sexta-feira, 10 de outubro de 2014

POR QUE O MÉDICO NÃO VAI PARA O INTERIOR DO ESTADO?

            Para explicar as razões para a pergunta acima é necessário fazer alguns esclarecimentos. Em primeiro lugar é bom que fique claro que o médico é apenas mais um fornecedor dos municípios e, como tal, sofre todos os dissabores de quem se propõe a fazê-lo, qualquer que seja o serviço, a mercadoria ou até mesmo apenas nota (o que lamentavelmente é comum).
            Ainda no tocantes ao fornecedor, sabemos que existem aqueles que aceitam ser cúmplices dos administradores fornecendo notas superfaturadas. Estes são priorizados em seus pagamentos haja vista que passam a ser parceiros do seu cliente no desvio de recursos públicos.
            Com o médico ocorre o mesmo, só mudando o modus operandi. Ao invés de nota superfaturada o desvio é feito descaradamente na forma de salários altíssimos que, da mesma forma é dividido com o gestor. É de conhecimento geral que muitos médicos, sem qualquer especialização têm salários altíssimos, totalmente diferenciado dos demais mesmo fazendo o mesmo serviço e na mesma unidade de saúde. Temos conhecimento de médicos que tem salários em torno de 30 mil reais em pequenos municípios do interior do estado. Por que isto ocorre? Porque, como no caso do fornecedor de nota superfaturada, parte deste salário tem como destino o bolso do gestor.
            E o governo? O que faz para acabar com esta situação? Nada. Porque ele também usa do mesmo expediente ao trazer médicos cubanos com o pretexto de resolver o problema, quando na verdade está financiando o governo cubano conforme já bastante esclarecido pela mídia de todo o país.
            No meio de todos estes questionamentos se apresenta como solução a criação da carreira médica a exemplo do juiz, promotor, defensor público, delegado e outros mais.

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