, não exprime conceito nenhum, “basta estar de bem com a vida” no que seja bajular. Não poderia deixar de incluir quase todos os elementos que fazem o rádio nesta região, cujo sabor do convencimento ao ouvinte chega a ser deprimente, estabelecendo na sua grade programática, ver chegar a ser uma verdadeira seção de humor! Resultado: - Não há credibilidade e confiabilidade e o povo, aquele por mais rudimentar que seja, assimila isso. Genericamente o povo é assim mesmo. Não pensem que nos outros lugares é diferente. Nova-Russas, aparentemente é uma cidade elitizada culturalmente, mas na proporção maior de outra cultura, a gente vai vê, é a mesma coisa. Por exemplo, já trocaram de tudo, por tudo e por nada em proveito do povo, que fica a margem dessas alusões. Esse é o resultado, o prejuízo terminativo da população. Ou outro lado vem aí, mais uma vez as eleições, em vez de darem-se prioritariamente programas e intenções para melhoria da educação e por extensão à saúde, pretensos candidatos e o eleitor são fiéis no ofício de negociação dos votos. Trocam-se votos por filtros de água, por prótese dentária, por óculos, isso acontece permanentemente não é só aqui não! Desde o Ceará até os Estados do Rio de Janeiro e São Paulo, centros nacionais tidos como de maior projeção econômica e cultural. Isto é resultante da mais completa miséria do nosso povo. Um país que se dispõe a diminuir as desigualdades sociais, não pode admitir práticas vetustas como essas. Mas acontecem diariamente. Enquanto os nossos olhos permanecerem com o “cisco” vai achar isso normal, até cegarmos por inércia absoluta. Não basta escolher nossos representantes. É preciso cobrar deles. Temos que criticar, elogiar, dar sugestão. Isso é exercer a nossa cidadania, não podemos abrir mão do nosso direito. Sabemos que eles irão estranhar, principalmente por não pedir nada a eles, sim, pedimos ações e programas sociais viáveis. Para isto temos que saber escolhê-los. Precisamos acabar com esse endeusamento aos representantes do povo, em todas as esferas de poder. O arrogante e o prepotente é naturalmente um desonesto, eles nem de longe são deuses. “São pessoas como nós” , mas como uma responsabilidade muito maior, com sérios risco de abusar do poder e perder esse poder. Em síntese, se pelo menos 1/3 dos eleitores fizessem o uso da discordância e não bajular-se literalmente desses políticos, talvez funcionasse melhor, se não as leis, pelo menos, a justiça. Aí daríamos a importância no processo continuado da democratização.

Antônio Scarcela Jorge – Jornalista


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