sábado, 21 de março de 2015

ORÇAMENTO DA UNIÃO APROVADO PREVÊ 47% DOS RECURSOS PARA PAGAMENTO DE JUROS E AMORTIZAÇÃO DA DÍVIDA

            Ao analisar o orçamento da união recém aprovado, tive a oportunidade de voltar aos tempos de criança quando lia a revista do quaquilionário Tio Patinhas, tamanho é o número das cifras ali registradas, principalmente para o pagamento de juros e amortização da impagável dívida pública que deverá consumir quase a metade destes recursos (47%). 
http://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2015/03/17/congresso-nacional-aprova-orcamento-de-2015
      
            A minha idade e a profissão de bancário que exerci por longos anos me permitiram acompanhar muitos momentos de altos e baixos da nossa economia, desde o "milagre econômico" ocorrido durante o regime militar, passando pelos inúmeros planos econômicos implementados em nosso país. Contudo, gostaria de deter-me no período mais recente; o século 21. Iniciamos o século sob a égide de um bem sucedido plano que acabou com uma inflação que transformou todo brasileiro, conhecido como técnico de futebol, em economista, uma vez que ele deixava de tomar algumas cervajas a mais para aplicar no atrativo "over night" que passou a ser alternativa de todos na defesa de seus recursos, por menor que fossem.

            Bem mais recente acompanhamos pelos meios de comunicação de massas, com estardalhaço, o anúncio do pagamento de nossa dívida externa. O anúncio foi comemorado como a libertação econômica das garras dos imperialistas representados pelo Fundo Monetario Internacio-FMI. O que não contaram ao povo foi a origem dos recursos usados para liquidação desta dívida, tampouco as condições para sua captação no mercado. O que realmente aconteceu foi o pagamento de uma dívida de R$ 212 bilhões ao FMI que cobrava juros de 4% ao ano, com dinheiro captado no mercado interno - leia-se HSBCs da vida - com taxa de juros de 19,5%. https://www.facebook.com/notes/revela-brasil/a-grande-mentira-do-pagamento-da-dívida-externa/560605500652239


            Como resultado a dívida interna que em 2003 era de R$ 640 bilhões saltou para R$ 1,4 trilhão e hoje já passa de 2 trilhões. E não é só isso: a dívida externa cantada em verso e prosa como extinta, ressurge ainda maior, alcançando R$ 1,8 trilhão, colocando o Brasil como o terceiro maior devedor do mundo. http://brasil.elpais.com/brasil/2014/09/30/economia/1412081072_163414.html

            Diante da situação que se encontra a economia do país é imperativo que se conheça a origem do problema e quando analisamos o perfil da dívida constatamos que os bancos são os maiores detentores de títulos da dívida pública. Não podemos esquecer que grande parte destes recursos, captados a juros altíssimos, são repassado ao BNDES que os empresta a empresas e países alinhados ideologicamente com o governo a juros subsidiados e, muitas vezes chegam até a ser perdoados. http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2014/06/1478713-divida-publica-federal-cresce-343-e-fica-em-r-212-trilhoes-em-maio.shtml

Nenhum comentário:

Postar um comentário