A matéria que ofereço à reflexão dos leitores confirma o que já expus em post anterior sobre os rumos do nosso país. Senão vejamos:
Matéria completa clicando na imagem acima
Veja como se deu a saída de Marina do PT em 2009. A afinidade ideológica está presente nas respectivas cartas trocadas sobre o assunto.
CARTA ABERTA À COMPANHEIRA SENADORA MARINA SILVA
. . .
"Por isso, desejamos sinceramente que a nossa querida companheira
Marina Silva permaneça no Partido dos Trabalhadores, sua casa política, e
prossiga nessa trajetória coletiva que já conquistou tanto, mas que tem tanto
ainda para conquistar.
Mas qualquer que seja a sua decisão, seu vínculo com o PT
jamais se quebrará. Sempre será assim, esteja onde ela estiver. E, esteja onde
ela estiver, terá nosso carinho, nossa admiração, nossa história comum."
Bancada do PT no Senado
CARTA ABERTA DE MARINA SILVA AO PT
. . .
"Finalmente, agradeço a forma acolhedora e respeitosa com que
me ouviu, estendendo a mesma gratidão a todos os militantes e dirigentes com
quem dialoguei nesse período, particularmente a Aloizio Mercadante e a meus
companheiros da bancada do Senado, que sempre me acolheram em todos esses
momentos. E, de modo muito especial, quero me referir aos companheiros do Acre,
de quem não me despedi, porque acredito firmemente que temos uma parceria
indestrutível, acima de filiações partidárias. Não fiz nenhum movimento para
que outros me acompanhassem na saída do PT, respeitando o espaço de exercício
da cidadania política de cada militante. Não estou negando os imprescindíveis
frutos das searas já plantadas, estou apenas me dispondo a continuar as
semeaduras em outras searas.
Que Deus continue abençoando e guardando nossos caminhos.
Saudações fraternas,
Marina Silva”
Veja o artigo do Site Mídia sem Máscara.Org de hoje. (28.08.2014)
ResponderExcluirMarina e Dilma são braços do mesmo corpo
ESCRITO POR PERCIVAL PUGGINA | 27 AGOSTO 2014
ARTIGOS - MOVIMENTO REVOLUCIONÁRIO
Como cidadão que acompanha o movimento na esquina desta eleição, permitam-me enviar um conselho ao candidato Aécio Neves. Meu caro Aécio, ou você faz como era usual na minha Santana do Livramento dos anos 50 e dá um risco com o pé no chão, estabelecendo os limites do seu campo político, definindo qual é o seu lado e o que ele significa, ou vai beber água suja nessa eleição. O senhor enfrenta neste pleito duas adversárias com posições radicais e elas não podem ser enfrentadas com luvas de pelica e punhos de renda, como já disse alguém.
O programa de governo assumido por dona Marina Silva tratou de deixar CLARO que também é favorável à ideia contida no "decreto dos sovietes", ou seja, que irá amarrar as decisões políticas e a gestão pública aos pareceres dos movimentos sociais. Alguns se surpreenderam com isso. No entanto, a candidata do PSB entrou na disputa riscando o chão, explicitando o seu quadrado. E por isso, crescendo. O PSDB de Aécio Neves tem, no próprio programa que é favorável ao parlamentarismo, muito mais a dizer sobre mudanças institucionais. Tem muito maior contribuição a oferecer para sustar a marcha da democracia brasileira para os braços de um projeto totalitário.
Ao assumir compromisso programático com os conselhos populares, assim como ao negar contato com o PSDB em São Paulo, Marina Silva deixa CLARO que ela e Dilma têm um inimigo comum. Ou seja, têm um inimigo que está acima das atuais diferenças de projeto político. Por quê? Porque ambas vão na mesma direção. Ou esquecemos o jogo pesado de Dilma para implantar o seu projeto de Código Florestal? O verde de Marina e de Dilma é vermelho por dentro.
A democracia popular, que está na base filosófica do projeto dos sovietes, se distingue da "democracia burguesa" ou liberal, deu nome a várias repúblicas comunistas da Ásia e do Leste Europeu antes do desfazimento da URSS. A partir da observação histórica, democracia popular sempre equivaleu a "ditadura do proletariado". E ditadura do proletariado sempre foi pura e refinada ditadura das elites partidárias.
Não há, portanto, ilusões com as quais nos iludirmos. Marina e Dilma são galhos da mesma árvore, braços do mesmo corpo político. E se Aécio Neves persistir na conversa MOLE do melhorar o que está bem, ainda que acresça um "mudar o que está mal", verá o imenso contingente de eleitores liberais e conservadores bandearem-se em desalento para um dentre dois males. Se é que isso já não aconteceu.
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